3.6.10

LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - INTRODUÇÃO

Irmãos.

Por caminhos tortuosos, distancias incomensuráveis, atravessando inúmeros tropeços, vibra a vossa atmosfera para tomar contacto convosco alguém desalentado, mais pelo cumprimento da missão que lhe incumbe do que pelo que dantes visava.
Veio do alto para tanger os corações bem formados, encerra em si a singeleza das boas creaturas e a vibração de auras construtoras de progresso e virtude.
Se ao vosso entendimento chegar o que esse alguém traz e revela, guarda o pequeno opúsculo que, por certo, poderoso amuleto vos será.

Tratando-se de primeiras revelações, achou por bem o Pai não se aprofundar no Ritual de Umbanda, tornando assim este trabalho mais uma fonte de conhecimentos generalizados, sem levar em conta a minúcia das cousas, que seriam inúmeras e fariam com que ele se tornasse muito extenso quando, em verdade, se destina principalmente a uma preparação dos filhos que ingressam nesta senda, tornado-os capacitados à receber outros ensinamentos de cunho mais elevado no Ocultismo e no domínio da Alta Magia.

No que se lê nada há de embuste, nada há de fantasia ou de algo que profane a verdade.
Veio do simples para os simples, estes que dele façam bom uso.
Não visa ganância, ouro ou mando, não traz consigo a auréola negra, erva daninha que germina no coração dos materiais.
É simples, é honesto.
A ambição que invade o vosso intelecto não satisfaz, pois si veio do simples tem que ser simples.
Foi feito para os pequenos, mas visa o espírito em ascenção reta aos páramos da Realeza Eterna.
Não é obra literária, pois seus obreiros são humildes, norteando-os a fé e a confiança numa vida sublime e eterna; são os guerreiros, aqueles que lutam na calada da noite, que labutam não para a matéria, não para a carne, mas para o espírito e para o bem.
Da nobreza dos seus sentimentos nasceu o lírio, nasceu este opúsculo, que unicamente visa um ideal – sua concretização no plano tumultuoso de pensamentos tenebrosos que é o material.
Procuro a compreensão vossa e que os merecedores deste ensejo sejam saudados.
Da matéria nada possuo senão a consciência dos ensinamentos e do cumprimento das Leis.
O que está feito não se desfaz – solidifica-se.
Aos corações bem formados quero a sua solidificação na vida, na verdadeira vida, na vida do espírito.
Busco a luz, busco dar cumprimento a uma missão – se a tanto não for, queira Deus que o chegue.
Do escarneo faço pouco, da vida material já vos disse, nada quero; busco o espírito, a verdadeira vida.
João, apóstolo de Cristo, foi pescador de esperanças, vós, os pescadores de corações, sois os guerreiros do Grande Espírito.
Que invada os vossos corações a aura do Grande Espírito – PARABRAHAM.
Da matéria busco a forma para dar idéia do espírito ao vosso entendimento, a vossa compreensão; se a tanto não chegar, perdoai-me.
Sugo um cérebro que não me pertence, espremo-o para que chegue a tona, em vosso plano, aquilo que sente o meu espírito.
Na rudeza da forma fazei por Ter compreensão.
Viso a redenção do vosso espírito à vida feliz nos Mundos Superiores.
Guerreiros da fé que labutais na calada da noite, levantai a bandeira branca da fraternidade para tremular a vossa frente na jornada de luz através dos Mundos Superiores, rumo a celeste morada, ao PAI, ao GRANDE ESPÍRITO, à SUPREMA ESSÊNCIA – PARABRAHAM.
A ENTIDADE.

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