24.5.11

HISTÓRIA DA UMBANDA - CAPÍTULO III

LIVRO UMBANDA - A PROTO-SÍNTESE CÓSMICA
F. RIVAS NETO (Arapiaga)
2ª edição revista
Editora Ícone

CAPITULO X

O MOVIMENTO UMBANDISTA – RESSURGIMENTO DO VOCÁBULO UMBANDA NO SOLO BRASILEIRO – MOVIMENTO ASTRAL – OS TUPY-NAMBÁ E SEU REENCONTRO KÁRMICO COM OS TUPY-GUARANY – OS TUBAGUAÇUS – O EGITO – A ÍNDIA


O VOCÁBULO TRINO-SAGRADO AUM-BAN-DAN, QUE FOI REVELADO À POSSANTE Raça Vermelha através de seus Condutores Kármicos (Pais de Raça, TUBAGUAÇUS), designava a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA, na qual está implícita a PROTO-SÍNTESE RELIGIO-CIENTÍFICA. Claro está que, naqueles idos tempos, tínhamos o CONHECIMENTO UNO, indivisível, que abrangia o que hoje conhecemos como RELIGIÃO, FILOSOFIA, CIÊNCIA E ARTE. Como já também explicamos, o AUMBANDAN foi sendo revelado gradativamente, para, na 3ª Raça Raiz, a Raça Lemuriana, alcançar seu apogeu, isto é, ser o CONHECIMENTO TOTAL, integral, que abrangia conhecimentos do Reino Natural e conhecimentos das Coisas Divinas num único bloco. Não se poderia entender a PHYSIS (assim fonetizaram muito mais tarde, milhares de anos depois, os gregos), isto é, a Natureza e tudo que dela fazia parte, sem se entender a Divindade e seus atributos; tudo isso era pois o AUMBANDAN – 1ª SÍNTESE ou a SÍNTESE DAS SÍNTESES, a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA. Infelizmente, em virtude de várias cisões, iniciadas na 4ª Raça Raiz (na metade de sua passagem pelo planeta), a Raça Atlante, houve degenerações, interpolações e inversões de valores, fazendo com que o AUMBANDAN fosse se apagando e finalmente acabasse esquecido pela grande maioria da humanidade. Mesmo as disciplinas que constituem o atual conhecimento, já fragmentado, desassociado, segundo os métodos cartesianos, desconhecem por completo a forte TRADIÇÃO DO SABER que representava o AUMBANDAN, embora não raras vezes reencarnem no meio científico abnegados emissários da “CONFRARIA DOS ESPÍRITOS ANCESTRAIS” que de todos os meios tentam incrementar e direcionar as Ciências para rumos mais justos e seguros. Alguns resultados, ainda imperceptíveis, já foram conseguidos. Aguardemos... Mas dizíamos que o AUMBANDAN, pelos motivos já expostos, foi sendo esquecido pela maior parte, ou melhor, por quase toda a humanidade, só sendo relembrado, onde aliás nunca foi esquecido, no interior de raríssimos SANTUÁRIOS ou ACADEMIAS DIVINAS, os quais tinham velado e fechado a 7 chaves ao olhar de profanos e aproveitadores vários, todo o CONHECIMENTO INTEGRAL – o AUMBANDAN. Esses MAGOS DA LUZ, os Sacerdotes dos Santuários, que velaram o AUMBANDAN, como já visto em outro capítulo, deram-lhe vários sinônimos que se adaptavam à SONÂNCIA SAGRADA dos vários locais do planeta, adaptando-se aos processos lingüísticos de cada povo, mas que em uma análise quantitativa e qualitativa, através de pequenas chaves de interpretação, retornavam ao possante, trino, vibrado e Sagrado vocábulo – AUMBANDAN. Assim, todas as Escolas Iniciáticas de Tradição no passado guardaram seus ensinamentos que, como dissemos, já haviam sido adulterados no seio da grande massa humana, para depois também sofrer severas e cruéis perseguições, traições, etc., no interior dos TEMPLOS ou ORDENS INICIÁTICAS. Dessa forma iniciou-se a dissolução do PRINCÍPIO ESPIRITUAL, a queda do TEMPLO DA RELIGIÃO CÓSMICA e com ele seus Sacerdotes e seus CONHECIMENTOS consubstanciados no PROTO-SÍNTESE RELIGIO-CIENTÍFICA. Salvo raríssimas exceções, a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA foi cultuada e velada, mesmo já disfarçada e modificada, adaptando-se através do MITO, ao conhecimento ainda fragmentado de muitos tidos e havidos como Iniciados. Bem, Filho de Fé, sucintamente avivamos sua memória. Fizemo-lo desde as sub-raças atlantes, faltando citar os tempos mais modernos, isto é, de 60 a 100 séculos até os dias atuais.
Antes de recuarmos perto de 8.000 anos em nossa viagem que respeitosamente devassa o tempo, não podemos deixar de reavivar a memória do leitor amigo sobre o surgimento do AUMBANDAN, em pleno solo do planalto central brasileiro, nas terras do BARATZIL, no seio da possante Raça Vermelha, desde a 2ª Raça Raiz, a Adâmica, alcançando o apogeu na 3ª Raça Raiz, a Lemuriana, indo se extinguir, por motivos já aludidos, no final da 4ª Raça, a Raça Atlante. Claro está que mesmo após a 4ª Raça, a sua sucessora, a 5ª Raça, a atual Raça Ariana, guardou resquícios da GRANDE SÍNTESE, do AUMBANDAN, o qual, desde o seu esquecimento, tende a ser relembrado através de Emissários da Luz ou Guardiões da Tradição, que ao encarnar deixam fortes mensagens e vislumbres à grande massa humana que ainda anda perambulando sem rumos certos e seguros. Vejamos pois como iniciou-se seu RESSURGIMENTO. Digo INICIOU-SE, pois ainda estamos em fases iniciais do processo. Mas algo é certo: se tínhamos descido até os últimos degraus na queda que tivemos, hoje, lentamente, estamos subindo degrau por degrau, e com determinação no Bem e na Luz conseguiremos retornar ao “PARAÍSO PERDIDO” – a TERRA DAS ESTRELAS ou da LUZ; o BARATZIL-MUNDO; o BARATZIL-PLANETA. Caminhemos sem esmorecer.
Antes de citarmos e vivermos as fases do ressurgimento do vocábulo AUMBANDAN, vejamos como estava a humanidade há 8.000 anos, e como se entrosavam as deturpações e cisões da SOMBRA com o esclarecimento e a reunião do CONHECIMENTO DA LUZ.
Por volta de oito a dez milênios atrás, segundo os arquivos do Astral Superior, na Babilônia, tentava-se reunir as várias Sínteses, as concepções filorreligiosas de todos os povos. Em realidade, o Conhecimento, que já estava adulterado, adulterou-se ainda mais, em virtude de nehuma das partes integrantes ter cabedal tradicional-moral para tomar a dianteira e sanear e separar o joio do trigo. Viu-se pois o embaralhamento ainda maior do Conhecimento Integral. Esse movimento, o da TORRE DE BABEL, na verdade foi uma investida muito séria das hostes do submundo, tanto encarnado como desencarnado, pois, como devemos nos lembrar, nesta época o mediunismo já era vigente e os médiuns eram “pontes vivas” entre os plano astral e o plano físico. Se eram “pontes vivas”, segundo suas afinidades e evolução conseguidas, ligavam-se através da sintonia vibratória e moral à Luz ou às Sombras. Muitos deles eram “pontes vivas” entre o plano físico e o plano astral inferior, quando não das Zonas Abismais, com seus ataques vorazes através de seus MAGOS-NEGROS que de todas as formas não queriam, como não querem, a reconstrução da Síntese, pois com Ela não haverá mais ignorância, ódio, competição, poder, que são os alimentos indispensáveis aos MAGOS DA FACE NEGRA.
Então, como dizíamos, BABEL, é claro, não foi uma TORRE que ligaria a Terra aos Céus, no sentido de “ter sido construída uma Torre”. Visava sim ligar o plano inferior ao superior, mas por motivos já aludidos fracassou fragorosamente. Assim, desde aquelas épocas, ficou Babel como sinônimo de anarquia, deturpação, confusão, militarismo, poder, etc. Era a desorganização total. Assim se arrastava naqueles tempos, a humanidade, embora no interior dos Templos Sagrados, orientados por portentosos enviados da “CONFRARIA DOS ESPÍRITOS ANCESTRAIS”, a TRADIÇÃO era velada e cultuada.
Neste momento pode perguntar o Filho de Fé ou leitor amigo: Mas para que deixar-se um CONHECIMENTO INTEGRAL no interior dos Templos, se a humanidade está se digladiando e triturando? Afinal, a LEI DIVINA É PARA UMA PEQUENA MINORIA ELITIZADA OU É PARA TODOS? Ou nesta LEI DIVINA HÁ OS PRIVILEGIADOS?
Bem, Filho de Fé, já disse que a humanidade estava se arrastando e se enlameando cada vez mais nos seus próprios erros, que vinham desde as grandes cisões e desde o surgimento das reencarnações dos “Marginais do Universo” de todos os tempos. Mais uma vez pedimos que redobre sua atenção, Filho de Fé.
Ao permitir que descessem (encarnassem no Planeta Terra) muitos Seres Espirituais delinqüentes, as CORTES DE OXALÁ visavam novos prenúncios a vários Seres Espirituais encarnantes, os quais, através de seus próprios erros, teriam que se soerguer. Para que isso não ficasse tão difícil ou impossível, gerando um círculo vicioso em que novos débitos sempre seriam contraídos, impulsionando-os para maiores cobranças, é que no seio deles surgiram sempre e de maneira muito oportuna os vários “Enviados das Cortes de Oxalá”, os quais procuravam, segundo o alcance médio de entendimento das humanas criaturas, lançar o esclarecimento, a evolução e a Luz para níveis de entendimentos mais refinados, dando-lhes condições para subir novos degraus. Mas se alguns quiseram subir os degraus do entendimento que os libertou, outros, por sua vez, se enlearam ainda mais nos desmandos e desatinos que suas mentes e concepções estreitas ainda pediam, tornando-se joguetes de forças inferiores com as quais se afinizavam e se prendiam em verdadeiras algemas cativas. Enfim, eram escravos de si mesmos, pois a quem vamos culpar por nossos próprios erros?
Mas dizíamos dos “Emissários ou Enviados das Cortes de Jesus ou Oxalá”, que eram por sua vez, a maior parte deles, originários da pura Raça Vermelha, estando radicados na “Confraria dos Espíritos Ancestrais”. Quando encarnados, embora se ligassem aos Templos Iniciáticos, velando a Tradição, também saiam para pregar e ensinar a grande massa humana, e é claro que seus ensinamentos não poderiam ser de pronto sobre a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA, sobre o CONHECIMENTO TOTAL. O povo, a grande massa, estava faminta e sedenta de Luzes, mas não se poderia dar a Luz sem os véus, pois a mesma poderia cega-la ou enlouquecê-la. E assim foram feitas adaptações e mais adaptações, visando incrementar a evolução das grandes massas populares nos 4 cantos do orbe terreno. O terráqueo se ergueria, como se erguerá, mas de forma bem suava, que não venha ferir seu conscencional, o que sem dúvida traria graves conseqüências aos seus Organismos mais sutis. Vimos, pois, os Iniciados saírem do Templo; aliás, só tinham entrado para preservar a própria humanidade e não a Tradição, pois a mesma existe em toda a sua pureza e originalidade nos planos mais elevados do Universo Astral, bem distante do ataque ou saque das Forças Negras ou dos Magos-Negros de todos os tempos e locais. Em verdade, os Templos Iniciáticos guardam, velam a Tradição e não escondem para si como monopólio divino ou intelectual, e sim para que não seja adulterada, como já foi quando eram seus fundamentos abertos a todos. As ORDENS INICIÁTICAS ou os TEMPLOS INICIATICOS, portanto, são fiéis depositários da LEI CÓSMICA ou PROTO-SÍNTESE CÓSMICA, até o momento em que a humanidade, como um todo, esteja preparada e queira evoluir mediante esta. Voltando, dizíamos que muitos INICIADOS saíram do Templo Sagrado, e o ensinamento que deveriam transmitir à grande massa popular carente em todos os setores deveria ser o mais próximo do Real, sendo inteligível a todos os graus de Consciência, tomando-se por base a média de maior ou menor aprofundamento nos ensinamentos. Quando se depararam com Seres Espirituais que entendiam bem o que ministravam, e que perguntavam se não havia algo mais fundo atrás daquelas Verdades, eles, os Iniciados, encaminhavam esses Seres Espirituais ao Templo Iniciático, onde poderiam ser Iniciados dentro de seus graus afins e tornarem-se, em futuro, novos pontas-de-lança das VERDADES IMUTÁVEIS para a grande massa popular. Realmente assim era feito, através de um rigoroso selecionamento. O Iniciando era aceito no Templo e dava curso a sua Iniciação. Observaremos que a finalidade primeira dos TEMPLOS INICIÁTICOS ou ORDENS INICIÁTICAS era e é preparar, através da Iniciação, numa primeira instância, Iniciados que levem à grande massa popular a Luz do esclarecimento, a Luz do Entendimento. Esse ensinamento só pode ser de caráter moral, impulsionando-os ao domínio das torpes paixões e vis sentimentos, que aliás são os responsáveis diretos pelos desatinos e desequilíbrios em que se arrasta a nossa humanidade.
Após a catástrofe da Raça Atlante, os “SENHORES DA CONFRARIA DOS ESPÍRITOS ANCESTRAIS” incrementaram a evolução através de seus membros integrantes agora encarnados no planeta como verdadeira CONSTELAÇÃO DA LUZ a iluminar e abranger a fúria das Sombras, a aplacar a ignorância que infelizmente assola a humanidade.
Ao aprenderem os aspectos morais que devem ser alcançados, eles se livram das garras dos Seres das Sombras, cortam-se ou anulam-se os “EFEITOS-PONTES” pela falta de sintonia moral e mentovibratória, pela mudança de atitudes e pensamentos. Como os Filhos de Fé podem ver, tudo era feito através de uma profunda ação psicológica e muito mais COSMOLÓGICA. Sim, pois visamos à melhora moral do planeta Terra, nosso COSMO momentâneo. Visa-se acabar com o intercâmbio clandestino das Sombras, que se utiliza de Seres Espirituais carentes e que infelizmente se encontram ignorantes diante desses fatos. Essa ação da Luz nas Sombras não acontece apenas aqui no plano físico, mas muito mais no plano astral, onde ajustam-se e inclinam-se mentes deturpadas para o reequilíbrio e reajuste. Conseguindo-se isto, a reencarnação é o próximo passo, que seguramente será dado.
Então, Filho de Fé, entendeu como a LEI DIVINA ajusta seus filhos caídos? Percebeu que não há privilégios e nem privilegiados? Existem sim a justiça e a misericórdia, aplicadas nas suas mais puras essências.
Assim, caro Filho de Fé, é que desde os tempos longínquos existem as ORDENS INICIÁTICAS, os TEMPLOS, as ACADEMIAS DE DEUS, os SANTUÁRIOS, todos visando incrementar a LEI perdida e de há muito esquecida. Entendemos agora o porquê do ensinamento velado no interior do Templo, o ensinamento HERMÉTICO ou ESOTÉRICO, e o ensinamento MÍTICO ou popular, que como vimos visa atingir as grandes massas, o povo, preparando-o para o futuro não distante em que as REALIDADES se reapresentarão, e todos precisarão estar preparados. É do preparo e das condições desse preparo que se preocupam os “CONDUTORES RACIAIS” ou kármicos da atual humanidade. Para isso, de todas as formas, a LEI tem sido levada às grandes massas populares, tal qual o MOVIMENTO UMBANDISTA DA ATUALIDADE.
Vejamos como desde os mais remotos tempos tem sido tentada e executada a reimplantação da PROTO-SÍNTESE CÓSMICA no seio das massas populares e quais os entraves de vários matizes que surgiram e surgem para que o processo encontre pleno êxito.
Após a catástrofe da Raça Atlante, os “SENHORES DA CONFRARIA DOS ESPÍRITOS ANCESTRAIS” incrementam a evolução através de seus membros integrantes agora encarnados no planeta como verdadeira CONSTELAÇÃO DE LUZ a iluminar e abrandar a fúria das Sombras, a aplacar a ignorância que infelizmente assola a humanidade.
Vamos ver nos 4 cantos do planeta, como estrelas cintilantes, os Emissários da “CONFRARIA DOS ESPÍRITOS ANCESTRAIS” tentando iluminar os entendimentos rudimentares e embaralhados da humanidade já corrompida e corroída pelas paixões e bárbaros costumes, os quais cada vez mais faziam com que o planeta abrisse brechas enormes e incontroláveis ao ataque das Trevas. Nesse ciclo vicioso, víamos nossa “casa planetária” transformada em “casa planetária” degenerada, pois às finalidades, às quais se propunha, as de albergar todos os filhos desgarrados do Universo, já não mais estava se prestando, em virtude da grande saturação fluídico-mental, que ocasionaria, como ocasionou, verdadeiras hecatombes e mortes em massa. Era o desatino do homem pagando seu tributo segundo a LEI, que embora seja misericordiosa é limpidamente justa. Foi diante dessas convulsões que vários povos, não mais os Vermelhos, se sucederam no domínio do planeta sempre assaltado pelo terror e discriminações várias, que culminavam sempre em injustas sanções. Entre dominadores e dominados é que veremos surgir GRANDES CONDUTORES, PATRIARCAS, TAUMATURGOS, enfim, GRANDES REFORMADORES, como RAMA, CRISHNA, SIDARTA GAUTAMA (O BUDA), JETRO, ZOROASTRO, LAO-TSÉ, FO-HI, MOISÉS e tantos outros, que vieram preparar a descida de OXALÁ – o CRISTO JESUS. E o que ensinavam todos eles? Ensinavam o BEM como único caminho para a humanidade sofrida e corrompida. E como conseguir este BEM? Com AMOR. E como conseguir o AMOR? Com a educação sobre as COISAS DIVINAS, com a certeza da existência da DIVINDADE, que precisou ser travestida de várias formas para ser aceita pelos diversos graus consciencionais, que ainda hoje em verdade se encontram no planeta.
Nessas fases evolutivas de nossa humanidade, já havia florescido o povo de cútis branca na Europa, bem como todo o Oriente já se saturava de cisões e deturpações várias, o mesmo acontecendo no continente africano.
No continente africano, tínhamos os egípcios, povo remanescente dos atlantes, os quais iluminavam com sua cultura todo o Oriente, para não dizermos todo o mundo. Tinham também, por sua vez, recebido grandes acréscimos dos caldeus, embora não tivessem o alto padrão moral que predominava nos egípcios. Os egípcios tinham no seio de seu povo, como Seres Espirituais encarnados, os Tupy-nambá da pura Raça Vermelha, os quais tinham-lhes transmitido a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA. Os SACERDOTES DE OSIRIS e mesmo os de ÍSIS, com seus Templos famosos, velavam e transmitiam a Tradição ocultada que, como vimos, para eles foi chamada de ITARAÔ ou TARÔ. Foi no seio da civilização egípcia que um de seus iniciados, cujo nome era ASSARSIF, reuniu várias tribos cativas para formar o povo hebreu. E quais eram os ensinamentos de Moisés? Os mesmos de Rama, já que Rama tinha deixado seus fundamentos no Egito, nos Templos de ÍSIS ou YOSHI e nos de OSÍRIS ou YOSHIRÁ. Venerava-se o VERBO DIVINO através do CARNEIRO (AMON-RÁ). Assim, a Tradição no Egito havia sido implantada pelos Tupy-nambá reencarnados, os quais também já tinham reencarnado na Índia e na Europa. O próprio Rama era um enviado da pura Raça Vermelha, haja vista que sua pregação foi toda calcada nas Sínteses ou na Proto-Síntese Religio-Científica, através de seu “LIVRO ESTRELADO”, que velava o AUMBANDAN, que entre os egípcios era o dito TARÔ.
Nesse instante, queremos que os Filhos de Fé vão entendendo como aconteceu o RESSURGIMENTO DO AUMBANDAN. Assim, resumamos esse importante fato.
Na África, encontraremos os egípcios com todo seu acervo religioso-científico calcado na transmissão de seus altos Sacerdotes, que eram reencarnações dos Tupy-nambá (no seio da civilização egípcia). No próprio Egito encontraremos um Alto Sacerdote que aparentemente tinha sido revolucionário, pois reuniu várias tribos e retirou-se para o deserto. Claro que estamos falando de ASSARSSIF, MOISÉS, o qual implantaria a LEI DIVINA a esses povos que mais tarde se espalhariam por toda a Europa, também levando a PALAVRA DIVINA, a LEI – o TORAH.
Anteriormente, na Ásia, Rama já havia firmado uma sólida Tradição que se fundamentaria nas Leis Divinas. Tínhamos pois um movimento que visava ao restabelecimento do AUMBANDAN, ainda velado. Os ensinamentos de Rama eram os mesmos dos egípcios, os quais foram levados à Ásia e também a toda a África. Somos sabedores que a Tradição do Conhecimento – via Tupy-guarany – havia chegado à Índia e às plagas tibetanas, e lá, através das migrações espirituais, refletir-se-ia para o Ocidente, onde em verdade havia surgido. Ensina-se que o povo himalaio refletiu essa Síntese do Conhecimento, isso em sentido figurado, em virtude da “cor branca” do “LAR DAS NEVES” (HYMALAIA) ser refletora da Luz, o que de fato aconteceu através das migrações espirituais para o Egito. Perguntará o leitor atento: - Mas o Egito já não era Guardião da Lei Divina, do AUMBANDAN? Respondemos:
- Sim. Toda a TRADIÇÃO DO SABER, do CONHECIMENTO TOTAL, estava velada, como vimos, nas 78 lâminas Sagradas que compunham o TARÔ, e esse CONHECIMENTO era de curso único e exclusivo aos Iniciados mais graduados ou MAGOS. Rama, por sua vez, além de conhecer em sua pureza a TRADIÇÃO DO SABER, também velou-a através de seu “Livro Estrelado”, de um ensinamento exotérico, público, que atendesse ao entendimento das massas populares. Assim, divulgou um Conhecimento calcado na mais forte e pura TRADIÇÃO DO SABER, que já conjugava as Ciência, Artes, Filosofia e Religiões. Divulgou esse Conhecimento a raríssimos Iniciados, nas ditas “ACADEMIAS DO CORDEIRO OU CARNEIRO”. Assim, tínhamos os LAMAS OU RAMAS como sacerdotes do Cordeiro, precursores do advento do Cristo Jesus e da restauração da PROTO-SÍNTESE CÓSMICA, através de seus discípulos nos mais variados locais do Universo. Além desse Conhecimento que ficou concentrado nos COLÉGIOS DE DEUS (ORDENS INICIÁTICAS), tivemos uma popularização desses mesmos Conhecimentos através de CRISHNA, o qual transmitiu as grandes verdades de forma alegórica, para que atingissem mais o coração e os atos das massas populares. A par disso, tivemos grandes variedades de cultos com seus panteões de deuses e deusas, tão bem retratados nas diversas mitologias.
As Ordens Sagradas seriam as formadoras do sacerdócio organizado e fonte de conhecimentos em que a humanidade beberia, segundo as épocas e os diversos graus de entendimento ou consciencionais. Nessas épocas, as filiações templárias eram as guardiães do Saber, principalmente na ORDEM DE MELCHISEDEC, a qual era também denominada a ORDEM DE RAMA, e seus sucessores e adeptos.
Dizemos das filiações, pois muitos filiados Iniciados da Ordem é que foram os vanguardeiros dessa Tradição do Saber nos 4 cantos do Universo. Era a ORDEM DE MELCHISEDEC que reunia as várias Sínteses que havia no Oriente, na África, etc. Na Europa, ficaria conhecida como ORDEM DÓRICA, a ORDEM DO PRINCÍPIO UNO – DA UNIDADE DO CONHECIMENTO – DO ESPÍRITO DE TODAS AS COISAS. Por isso chamam-na de ORDEM DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL, SOLAR, DIREITO, MASCULINO, SINÁRQUICO, DA NÃO VIOLÊNCIA, etc., ao contrário da ORDEM YÔNICA, que combateu a ferro e a fogo a Ordem Dórica, muito principalmente através do CISMA DE IRHSU, na Índia, há 60 séculos mais ou menos. Combateu e aparentemente destruiu a Ordem de Melchisedec, ou Ordem Dórica. A Ordem Yônica pregava o contrário da Ordem Dórica, isto é, seu princípio era o NATURAL ou do CONHECIMENTO FRAGMENTADO, da HETEROGENEIDADE e DESTRUIÇÃO DO CONHECIMENTO. Por isso foi chamada de Ordem que venerava a Natureza e repudiava o Espiritual. Necessário que fique bem claro que, a princípio, eles repudiavam o Conhecimento Integral, a Síntese do Conhecimento, sendo que posteriormente começaram a repudiar o Princípio Espiritual. Temos assim que a Ordem Yônica de YONÁ (POMBA – representação da natureza feminina) – pregava o PRINCÍPIO DA NATUREZA como princípio de tudo. Era pois LUNAR, FEMININA, ESQUERDA, ANÁRQUICA E MILITARISTA. Fica claro que a Ordem preconizada por Rama era Dórica, ou seja, a mesma da pura Raça Vermelha, da qual encontramos vestígios nas construções arquitetônicas do BARATZIL e de outros locais em que a Raça Vermelha também firmou seu conhecimento, tal como os quíchuas, maias e mesmo no Egito. Era uma Ordem essencialmente teocrática, ao contrário da Yônica, que era essencialmente “naturocrática”. Rama e sua Ordem, firmada em toda a sua pureza no Egito, era essencialmente MONOTEÍSTA, como era MONÍSTA a Síntese de seu Conhecimento. A Ordem Iônica era POLITEÍSTA, PANTEÍSTA, e já NÃO MAIS MONISTA, pregando a diversidade e separação do Saber. Bem, acreditamos que o caminho que traçamos até agora nos levará aonde queremos chegar. Queremos chegar ao RESSURGIMENTO DO VOCÁBULO AUMBANDAN e ao SURGIMENTO DO MOVIMENTO QUE VISA A RESTAURAÇÃO, em sua totalidade, da PROTO-SÍNTESE CÓSMICA – a TRADIÇÃO DO SABER INTEGRAL – a RELIGIO VERA. Para delinearmos a trajetória final de nosso caminho, precisamos remontar a Moisés e dele partir com clareza ao encontro do Movimento Umbandista.
Dizíamos que Rama havia velado no Templo a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA, enquanto Crishna velava a PROTO-SÍNTESE, mas dava um ensinamento popular através do mito e do véu deliberadamente colocado sobre certos pontos-chave. Moisés também fé-lo da mesma forma, só que popularizou certos aspectos da PROTO-SÍNTESE CÓSMICA, transmitindo-a através de um inflexível MONOTEÍSMO. A Divindade Suprema em verdade não era pronunciada, e somente muito tarde é que denominaram-lhe de YEOVAH ou JEOVAH. Em verdade, o que Moisés velava no seu YEOVAH (babilônico) ou YAHUAH (sânscrito bramânico) eram os quatro pilares em que se apoiava o Conhecimento Humano; era o seu Tetragrama Sagrado EVE-I, que também pódia ser representado pelo X algébrico, ou segundo o alfabeto vatânico ou devanagárico (alfabeto originado do Abanheenga, que como vimos grafava a fonetização dos objetos e seus fenômenos, ou seus sons, através da onomatopéia) pelo K (qualitativo e quantitativo – o que acoberta, o que vela – o numeral 20).
Assim, o EVE-I de Moisés era a PROTO-SÍNTESE RELIGIO-CIENTÍFICA, era o MONISMO DO CONHECIMENTO, o dito depois MONOTEÍSMO. EVE-I era e é a CIÊNCIA, a FILOSOFIA, a ARTE e a RELIGIÃO. Moisés preparou uma nova fase para o planeta. Preparou, sem dúvida, o advento do MAGO DOS MAGOS, do REI DOS REIS – o SENHOR E AUGUSTO OXALÁ – O CRISTO JESUS.
A vinda de JESUS, sem dúvida, foi um grande marco evolutivo para o planeta Terra. A sua vinda foi preparada durante milênios. Assim como outros da HIERARQUIA CRÍSTICA, sua descida foi marcada por grandes convulsões mesológicas, além das de caráter moral e essencialmente espiritual. JÁ DISSEMOS QUE O CRISTO CÓSMICO É O VERBO DIVINO EM QUALQUER PLANO OU “CASA CÓSMICA” NO REINO NATURAL OU UNIVERSO ASTRAL. ESSE CRISTO CÓSMICO, ATRAVÉS DE SUA HIERARQUIA, ENVIOU-NOS O CRISTO JESUS COMO SENHOR DO PLANETA TERRA, como tutor máximo de nossa “casa planetária”, a qual guarda nos Céus o Símbolo Cosmogônico de sua missão e compromisso redentor sobre o planeta e sua humanidade cósmica. Assim, o Cristo Jesus nasceu no seio do povo hebreu, pois havia sido o único a levar em caráter popular o MONOTEÍSMO, um grando avanço para a humanidade que vivia se arrastando e subjugando-se a deuses sanguinários e inimigos do homem, bem como de outros seus iguais – (outros deuses). Deveu-se também o nascimento de Cristo Jesus – YOSHI (YESHUA) ou YOSHILA – NO SEIO DO POVO HEBREU POIS O MESMO CUMPRIA FORTE Tradição, começando pelo seu nome, que era diferente do preconizado pelos sucessores de Moisés (EMANUEL), os quais já também achavam-se o povo escolhido de Jeovah ou da Divindade Suprema, sendo possuidores de feroz orgulho, vaidade e egoísmo destruidor, que infelizmente até hoje se estendem no seio desses amados Filhos de Fé tidos como judeus – semíticos. “Judeus” sim, mas “semíticos” é inverídico, pois o povo que saiu com Moisés do Egito era descendente dos Celtas. Em boa hora é bom que frisemos que quando Moisés esteve no Monte Sinai, em verdade transcreveu a Tradição em placas, em petróglifos, de forma a oculta-la.
Mais tarde, conforme consta de forma alegórica nas ditas Sagradas Escrituras, essas placas foram destruídas, e Moisés transmitiu às massas populares o ensinamento de caráter externo, exotérico, na forma dos chamados 10 MANDAMENTOS. Claro está que o que era guardado na ARCA eram as 78 placas já escritas em Aramaico. Tanto é verdade que a dita Arca era cercada por verdadeiros elementos naturais que produziam elementos ígneos, os quais contundiam os usurpadores com curiosos encantos 0 o fenômeno era o da eletricidade estato-dinâmica, que por Moisés era conhecida. Após citarmos o GRANDE REFORMADOR e CONDUTOR DO POVO HEBRAICO, retornemos ao apostolado do Senhor Jesus, nosso Oxalá, o qual não mediu esforços para que a Religio Vera fosse reimplantada, pois o Augusto Senhor disse em voz lirial e humilde – “EU NÃO VIM DESTRUIR A LEI E NEM OS PROFETAS, MAS SIM CIMPRI-LOS”. Com isso afirmava-nos o Mestre Jesus, “Pai Oxalá”, que desde há muito Seus “Enviados” já tinham preconizado a LEI DIVINA, e Ele só vinha cumpri-la, já que a mesma, na época, havia sido postergada em seus valores morais-espirituais, ficando ao bel-prazer dos Sacerdotes politiqueiros e interessados em projetos pessoais e na ganância do vil metal. Já haviam sido e ainda seriam “pontes vivas” dos mais baixos e torpes desejos, tãop comuns aos Seres Espirituais ligados ao submundo astral ou ZONAS CONDENADAS ABISMAIS, os quais, através da cristalização no MAL, não reconhecem o Cordeiro Divino como o Verbo Sagrado, e sim o DRAGÃO como seu Mestre. Por tudo isso é que o Mestre Jesus, Pai Oxalá, O Verbo Divino simbolizado pelo Sol, vei resgatar as deturpações, cisões e amalgamações que já estavam cristalizadas no Planeta Terra. Com a passagem vibratória de Oxalá pelo planeta Terra, inclusive em suas Zonas Subcrostais, há mais ou menos 2.000 anos, deu-se forte influxo para a mudança da mentalidade do homem futuro. A PAZ, o AMOR, a JUSTIÇA, a VERDADE, o PERDÃO, a FRATERNIDADE e a IGUALDADE, são os portentosos VOCÁBULOS-LUZ que iluminariam e iluminarão a humanidade. Bem poucos de seus ensinamentos foram aprendidos, e infelizmente quase todos esquecidos. Passaram-se os tempos e os mesmos desvios de sempre, o orgulho, a vaidade e o egoísmo continuaram fazendo do homem um ser primitivo, distanciado da “COROA DIVINA”. Impérios e mais Impéros surgiram e surgem. Os ROMANOS, antes de Cristo e após, tiveram tudo para unificar o mundo, mas perderam a oportunidade, calcados que estavam no orgulho e egoísmo destruidor que lhes trouxe a morte e a destruição de sua civilização. No pensamento helênico tivemos grandes Almas, mas que não encontraram eco num povo que estava mais interessado nas guerras fratricidas entre espartanos e atenienses e na sua pseudocultura. A Ásia desarticulada desde o CISMA DE IRSHU não foi diferente dos povos latinos e gregos, encolhendo-se na sua dor e passando a viver de per si.
Os africanos, completamente dominados, encontravam-se já em plena e total decadência, mormente os povos de pele negra, cuja origem sem dúvida é a Ásia. Incursionaram para a África, onde foram poderosos em suas civilizações, adiantadíssimos em plena Era da Raça Vermelha. Pregaram a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA que haviam recebido dos povos de pele vermelha, através dos egípcios. Quando receberam esses Conhecimentos, muitos de seus Sacerdotes velaram e guardaram a Tradição, e para os que entravam em processos iniciáticos era Ela proferida ORALMENTE. Com o decorrer do tempo foi corrompida, deturpada e completamente esquecida. Para que fique bem claro, mais avante em nossos apontamentos diremos que os BANTOS atuais foram os que tiveram contato com os egípcios, sendo que os YORUBANOS ou SUDANESES tiveram contatos também, mas muito mais com povos iranianos – e já MUÇULMANOS.
Sua teogonia não é original, é um totemismo calcado em mitos milenares dos egípcios, caldeus, hindus e outros povos. Não vejamos aqui algo de inferior ou “retaliações”. Podemos entender como uma tentativa de reencontrar a Síntese perdida, o que é verdade, pois os grandes condutores da Raça Negra de há muito vêm lutando para incrementar em seu povo um sentimentos de unidade e reconstrução do Conhecimento, que por ora está no CULTO DO ORIXÁ, no CULTO DOS ANCESTRAIS (Eguns) e na ilusão de ligarem-se à ESSÊNCIA DO ORIXÁ, nas ditas “feituras de cabeça”, com seus rituais ainda que simples, mas perigosos por se aproveitarem de “entidades inferiores do Astral”, que ficam como que vampirizando o dito “Filho de Santo” ou “Yaô” que passou pelo ritual de um simples OGBORY ou BORY, ou seja, a “FEITURA TOTAL DA CABEÇA”, termo inapropriado pelo menos para os rituais que se fazem na atualidade. Sobre isso falaremos pormenorizadamente no capítulo “Umbanda e suas ramificações atuais”. Aliás, fazem parte do abarcamento que o Movimento Umbandista irá processar. Bem, após citarmos por alto o povo africano, citemos o povo amarelo, o qual tem fortes Tradições filoespirituais, mas que atendem ao estreitismo racial que lhes é peculiar. Não olvidamos a Sabedoria de um FO-HI, de um LAO-TSÉ, a pureza de SIDARTA GAUTAMA – o BUDA – e nem também o VEDANTISMO, o BRAMANISMO e as fontes YOGUES. Todas, sem exceção de uma sequer, são merecedoras de nossa mais alta estima e compreensão, e muito estamos fazendo nós, Seres Espirituais astralizados, para que o povo amarelo reencontre a Síntese, e reencontrará, pois seus condutores no Astral já se filiaram às “ORDENS DAS SANTAS ALMAS DO CRUZEIRO DIVINO”, onde renasceu o possante VERBO-LUZ, a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA – o AUMBANDAN. Aguardemos e vibremos por todos. A Raça Branca, dita CRISTÃ, ainda se arrasta no convencionalismo do CULTO EXTERIOR, em desacordo com os ensinamentos de Oxalá, o Cristo Jesus. Os desregramentos iniciaram-se quando houve a separação judeu-cristã. Ainda hoje vemos vários cultos, alguns não conscientes de seus compromissos para com seus fiéis, dizerem-se cristãos e atacarem-se uns aos outros. Ficamos a pensar se o Cristo Jesus, nosso Oxalá, traria realmente a ESPADA e a DISSENÇÃO, pois é isso que exemplificam a todos esses pobres Filhos de Fé. Um dia eles amadurecerão, a morte tirar-lhe-á os véus. Sabe Deus quantas mortes despertadoras precisarão? Sabe quantos nascimentos necessitarão para acordar? Que misericórdia do Senhor Jesus, Oxalá, abençoe-os e nos dê forças para guia-los na linha justa do verdadeiro cristão.
Se a Igreja Católica Apostólica Romana se propuser a ser Católica Universal, que o seja, lidere e pastoreie seu rebanho, que infelizmente está “doente”. No entanto, infelizmente, seus pastores também foram infectados pelas doenças, tornando-se os mais necessitados de auxílio e medicação espiritual. Assim, o grande rebanho católico está acéfalo, em virtude da contaminação de seus pastores com as doenças de seus rebanhos. Ergamos o católico, é nosso Filho de Fé, é irmão em Oxalá. Vibremos por novos dias mais límpidos e brilhantes para o clero romano e seus rebanhos.
Se citamos o católico romano, que é merecedor de nossa simpatia e afeto, não poderíamos deixar de citar as “religiões de cultos reformados”, o PROTESTANTISMO, em toda a gama de cultos que o compõem. O grande Lutero, assim como Calvino, foram espíritos abnegados, que de forma contundente dissociaram e cindiram a Igreja Católica, sendo fundadores de cultos cristãos melhorados, embora distantes, da real pureza do primitivo cristianismo. Todas as demais derivadas cristãs, ligadas ao ensino da Bíblia, tanto no Velho como do Novo Testamento, não cogitam e até discutem sério quando lhes falam de reencarnações e de outros fenômenos que para muito breve serão explicados pela Ciência oficial. No século XIX, sem dúvida, tivemos uma grande revolução nos cultos ou seitas tidas como cristãs. Veio-nos da Europa, da França, a “CODIFICAÇÃO DA DOUTRINA DOS ESPÍRITOS”, através das IRMÃS CROOKES, por ALLAN KARDEC. Interessante que, segundo nossa humilde contribuição à coletividade umbandista da atualidade, já expusemos que o poderio da Raça Vermelha tinha se estendido à Índia através das migrações espirituais dos Tupy-Guarany, o que dá a pensar do porquê do pseudônimo “ALLAN KARDEC”, que é de origem hindu. Claro que Allan Kardec, assim como disse Jesus, “não veio destruir a LEI e nem os profetas, mas sim cumpri-los”. E foi o que fez, através de um trabalho de compilação e de caráter externo, visando o soerguimento moral da grande massa que se arrastava presa a conceitos estáticos sobre nascimento e morte, reencarnação, mediunismo, planos de evolução e Lei Kármica (por ele chamada de causa e efeito). O Corpo Astral foi identificado para esses cristãos novos e outros que se diziam cristãos. Chamam o Corpo Astral de PERISPÍRITO. A Lei das Conseqüências, a Lei das vidas sucessivas para evoluirmos, a negação da condenação eterna, a infinita misericórdia dos Prepostos de Jesus e a aplicação correta dos Evangelhos de Jesus formam a base de todo esse sistema filorreligioso-científico chamado KARDECISMO. No GOVERNO DO MUNDO surgiu o Kardecismo, não como uma nova revelação, mas sim como uma compilação popular, para a grande massa, dos conceitos que acima expusemos.
Faz parte dele, assim como outros, pregar com veemência e cristalinamente que a MORTE NÃO EXISTE. Viver, nascer e morrer são fenômenos tão necessários quanto salutares ao Espírito, que necessita evoluir, caminhar para novos rumos.
Claro que os “SENHORES D’ARUANDA” não iriam abrir espaço vibratório para mais um inócuo e inprofícuo sistema filorreligioso. Esse sistema, na verdade, vislumbrou de forma ainda empírica a necessidade da PROTO-SÍNTESE RELIGIO-CIENTÍFICA, veio preparar o advento do AUMBANDAN na TERRA DA LUZ – o BARATZIL. Assim, vimos que o Kardecismo veio despertar a Alma indolente para as realidades da vida que a aguarda, relembrando-lhe que a vida é eterna e que cada um colhe o que semeia. Iniciou-se o RELIGARE VERDADEIRO. Esse movimento teve e tem o controle direto da “CORRENTE DAS SANTAS ALMAS DO CRUZEIRO DIVINO”. Bem, Filho de Fé, estamos bem no âmago de nosso caminho, através do qual chegaremos frente a frente com a SAGRADA CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA, através de seu Movimento e do ressurgimento do vocábulo sagrado AUMBANDAN..
Estamos no final do século XV e no limiar do século XVI. A possante Europa da época era dominada por dois grandes povos da PENÍNSULA IBÉRICA – Portugal e Espanha.
Na época, tanto os lusitanos como os espanhóis disputavam a hegemonia nas grandes conquistas, fazendo-se exímios comerciantes, tal qual eram em tempos idos os fenícios, os quais estavam reencarnados no seio das nações portuguesa e espanhola. Visando a uma expansão marítima, claro que orientada por digníssimos e elevados mentores da “CONFRARIA DOS ESPÍRITOS ANCESTRAIS”, os portugueses alcançaram em 1500 as costas brasileiras. Deu-se nesse instante um verdadeiro “balanço cósmico”, em que se reuniram novamente os povos. O BARATZIL seria um mini-Universo, albergaria brancos, negros, vermelhos e amarelos, e assim aconteceu. Não demorou quase nada para que muitos cativos em suas próprias Pátrias fossem trazidos até nós, como os africanos – negros escravos. O branco tinha domínio sobre o negro e sobre o índio degenerado, e através de algemas pesadíssimas, do ponto de vista astral, negros e vermelhos se reuniram, visando opor resistência ao agressor, ao algoz, ao povo da Raça Branca. Em favor da monocultura do café, da cana-de-açúcar, nos ditos engenhos, o branco sacrifica e animaliza seus irmãos de pele negra, passando a vê-los e trata-los como subhumanos. Momentos terríveis viveu a Terra da Cruz. Dores atrozes, sentimentos destruídos, sangue derramado, ódio consubstanciado na agressão de todas as formas.
O ressurgimento do vocábulo AUMBANDAN estava prestes a eclodir. Antes vejamos como foi precipitado esse momento em sua acepção externa.
Na tormentosa escravatura, em pleno século XVI, neste BARATZIL, Terra da Cruz, os africanos aportados aqui, em comunhão com o indígena nativo (degenerações dos Tupy-nambá e Tupy-Guarany), firmaram na luta pela liberdade os seus sentimentos e desejos, através de seus ritos religiosos-mágicos degenerados.
Dessa fusão surgiram e permanecem até os nossos dias os mais variados ritos, os quais refletem os sentimentos e ideais de seus “fundadores” na época. Nem todos com ideais e sentimentos nobres. Muitos deles com sentimentos de ódio e vingança, que se consubstanciaram em rituais pesados, com um baixíssimo sistema de oferendas (solidificação de elementos vibratórios para que seja movimentada a magia).
Esse sistemático conflito racial, que perdurou até no Astral, fez com que os TRIBUNAIS PLANETÁRIOS resolvessem incrementar sobre essa coletividade em litígio um Conjunto de Leis Regulativas que viriam discliplinar os rituais nefandos e retrógrados que eram vigentes na época. Em poucas palavras, assim surgiu o Movimento Umbandista.
Neste momento, queremos frisar que o escravagismo, bem como o massacre aos indíginas não foi somente praticado no Brasil. Interessante ressaltar que nos EUA, Cuba, Haiti e outros, também tivemos a escravatura, e por essas plagas o vocábulo UMBANDA não surgiu. Como se explica esse fato? É o que tentamos explicar até agora em nosso humilde trabalho. Isso se deveu à supremacia da Raça Vermelha, a qual tinha se radicado no astral brasileiro, onde teve início o processo reencarnatório no planeta Terra. Como o vocábulo AUMBANDAN, ou seja, a PROTO-CSÍNTESE CÓSMICA, aqui tinha sido revelado, aqui mesmo ressurgiria, e ao ressurgir teria de vir como sendo bandeira, a priori, de um movimento que atingisse as grandes massas populares que aqui no Brasil, por motivos vários, se encontravam em litígio. A oportunidade era inadiável. Aproveitar-se-ia para lanças no seio da grande massa o vocábulo AUMBANDAN, que serviria de escopo para a formação de um sentimento inter-racial uno, acabando com os conflitos entre Seres Espirituais irmãos, independentemente da vestimenta cutânea que usassem. Outrossim, o Baratzil, como vimos, é a Terra predestinada a ser o celeiro espiritual do mundo, a Pátria Universal, a Pátria Uma, onde todos os povos se reuniriam. Também seria o local onde a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA ressurgiria, aproveitando-se da ocasião de discórdias raciais tanto no plano físico, como no astral inferior. Assim somos forçados, desde já, a entender o que se pratica hoje, generalizado como UMBANDA (AUMBANDAN – nem se cogita do termo, a não ser raríssimos Filhos de Fé Iniciados), seria melhor denominado MOVIMENTO UMBANDISTA, O QUAL VISA FAZER RESSURGIR OU RESTAURAR O AUMBANDAN. Mas, para que isso seja conseguido, tem e terá de fazer a união racial em nossa terra, a qual é predestinada a ser o CORAÇÃO ESPIRITUAL DO MUNDO.
Estamos muito longe do AUMBANDAN revelado aos Seres terrenos pelos Condutores da pura Raça Vermelha, a qual ainda hoje, no Astral, detém esse direito que através do Movimento Umbandista é exercido de fato, em participação com Seres Espirituais que se radicaram nas Raças Negra, Amarela e Branca. É A CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA UMA CONFRARIA QUE REÚNE OS ANCESTRAIS DO PLANETA TERRA, SERES ESPIRITUAIS QUE, EM PRIMITIVAS ERAS, FORAM OS GRANDES CONDUTORES DAS RAÇAS QUE POR AQUI PASSARAM, EM ESPECIAL DA RAÇA VERMELHA E DOS TRONCOS RACIAIS DELA ORIGINADOS. Tal é o estágio evolutivo em que se encontram, que hoje muitos desses Seres Espirituais formam uma Corrente diretamente ligada às Cortes de Oxalá, o Cristo Jesus, constituindo o GOVERNO OCULTO DO PLANETA TERRA. Ela própria, a UMBANDA, encerra a Verdade Universal sintetizada na PROTO-SÍNTESE CÓSMICA. Muitos de seus mais altos expoentes e militantes são ligados à “CORRENTE DAS SANTAS ALMAS”, a qual é de ação e execução das LEIS DIVINAS no Planeta Terra. A própria palavra UMBANDA, como ficou conhecido o AUMBANDAN, pode ser traduzida como “CONJUNTO DAS LEIS DE DEUS”. Portanto, em sentido oculto, a UMBANDA não é apenas um sistema religioso, mas sim a própria LEI DIVINA, origem de todos os sistemas religiosos, filosóficos, científicos e artísticos de todos os tempos, motivo pelo qual, como já dissemos e repetimos, é a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA, que encerra em si a PROTO-SÍNTESE RELIGIO-CIENTÍFICA.
Reavivando a memória dos Filhos de Fé e dos leitores amigos, resumamos: Em primitivas eras, os conhecimentos e concepções que direcionavam a vida e a evolução da humanidade eram plenamente integrados entre si e consoantes à LEI DIVINA, constituindo a dita PROTO-SÍNTESE RELIGIO-CINETÍFICA. No entento, através dos tempos, esses conceitos foram fragmentados, deturpados e perdidos, permanecendo vivos apenas no seio das Confrarias Espirituais do mundo astral, ou seja, no seio da própria Corrente Astral de Umbanda, e também em raríssimos Templos ou Ordens. Eis o porquê de dizermos que essa Corrente é a Guardiã dos Mistérios que encerram a VERDADE UNIVERSAL. Como dissemos, a CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA constitui o GOVERNO OCULTO DO PLANETA TERRA. Dessa forma, ela achou por bem lançar mão de um Movimento que viesse restaurar gradativamente esses conceitos, fazendo a humanidade retomar um caminho evolutivo o mais reto e seguro possível. Assim, tivemos o ressurgimento do vocábulo AUMBANDAN, adaptado como UMBANDA, e o surgimento do Movimento Umbandista, ocorrendo o mesmo no Brasil.
O surgimento da Umbanda ou Movimento Umbandista em terras brasileira certamente não se deve ao acaso. Vimos que o Brasil é o berço da primitiva Síntese. Logo, nada mais natural que seu ressurgimento ocorra no local de sua origem, principalmente porque aqui se encontram plasmadas as condições astrais mais propícias para tal. Assim, as Entidades integrantes da Corrente Astral de Umbanda foram, aqui e ali, através de seus veículos mediúnicos (médiuns), lançando as bases do MOVIMENTO UMBANDISTA, QUE NUMA PRIMEIRA FASE VISA ABARCAR O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS NO MENOR ESPAÇO DE TEMPO POSSÍVEL DEVIDO AO RÁPIDO CRESCIMENTO DO MOVIMENTO, O QUE REALMENTE ERA ESPERADO, O MESMO SE DEU DE FORMA APARENTEMENTE DESORDENADA, ORIGINANDO CERTAS CONFUSÕES QUE DEVEM SER CONSIDERADAS ATÉ CERTO PONTO NATURAIS E MESMO NECESSÁRIAS, DEVIDO À NECESSIDADE DE ADAPTAÇÃO AOS DIFERENTES GRAUS DE ENTENDIMENTO QUE O MOVIMENTO UMBANDISTA PRETENDE ABARCAR. Outros fatores também colaboram para que ocorra essa desorganização, sendo alguns deles bastante perniciosos, originários da atuação das correntes do baixo mundo astral que, como vimos, pretende criar uma forte oposição ao ressurgimento da UMBANDA.
Após essas ligeiras elucidações, queremos citar como na realidade humana aconteceu o Movimento Umbandista, já que de ordem astral já explicamos. Aqui nas terras brasileiras, tínhamos observado a miscigenação de cultos, que atendiam aos anseios raciais afins. Já vimos como e por que tivemos a união de cultos e ritos, e nessa mistura, embora aparentemente deturpada, estávamos nos aproximando do surgimentio do Movimento Umbandista. A par da miscigenação entre “vermelhos” e “negros”, ou melhor de seus resquícios religiosos e místicos, tivemos a influência do branco através do catolicismo e logo a seguir do Kardecismo.
Note, Filho de Fé e leitor estudioso, que a miscigenação de cultos propiciou uma miscigenação cultural e até racial, também prenunciando a RAÇA UNIVERSAL FUTURA. Essa é uma das funções primeiras da CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA, através de seu Movimento atual, o qual abarca a todos independentemente da cor, credo ou raça. Com as raças já delineadas, dentro do Movimento Umbandista, não podemos nos esquecer de nossos Filhos de Fé ligados aos cultos de nação africana, vulgarmente chamados CANDOMBLECISTAS, ou seja, adeptos dos Candomblés. Todos esses Filhos de Fé são merecedores de nossas mais altas expressões de carinho e respeito, mas devem procurar suas verdadeiras raízes, pois tanto falam em manter a Tradição e a cultura negra, que se fizerem uma pesquisa aberta e honesta, com toda isenção de ânimo, verão que de há muito seus fundamentos já estão deturpados, sendo que os mesmos, em sua total pureza, já eram de conhecimento de caldeus, egípcios e hindus, esses principalmente no que se refere ao mito e fetichismo que ficou arraigado nesses Filhos de Fé ligados aos cultos de nação africana. Isso para não irmos mais longe, pois em verdade beberam um dia as Verdades Universais reveladas pela Raça Vermelha, para depois, assim como outras raças, deturparem completamente os fundamentos verdadeiros da PROTO-SÍNTESE RELIGIO-CIENTÍFICA.
Assim, precisamos muito lentamente orientar esses Filhos para alcançarem novos patamares da evolução e afasta-los do atavismo espirítico que os persegue há milênios.
No capítulo “UMBANDA E SUAS RAMIFICAÇÕES ATUAIS”, mostraremos como podem esses Filhos de Fé, que mais uma vez afirmamos – não estamos criticando, e sim buscando ajuda-los – erguerem-se cada vez mais. Faremos no capítulo dito acima um completo apanhado de um culto que se adapta muito positivamente aos filhos ligados aos cultos de nação africana em suas várias nações. Assim, o Movimento Umbandista da atualidade se preocupa com todos os filhos terrenos, e muito especialmente com os Filhos de Fé ditos como adeptos dos CULTOS AFRO-BRASILEIROS. Em uma fase futura do Movimentos Umbandista, buscaremos novos objetivos que, não obstante, hoje já são supervisionados por Seres da CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA.
Dando seqüência a nossa conversa, falaremos como realmente surgiu o Movimento Umbandista. Por ordens das Cortes de Jesus, através de Seus Prepostos, o mediunismo já invadira os cultos deturpados e miscigenados entre os indígenas e escravos africanos, quando por volta de 1889, aproveitando-se de uma forma de governo mais justa, que iniciava sua peregrinação no Brasil, o vocábulo UMBANDA foi lançado em vários pontos do país. Foram pontos luminosos que, nas Sombras em que estavam, logo chamaram a atenção, e sem perda de tempo iniciaram a árdua tarefa.
A princípio, usamos médiuns que foram nossos discípulos em longínquos tempos, ainda aqui no Brasil, fato que hoje, embora raríssimo, ainda ocorre. Assim, iniciamos com o poderoso vocábulo UMBANDA, que hose serve de Movimento abarcador a milhares de Consciências. Amanhã o Movimento Umbandista há de restaurar o AUMBANDAN – a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA, que sem dúvida trará à toda humanidade terrena a Evolução Cósmica semelhante a outras “casas planetárias” felizes e luminosas.
Continuando nossa conversa, dizíamos que vários pontas-de-lança do Astral e mesmo encarnados lançaram o vocábulo UMBANDA em torno de 1889 e vale ressaltar que esse vocábulo foi lançado, em geral, em locais pouco freqüentados. Quando não, diziam as Entidades atuantes que Umbanda era um Movimento novo que iria se espalhar por todo o Brasil,

trazendo esperança, secando as lágrimas, espargindo compreensão e amor, acendendo a Fé, centelha divina que de há muito se apagara em muitas infelizes criaturas humanas. Aí iniciou-se o Movimento silencioso mas contínuo da LUZ contra as SOMBRAS, dos MAGOS DA FACE BRANCA contra os MAGOS DA FACE NEGRA. O Mal já tinha encontrado o Bem, e com o mesmo disputava a supremacia das Almas. Ontem como hoje vem perdendo terreno; a Luz chegando, obviamente, dissipa as Sobras e as Trevas.
Foi assim que, desde 1889, Falanges e mais Falanges de integrantes da Corrente Astral de Umbanda começaram a tarefa saneadora. Como veremos no próximo capítulo, quando citarmos as 7 VIBRAÇÕES ou LINHAS DE FORÇA ESPIRITUAIS que compõem a UMBANDA, valorosos e indômitos GUERREIROS CÓSMICOS em favor da Paz já haviam soado seus clarins, anunciando a todos sua chegada, bem como convidado a todos para a grande tarefa regeneradora que se faria no planeta Terra, iniciando-se pelo mini-Universo, o BARATZIL. Estamos falando da 1ª VIBRAÇÃO ESPIRITUAL a descer do Astral em seus “cavalos” (médiuns), a Vibração de OGUM, que trazia em seu termo de identificação, que é VIBRADO e SAGRADO, no sufixo, o fonema “UM”, de UMBANDA. Assim as Vibrações harmoniosas de OGUM e sua corrente contagiosa de fé, pelos novos conceitos vieram derramar-se sobre toda a coletividade afim aos cultos ditos e havidos como afro-brasileiros. Citando-se OGUM, não poderíamos deixar de citar um grande enviado de OGUM, a Entidade CABOCLO CURUGUÇU, que preparou vários e vários anos o advento primeiro do CABOCLO 7 ENCRUZILHADAS, também da Vibratória de OGUM, que atuaria nas grandes massas populares visando tornar popular o termo UMBANDA e o culto apregoado por esse portentoso enviado de OGUM. Também o CABOCLO 7 ENCRUZILHADAS veio trazer aos humildes do corpo e da alma um ritual de fácil assimilação, e que de alguma forma os fizesse ascender os degraus evolutivos. Muito lutou com seu “cavalo” exemplar, o filho ZÉLIO FERNANDINO DE MORAIS, para implantar já naquela época, 1908, a UMBANDA sem as deturpações dos Filhos de Fé arraigados a níveis vibratórios inferiores, que estavam ligados ao hábito infeliz do sacrifício de animais de duas ou quatro patas, para homenagear ou mesmo ritualisticamente saudar seus Orixás. CABOCLO 7 ENCRUZILHADAS lançou a semente, ajudado por ORIXÁ-MALÊ, outro portentoso emissário da Luz para as Sombras da Faixa Vibratória de OGUM, já no plano mais terra-a-terra. Não poderíamos esquecer do poderosíssimo e sumamente sábio, mas não menos humilde, PAI ANTÕNIO. Não queremos citar outros nomes, pois não seria justo esquecermos uma plêiade de colaboradores, tanto do nosso lado como do lado dos Filhos de Fé encarnados. Nosso sincero e profundo respeito ao CABOCLO CURUGUÇU e sua portentosa Corrente Cósmica. Nosso Sarava à Falange do CABOCLO 7 ENCRUZILHADAS, que preparou por cima vários médiuns que seriam vanguardeiros das Verdades Imutáveis que seriam trazidas como chaves de doutrina e manancial filosófico, científico, religioso e artístico, onde a UMBANDA, em sua parte Iniciática, beberia de seus Fundamentos, transmitindo-os futuramente a outros. Dizemos assim que CABOCLO 7 ENCRUZILHADAS preparou por cima, no Astral, o advento do PAI GUINÉ, sapientíssimo e poderoso MAGO DA LUZ, que junto com seu aparelho mediúnico, o filho W.W.DA MATTA E SILVA, remodelaram os conceitos sobre o MOVIMENTO UMBANDISTA, bem como lançaram sementes riquíssimas em sua essência, a qual visa ao ressurgimento do AUMBANDAN – a PROTO-SÍNTESE RELIGIO-CIENTÍFICA. Nas obras escritas pelo PAI GUINÉ, encontramos não sòmente o lado popular da Umbanda; nelas, encontraremos também o lado esotérico, iniciático, selecionado, que sem dúvida há de preparar Sacerdotes conscientes, bem como dirigentes de verdadeiras Casas de Umbanda. Muitos Filhos de Fé perguntarão: Há alguém que ainda siga os ensinamentos do CABOCLO 7 ENCRUZILHADAS?
Responderemos que, na sua pureza, não. Isso porque nada na Umbanda, ou melhor, no Movimento Umbandista, é definitivo. Sempre há novos véus a serem desvelados. Assim, diremos que, se o CABOCLO 7 ENCRUZILHADAS baixasse hoje em algum médium, daria como fundamentos os mesmos dados pelo PAI GUINÉ, e só.
Ao término de nossa conversa com você, Filho de Fé e leitor amigo, queremos que fique registrado em sua Alma nossa vibração de PAZ e AMIZADE ETERNA.
É, Filho de Fé e leitor amigo, a amizade é uma bênção que “CABOCLO” gosta sempre de cultivar, e somente pela amizade sincera, Filho de Fé, você terá para sempre seu mentor espiritual. Mediunidade talvez seja aquilo que costumamos falar com nosso “cavalo”: DIMENSÃO-AMIZADE !

Continua

15.5.11

HISTÓRIA DA UMBANDA - CAPÍTULO II

4.26.2006
Os Templários e o Descobrimento do Brasil

por Jair Duarte*


Em 22 de Abril de 1500, naus com a cruz da Ordem de Cristo chegaram onde hoje é a Bahia. Foi o espírito dos cruzados que guiou a aventura das grandes navegações portuguesas.

A chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil foi parte de uma cruzada conduzida pela Ordem de Cristo, que herdou a mística dos templários.

Lisboa, 08 de Março de 1500, um domingo. Terminada a missa campal, o rei D. Manuel I sobe ao altar, montado no cais da Torre de Belém, toma a bandeira da Ordem de Cristo e entrega-a a Pedro Álvares Cabral. O capitão vai içá-la na principal nave da frota que partirá daí a pouco para a Índia.

Era uma esquadra respeitável, a maior já montada em Portugal, com treze navios e 1500 homens. Além do tamanho, tinha outro detalhe incomum. O comandante não possuía a menor experiência como navegador. Cabral só estava no comando da esquadra porque era cavaleiro da Ordem de Cristo e, como tal, tinha duas missões: criar uma feitoria na Índia e, no caminho, tomar posse de uma terra já conhecida, o Brasil.

A Presença de Cabral à frente do empreendimento era indispensável, porque só a Ordem de Cristo, uma companhia religiosa-militar autônoma do Estado e herdeira da misteriosa Ordem dos Templários, tinha autorização papal para ocupar - tal como nas cruzadas - os territórios tomados aos infiéis (no caso brasileiro, os índios). No dia 26 de Abril de 1500, quatro dias depois de avistar a costa brasileira, o cavaleiro Pedro Álvares Cabral cumpriu a primeira parte da sua tarefa. Levantou onde hoje é Porto Seguro a bandeira da Ordem e mandou rezar a primeira missa no novo território. O futuro país era formalmente incorporado nas propriedades da organização. O escrivão Pero Vaz de Caminha, que reparava em tudo, escreveu ao rei sobre a solenidade: «Ali estava com o capitão a bandeira da Ordem de Cristo, com a qual saíra de Belém, e que sempre esteve alta». Para o monarca português, a primazia da Ordem era conveniente. É que atrás das descobertas dos novos cruzados vinham as riquezas que faziam a grandeza e a glória do reino. A seguir perceberá como a Ordem de Cristo transformou a pequena nação ibérica num império espalhado pelos quatro cantos do planeta.

No início do século XV, Portugal era um reino pobre. A riqueza estava em Itália, na Alemanha e na Flandres (hoje parte da Bélgica e da Holanda). Nesse caso, porque é que foram os portugueses a encabeçar a expansão européia? A rica Ordem de Cristo foi o seu trunfo decisivo. Fundada por franceses em Jerusalém em 1119, com o nome de Ordem dos Templários, acabou por se transferir para Portugal em 1307, época em que o rei de França desencadeou contra ela uma das mais sanguinárias perseguições da História. Quando o Infante D. Henrique, terceiro filho de D. João I, se tornou grão mestre da Ordem, em 1416, a organização encontrou o apoio para colocar em prática um antigo e ousado projeto: circum-navegar a África e chegar à Índia, ligando o Ocidente ao Oriente sem a intermediação dos muçulmanos, que então controlavam os caminhos por terra entre esses dois cantos do mundo.

No momento em que o Infante, à frente da Ordem de Cristo, resolveu dar a volta ao continente africano, a idéia parecia uma loucura. Havia pouca tecnologia para navegar em oceano aberto (o Mediterrâneo, o mar até então mais navegado, é fechado) e nenhum conhecimento sobre como se orientar no Hemisfério Sul, porque só o céu do Norte estava cartografado. Mais ainda: acreditava-se que, ao sul, os mares estavam cheios de monstros terríveis. De onde teria vindo então a informação de que era possível encontrar um novo caminho para o Oriente?
Possivelmente, dos templários, que durante as cruzadas, além de se especializarem no transporte marítimo de peregrinos para a Terra Santa, mantiveram intensos contatos com viajantes oriundos de toda a Ásia.

A proposta visionária recebeu o aval do papa Martinho V, em 1418, na bula Sane Charissimus, que deu caracter de cruzada ao empreendimento. As terras tomadas aos infiéis passariam para a Ordem de Cristo, que teria sobre elas tanto o poder temporal, de administração civil, como espiritual, isto é, o controlo religioso e a cobrança de impostos eclesiásticos. Entre o lançamento oficial da empreitada e a conquista do objetivo final decorreria muito tempo, precisamente oitenta anos. Só em 1498 o cavaleiro Vasco da Gama conseguiria chegar à Índia. Morto em 1460, o Infante D. Henrique não assistiu ao triunfo da sua cruzada. Mas chegou a ver como, no seu rasto, Portugal se iria tornar a maior potência marítima da Terra.

Pedro Álvares Cabral não tinha experiência náutica antes de partir na sua viagem, mas era um cruzado de grande valor militar. Quando chegou à Índia, bombardeou o porto de Calecute durante quinze dias.

O castelo medieval e o convento de Cristo, em Tomar, ainda se mantêm de pé. Ali funcionou a sede da Ordem de Cristo, entre 1307 e 1550, e foi ali que foram guardados os segredos das grandes navegações.

O Infante D. Henrique sagrou-se cavaleiro em 1415, na batalha de Ceuta, em Marrocos, em que os portugueses expulsaram os muçulmanos da cidade. No ano seguinte, o príncipe tornou-se comandante da Ordem. Como a sucessão do trono caberia ao seu irmão mais velho, D. Duarte, Henrique assumiu o cargo de governador do Algarve. Solteiro e casto, dividia o seu tempo entre o convento de Cristo, a sede da Ordem, e a vila de Lagos, no Algarve. Em Tomar, cuidava das finanças, da diplomacia e da carreira dos pilotos iniciados nos segredos do empreendimento cruzado. O convento era um cofre de recursos e informações secretas. Lagos era a base naval e uma corte aberta. Vinham viajantes de todo o mundo, de «desvairadas nações de gentes tão afastadas de nosso uso», como escreveu o cronista Gomes Eanes de Zurara na crónica da Tomada da Guiné. As personagens desse livro revelam um pouco do cosmopolitanismo do porto de Lagos: havia gente das Canárias, caravaneiros do Saara, mercadores de Timbuctu (hoje Mali), monges de Jerusalém, navegadores venezianos, alemães e dinamarqueses, cartógrafos italianos, e astrônomos judeus. Uma das regras de ouro da diplomacia era dar presentes. assim, o príncipe juntou uma biblioteca preciosa. Entre os mapas, plantas e tabelas, havia um exemplar manuscrito das Viagens de Marco Polo. Não por acaso, a primeira edição impressa dessa obra foi feita não em latim ou em italiano, mas em português, em 1534.

A escola de Sagres foi uma lenda criada pelos poetas românticos portugueses do século XIX. Na verdade, foi do porto de Lagos que a Ordem de Cristo, liderada pelo Infante D. Henrique, comandou a expansão marítima do século XV.

O Infante D. Henrique (1394-1460) era um articulador discreto. Raramente ia à corte, em Lisboa. O seu tempo era passado entre o convento de Tomar, sede da Ordem, e a base naval de Lagos. Águas fervilhantes, ares envenenados, animais fantásticos e canibais monstruosos povoavam a imaginação dos que desciam o Atlântico em direção ao Sul.

Quando o navegador da Ordem de Cristo Gil Eanes passou o Cabo Bojador, um pouco ao sul das Canárias, em 1434, mais do que realizar um avanço náutico, estava a desmontar uma mitologia milenar. Acreditava-se que depois do cabo, localizado no que é hoje o Saara Ocidental, começava o Mar Tenebroso, onde a água fumegaria sob o sol, imensas serpentes comeriam os desgraçados que caíssem ao oceano, o ar seria envenenado, os brancos ficariam pretos, haveria cobras com rostos humanos, gigantes, dragões e canibais com a cabeça embutida no ventre. O estrondo das ondas nos penhascos do litoral, que poderia ser ouvido a quilômetros de distância, as correntes fortíssimas e as névoas de areia reforçavam o pânico dos pilotos. Quando finalmente reuniu coragem e viu que do outro lado não haveria nada de especial, Eanes abriu o caminho para Sul.
O rei de França, Filipe IV, o Belo, devia dinheiro à Ordem dos Templários. Os templários franceses eram os mais poderosos da Europa. Controlavam feudos e construções no interior e em Paris. Entre eles, o Templo, um conjunto de igrejas e oficinas que foi reformado em 1319 e se tornou a prisão da Bastilha, mais tarde destruída, durante a Revolução Francesa. As derrotas no Médio Oriente alimentaram uma onda de calúnias segundo as quais os cavaleiros teriam feito acordos com os muçulmanos, fugindo de campos de batalha e traído os cristãos. Aproveitando o clima favorável, em 13 de Outubro (Sexta-feira) de 1307, Filipe invadiu, de surpresa, as sedes templárias em toda a França. Só em Paris foram detidos 500 cavaleiros, e muitos deles degolados.

Dois processos foram abertos: um dirigido pelo rei contra os presos, o outro conduzido pelo papa Clemente V contra a Ordem. O papa era francês, vivia em Avignon e era aliado do rei. Torturas brutais e confissões arrancadas pela Inquisição tornaram-se peças difamatórias escandalosas. O sigilo da Ordem foi usado contra ela e as etapas dos rituais de iniciação foram convertidas em monstruosidades. Os santos guerreiros foram acusados de cuspir na cruz, adorarem o diabo, render culto a Maomé, manter práticas homossexuais e queimar crianças. Todos os seus bens foram confiscados. Esperava-se uma fortuna, mas, como pouco foi efetivamente recolhido, criou-se a lenda de os tesouros teriam sido transferidos em segurança para outro país.

Para muitos investigadores, esse país teria sido Portugal. O rei D. Dinis (1261-1325) decidiu garantir a permanência da Ordem em terras portuguesas: sugeriu uma doação formal dos seus bens à Coroa, mas nomeou um administrador templário para cuidar deles. Nem o processo papal nem a execução do grão-mestre Jacques de Molay, em 1314, o intimidaram. em 1317, reiterando que os templários não tinham cometido crimes em Portugal, D. Dinis transferiu todo o patrimônio dos cruzados para uma nova organização recém-fundada: a Ordem de Cristo. Assim Portugal tornou-se um refúgio para perseguidos de toda a Europa. De vários países chegavam fugitivos, trazendo o que podiam. O convento de Tomar transformou-se na caixa-forte dos segredos que a Inquisição não conseguiu arrancar. Dois anos depois, em 1319, um novo papa, João XXII, reconheceu a Ordem de Cristo. Começava para os cavaleiros uma nova era, com uma nova missão .

Nas primeiras décadas da existência Ordem de Cristo, os ex-templários estabeleceram estaleiros em Lisboa, fizeram contratos de manutenção de navios e dedicaram-se à tecnologia náutica, aproveitando o conhecimento adquirido no transporte de peregrinos entre a Europa e o Médio Oriente durante as cruzadas. Ao mesmo tempo, preparavam planos para voltar à ação, contornando a África por mar e, aliando-se a cristãos orientais, expulsar os mouros do comércio de especiarias.

Em 1416, quando assumiu o cargo de grão-mestre, o infante D. Henrique lançou-se à diplomacia. Tinham passado cem anos sobre a condenação dos templários nos processos de Paris, e o Vaticano estava preocupado com a pressão muçulmana sobre a Europa, que aumentara muito no século XIV. Com isso, em 1418, o infante consegue do papa um aval ao projeto expansionista. Daí em diante, cada avanço para o Sul e Oeste será seguido da negociação de novos direitos. Num século, os papas emitiram onze bulas privilegiando a Ordem com monopólios da navegação para África, posse de terras, isenção de impostos eclesiásticos e autonomia para organizar a ação da igreja nos locais a descobrir.

Até meados do século XV, os cavaleiros tomavam a iniciativa, sem esperar pelo Estado português. Uma vez iniciada a colonização, eventualmente doavam à família real o domínio material dos territórios, mantendo o controlo espiritual. À corte, interessada em promover o desenvolvimento da produção de riquezas e do comércio, cabia então consolidar a posse do que tinha sido descoberto.

Em Marrocos, os novos cruzados atacaram Tânger, em 1437, e Alcácer-Ceguer, em 1458. O ímpeto guerreiro preponderou sobre o mercantilismo real até 1461, ano em que o cavaleiro Pedro Sintra encontrou ouro na Guiné. Aí, a pressão comercial da monarquia começou a aumentar. Mesmo assim, ainda houve expedições contra os mouros marroquinos em Asilah e Tânger, de novo, em 1471. Mas à medida que foi sendo consolidado o comércio na rota das Índias, a partir da sua descoberta em 1498, a coroa foi absorvendo gradualmente os poderes da Ordem. Até que em 1550 o rei D. João III fez o papa Júlio III fundir as duas instituições. Com isso, o grão-mestre passava a ser sempre o rei de Portugal, e o seu filho tinha o direito de lhe suceder também no comando dos cruzados.

O rei D. João II, que governou entre 1481 e 1495, estimulou a atividade mercantil e a colonização dos territórios africanos, contendo o ímpeto guerreiro dos cruzados da Ordem de Cristo.

Um Símbolo milenar

Os cruzados adotaram como emblema uma das cruzes mais antigas da cristandade.

Cruz copta

No século II, uma dissidência cristã, chamada copta, adotou esta cruz.

Cruz templária

Em 1119, a Ordem dos Templários criou um distintivo derivado da cruz copta.
Com a idéia de reconquistar Jerusalém, os portugueses passaram décadas à procura do lendário reino do Preste João, que seria um núcleo cristão remanescente em terras orientais. Por fim, em 1492, encontraram, na Etiópia, uma monarquia cristã.

Em 1541, os cristãos etíopes pediram ajuda a Portugal contra os Turcos. O rei português mandou uma expedição de 400 soldados, liderada por Cristóvão Gama. Gama morreu, mas os cristãos venceram. Os portugueses foram recompensados e muitos deles ficaram na Etiópia. Em 1544, o rei etíope, Galawdewos, escreveu a D. João III a carta ao lado, agradecendo a ajuda.
A Ordem de Cristo controlou o conhecimento das rotas e o acesso às tecnologias de navegação enquanto pôde. Mas com o ouro descoberto na Guiné, em 1461, o monopólio da pilotagem passou a ser cada vez mais desafiado. A partir de então, multiplicaram-se os contratos com comerciantes e as cessões de domínio ao rei para exploração das regiões descobertas. Aos poucos, a sabedoria secreta guardada em Tomar foi sendo passada para mercadores de Lisboa, da Flandres e de Espanha. Naquela época, Portugal fervilhava de espiões, especialmente espanhóis e italianos, que procuravam os preciosos mapas ocultados pelos cruzados.
Enquanto o tesouro de dados marítimos esteve sob a sua guarda, a estrutura secreta da Ordem garantiu a exclusividade dos portugueses. Em Tomar e em Lagos, os navegadores só progrediam na hierarquia depois de a sua lealdade ter sido comprovada, se possível em batalha. Só então podiam ler os relatórios reservados de pilotos que já tinham percorrido regiões desconhecidas e ver preciosidades como as tábuas de declinação magnética, que permitiam calcular a diferença entre o Pólo Norte verdadeiro e o magnético que aparecia nas bússolas. E, à medida que as conquistas avançavam no Atlântico, eram feitos novos mapas de navegação astronômica, que forneciam orientação pelas estrelas do Hemisfério Sul, a que também só os iniciados tinham acesso.

Mas o sucesso atraía a competição. A Espanha, tradicional adversária, também fazia política no Vaticano para minar os monopólios da Ordem, numa ação combinada com o seu crescente poderio militar. Em 1480, depois de vencer Portugal numa guerra de fronteira que durou dois anos, os reis Fernando, de Leão, e Isabel, de Castela, começaram-se a interessar-se pelas terras de além-mar. Com a viagem vitoriosa de Colombo à América, em 1492, o papa Alexandre VI, um espanhol de Valência, reconheceu em duas bulas, as inter Caetera, o direito de posse dos espanhóis sobre o que o navegante genovês tinha descoberto, e rejeitou as reclamações de D. João II de que as novas terras pertenciam a Portugal. O rei não se conformou e ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os dois países a negociarem, frente a frente, em Espanha, no ano de 1494, um tratado para dividir o vasto Novo Mundo que todos pressentiam: O Tratado de Tordesilhas.

No regresso da viagem à América, em 1493, Cristóvão Colombo fez uma escala em Lisboa para visitar o rei de Portugal, D. João II. Um gesto corajoso. O soberano estava dividido entre dois conselhos: prender o genovês ou reclamar ao papa direitos sobre as terras descobertas. Para sorte de Colombo, decidiu-se pela segunda alternativa. Como a reivindicação não foi atendida, acabou por ser obrigado a enviar os melhores cartógrafos e navegadores da Ordem de Cristo, liderados pelo experiente Duarte Pacheco Pereira, a Tordesilhas, em Espanha, para tentar um tratado definitivo, mediado pelo Vaticano, com os espanhóis. Apesar de toda a contestação, a Santa Sé ainda era o único poder transnacional na Europa do século XV. Só ela podia mediar e legitimar negociações entre países.

O cronista espanhol das negociações, frei Bartolomeu de las Casas, invejou a competência da missão portuguesa. No livro História de las Indias, escreveu: «Ao que julguei, tinham os portugueses mais perícia e mais experiência daquelas artes, ao menos das coisas do mar, que as nossas gentes». Sem a menor dúvida. Era a vantagem dada pela estrutura secreta da Ordem de Cristo.

Não havia outra hipótese. Portugal saiu-se bem no acordo. Pelas bulas Inter Caetera, os espanhóis tinham direito às terras situadas mais de 100 léguas a Oeste e a Sul das ilhas dos Açores e de Cabo Verde.

Pelo acordo de Tordesilhas, a linha divisória imaginária, que ia do Pólo Norte ao Pólo Sul, foi esticada para 370 léguas, reservando tudo o que estivesse a Leste desse limite para os portugueses, incluindo o Brasil.

Trabalhando em silêncio

Graças à Ordem e à sua política de sigilo, os portugueses sabiam da existência das terras onde hoje está o Brasil sete anos antes da viagem de Pedro Álvares Cabral. E, trinta anos antes da viagem de Colombo, todos os mapas nacionais mostravam ilhas com o nome de «Antílias», a Oeste de Cabo Verde. O mais famoso cartógrafo italiano da época, Paolo Toscanelli, escreveu a um amigo português, em 1474, falando da «Ilha de Antília, que vós conheceis». Nesse ano, também há notícia de que o navegador cruzado João Vaz da Corte Real explorou as Caraíbas e foi até à Terra Nova (Canadá). Mas os documentos comprovatórios da viagem, como quase tudo da Ordem, nunca foram encontrados.

A linha do Tratado de Tordesilhas ia do Pólo Norte ao Pólo Sul, passando 370 léguas a Oeste das ilhas de Cabo Verde. Para a sua esquerda, era tudo de Espanha; para a direita, de Portugal.
Em 1494, Portugal e Espanha, com a mediação do Vaticano, assinaram o Tratado de Tordesilhas. Duarte Pacheco Pereira foi o principal negociador português.

Diz a tradição que o nome «Brasil» vem do pau-brasil, madeira cor-de-rosa. Mas a tradição é insuficiente quando se sabe que desde 1339 que o nome «Brasil» aparece em mapas. No século XIV, os planisférios dos cartógrafos Mediceu, Solleri, Pinelli e Branco mostravam uma ilha Brasil, sempre a Oeste dos Açores. O historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda acreditava que a origem do nome é uma lenda céltica que fala de uma «terra de delícias», vista entre as nuvens.
A primeira carta geográfica onde aparecem referências seguras ao Brasil real é o mapa de Cantino. Nele podem ver-se papagaios, florestas e o contorno do litoral a Norte e a Sueste. O trabalho foi encomendado pelo espião italiano Alberto Cantino, em 1502, a um cartógrafo de Lisboa e enviado ao seu senhor, o duque de Ferrara. A forma como foi feito é um mistério. Afinal, as únicas viagens oficiais de espanhóis e portugueses ao Brasil até 1502 foram as de Vicente Pinzón, ao estuário do Amazonas, e de Pedro Álvares Cabral, até onde hoje é a Bahia. Como explicar, então, a presença, na carta, do desenho do litoral?

Fruto provável de um suborno do cartógrafo, a avaliar pela conta choruda apresentada por Cantino ao duque, o mapa torna claro que já havia conhecimento profundo das terras a Oeste do Atlântico. Além de 4000 quilômetros de litoral brasileiro, aparecem no mapa a Florida, a Terra Nova (hoje Canadá) e a Groenlândia. Historiadores portugueses modernos, como Jorge Couto e Luciano Pereira da Silva, acham que Duarte Pacheco Pereira, o navegador que negociou Tordesilhas e autor do livro Esmeraldo de Situ Orbius, sobre as navegações portuguesas, escrito em 1505, deixou indicações de que esteve no Brasil. Teria visitado a costa do Maranhão e a Foz do Amazonas, em 1498, quatro anos depois de Tordesilhas. Mesmo assim, há questões não respondidas a respeito do mapa de Cantino. A única certeza é que entre a versão oficial e os fatos reais agiam em sigilo os cavaleiros da Ordem de Cristo, cuja documentação nunca foi encontrada.
Desde 1339 que o nome do Brasil aparece em mapas e planisférios. Os portugueses sabiam muito mais sobre as terras situadas a Oeste do que reconheciam publicamente. O continente sul-americano não foi descoberto por acaso. Os navegadores da Ordem de Cristo já lá tinham estado antes de 1500. Mapa de 1482, feito pelo cartógrafo Gracioso Benincasa, em Ancona, em Itália, indicando: 1-costa portuguesa; 2-costa africana; 3-«Isola de Bracill»; 4-«Antília».

Referências: A Missão Templária nos Descobrimentos. Rainer Daehnhardt, Nova Acrópole, Lisboa, 1993. Colombo, a Cabala e o Delírio. Luiz de Lencastre e Távora, Quentzal Editores, Lisboa, 1999.

(*) Jair Duarte, M.: I.:

- Loja SIMB.: ARLS 7 de Setembro n.º 45 – GLESP – R.E.A.A.
- Oriente: Santos - SP
- Grau: 3º – Past Venerável
- Loja FILOSÓFICA.: Consistório Príncipes do Real Segredo Comendador Montezuma, R.E.A.A. para a República Federativa do Brasil (*) – Santos – SP.
- Grau: 33º
- Grande Tesoureiro da Inspetoria Litúrgica da 5ª Região, Estado de São Paulo, do Supremo Conselho do Grau 33º do R.E.A.A., para a República Federativa do Brasil (RJ), Santos – SP.
- Ex-Presidente da Loja de Perfeição São Vicente – R.E.A.A. – Santos-SP
- Consultor do Capítulo São Vicente nº 16, da Ordem DeMolay para o Brasil, São Vicente – SP
- Ex-Presidente da Assembléia nº 02, da Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas (Rainbow Girls), Santos-SP
- Patriarca do Capítulo 7 de Setembro, da Ordem Internacional das Estrelas do Oriente (Easten Star), Santos-SP

HISTÓRIA DA UMBANDA

ENSAIO – A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA NAÇÃO (POVO, RAÇA), PARA IMPLEMENTAÇÃO DO MOVIMENTO UMBANDISTA E O INICIO DO RESSURGIMENTO DA “UMBANDA”

INTRODUÇÃO

Partindo do princípio colocado no livro Primeiras Revelações de Umbanda, Capítulo “Umbanda uma Visão de Cima para Baixo”, publicado em 1946, sob os auspícios da “Ordem dos Cavaleiros da Gran Cruz”, no Terreiro de Pai João de Benguela, resolvi iniciar um estudo, através de pesquisas, para comprovação da magnitude que envolve o ressurgimento da Umbanda no Brasil.
A pretensão deste trabalho, é demonstrar um movimento capaz de unir todos os segmentos religiosos, com a única e primordial finalidade que é o crescimento espiritual das terrenas criaturas.
O convívio e a evolução só é possível e, se torna duradouro, quando existe respeito pelo contraditório... pois é justamente o contraditório que se transforma em mola propulsora da nossa evolução.
Todos os irmãos que se proponham a colaborar com este trabalho, serão acolhidos com o maior carinho, desde que não adentrem em conceitos dogmáticos e considerações de “a minha é a verdade única” ou seja fanatismo.

RELIGIOSIDADE

Houve época em que eu acreditava que os eventos simplesmente aconteciam e que eu era beneficiado ou vítima do decorrer da vida. Depois comecei a entender que não existem coincidências; bastou um passe de lógica intuitiva para eu me convencer de que ajudamos a criar nossa própria realidade. E é por isso que não existem acasos.
A verdade está dentro de nós. Ao longo dos séculos, os ensinamentos dos mestres espirituais vêm nos revelando tal segredo.
Mas é maravilhoso refletir sobre a perfeição de uma tal revelação. Pense: apesar de todas as maravilhas tecnológicas, algumas coisas básicas permanecem as mesmas – nós nascemos e morremos. Lugares, pessoas, circunstâncias, culturas, são tão infinitamente variados como grãos de areia. Entretanto, cada indivíduo (homem ou mulher; jovem ou velho; gozando de plena saúde ou debilitado pela doença ou por um defeito físico; quer no meio da multidão, quer isolado; cercado pela abundância material ou faminta e sem lar) carrega o tesouro da verdade dentro de si. A fonte do infinito amor, conhecimento e sabedoria estão acessíveis a qualquer um que tenha a CORAGEM E QUEIRA SE VOLTAR PARA DENTRO DE SI COM O INTUITO DE DESCOBRI-LA.
Se você acha que isso soa espiritual, concordo inteiramente. O contato com a Fonte Interior me levou a uma reverência sagrada que é muito mais forte do que toda a minha religiosidade do passado.
Creio que este princípio representa a origem de todas as grandes religiões – elas brotaram da grande Verdade Única que está dentro de nós. A Fonte Interior é um tesouro precioso dentro de cada um de nós, um vínculo direto com a infinita fonte da vida. Esse tesouro é a Luz que funciona como um aparelho de navegação infalível.
As sementes da verdadeira compreensão, divinamente semeadas, jazem adormecidas sob camadas e camadas de idéias preconcebidas, preocupações, orgulho, medo e desilusão. Como uma estrela brilhante que nunca se apaga, essa luz brilha quando tudo o mais escureceu. Ela nos ilumina mesmo quando estamos cegos a sua luz. E está sempre a nossa disposição.
A luz espera ser descoberta. Espera a nossa cooperação e, acima de tudo, espera a nossa confiança.O caminho é constituído pelo que vem de dentro e o que vem de fora. De dentro, compreensão e diretrizes. De fora, novas experiências, pessoas e instrumentos. No entanto, sempre, sempre volte para o seu interior. Esse é o doce conhecimento: que você carrega a Força e a Luz dentro de si. Não existe separação entre o que você é e a totalidade do que será. É a unidade; é o todo. Há mistérios que não podem ser explicados completamente, pois terão que ser vivenciados. Fevereiro/1992. Ubiratan da Silva (Fariseu)

CAPÍTULO I
DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - UMBANDA VISÃO DE CIMA PARA BAIXO

UMBANDA é uma congregação de espíritos superiores no Astral, buscando suavizar e contribuir para a evolução do plano térreo.
Sua fundação teve inspiração nos Senhores do Karma, estando a mesma a eles aféta e submissa em todos os tramites da matéria. Data não podemos precisar, por não considerarmos o tempo, mas a compreensão humana pode Ter como ponto de referência, que a sua existência data de aproximadamente seis mil anos, completando em harmonia com os principios superiores, sete mil anos ao completar o vosso plano dois mil anos da era Cristã.
Pelo que vemos, UMBANDA teve os seus primórdios de fundação no Astral, dentro da sabedoria e conhecimento dos espíritos de planos superiores.
Ao manifestar-se no plano físico foram pelos Senhores do Karma, lançando mão do Ritual e das formas que prescreve a mesma Lei na terra.
O Ritual exalta a vontade, inspira a fé e compreensão. Sendo UMBANDA uma congregação de todas as creaturas, nos humildes e pequenos ela penetra com maior facilidade, não só pelo seu Ritual exaltando a fé em cada um, como pela igualdade de nivel em que se colocam as entidades na sua manifestação ao crente material.
Mesmo, também, porque necessitam de maior amparo e proteção aos pequenos e desvalidos da sorte, com Karmas tenebrosos a serem cumpridos na sua passagem rápida no mundo térreo.
Na manifestação do Espírito é necessário abnegação, devoção e completo desprendimento de vaidade, de orgulho ou dos sentimentos inferiores, para não só retemperar os materiais, os humanos, mas contribuir também grandemente para burilar, lapidar os espíritos na sua ascensão aos Mundos Divinos.
Umbanda é o meio de contacto entre os espíritos de PLANOS SUPERIORES e a matéria.
É a forma com que se torna possível a manifestação dos entes de planos mais elevados com os irmãos da matéria.
Se foi fundada de cima para baixo, isto é, primeiro no plano Astral para depois o ser no plano físico conta por isso mesmo, com bases sólidas no Astral de forte repercussão na matéria.
As outras formas de comunicação dos invisíveis com a matéria, de linguagem facil, sem ritual velado, fragil base possuem no Astral, em virtude da sua origem ser de baixo para cima; data de pouco tempo sua repercussão no Astral, onde são mais um aglomerado do que propriamente uma congregação; fixamos aqui, para vossa melhor compreensão, em 70 a 80 anos o seu aparecimento no Astral.
Seus alicerces são frageis e constantemente se vêm ameaçados pelas hordas de espíritos em evolução, que tentam e procuram destrui-las; por si só quasi não se mantem no Astral, sem o constante calor e alento que lhes emprestam os congregados da Lei de Umbanda.
Na ascenção reta, todos buscam a perfeição; de Deus somos filhos e muito mais ainda, todos irmãos.
Na engrenagem do conjunto, a evolução tem que se fazer com a harmonia de todas as peças e de todos os seus acessórios.
Não pode transviar-se a menor das ovelhas em caminho; o rebanho tem que chegar sem falhas, sem faltas, completo ao seu dono, ao seu Creador, Ãquele que carinhosamente nos creou a sua semelhança, que no sacrifício do Filho perpetuou os conhecimentos e a verdade Divina, que impoluto conduziu todos os filhos no sacrifício e nos malfadados momentos da evolução, que inflexível no cumprimento de suas Leis, mas todo bondade e justiça – DEUS -, na terra manifestado em luz e sabedoria, traduz-se por UMBANDA – Lei de Justiça e de Verdade.
Como Justiça, é recíproca e equitativa, pede mas também dá, ampara os seres na evolução; como Verdade mostra os caminhos de trilhas seguras e felizes.
Age pelos princípios da matéria, pois a difícil tarefa dos encarnados, para o completo cumprimento de suas provações, necessita de carinho e desvelo.
UMBANDA lhes presta assistência moral, material e muito mais ainda, os conduz inconscientemente às verdades espirituais, fazendo a moldagem da creatura para cumprimento do verdadeiro cristianismo do Mestre.
Sendo a linguagem dos Espíritos em relação a Umbanda muito elementar, os humildes da matéria sentem-se mais iguais a eles, de acôrdo com seu intelecto, tornando-se crentes obedientes aos princípios da Lei; dessa maneira sentem, todos que buscam na Fonte alívio para os seus males, liberdade para manifestar seus receios, desejos e vontades, sendo eles, muitas vezes, pequenas insignificancias que um bom conselho resolve, trazendo conforto e paz à creatura.
Desta forma podem as entidades controlar todos os passos e auxiliar grandemente a evolução dos irmãos encarnados.
Umbanda ainda caminha junto ao ciclo evolutivo do planeta Terra; evolue lenta, paulatinamente para não causar desarranjos; se o aborigine grotesco era no seu ritual, o homem civilizado faz o seu culto, porém em lento desenvolvimento.
Na terra Umbanda espalha-se grandemente sobre todos os povos, do Oriente para o Ocidente, formando extensa rede sôbre as creaturas da carne.
Luta, muita luta, sacrifício, desvelo e carinho dos seus congregados, ligados todos na tarefa de amenizar os sofrimentos e suavizar os corações dolorosos, tendo em vista a ascenção reta da humanidade aos princípios da espiritualidade, aos princípios da verdadeira fé nos Mundos Superiores, cheios de doçura e harmonia, tudo para evitar maiores males e sacrifícios e fazer com que seja aplainado o caminho para a volta do Messias a este Plano tão dificultoso.
Umbanda é uma Lei e como tal tem que ser considerada. Na sua estrutura encontramos tudo o que o espírito busca, tudo o que vossa curiosidade indaga, - arte, música, doutrina mística e religiosa, filosofia do sacrifício – tudo sem outro interesse si não o de mostrar a verdade das cousas.
Ao neófito cabe distilar para sentir o sabor de todos os elementos que se acham integrados em Umbanda, que no próprio vocábulo já encerra vibração e magia.
Caminhemos confiantes nessa Lei, que traz em si o sopro Divino.
Na palavra dos seus mensageiros tereis o conforto que embala vosso espírito dormente das fadigas terrenas, das violencias da luta material na trajetória da vida, em cumprimento do Karma. Confiantes trilhemos esta estrada reta e segura, tendo em vista a luz que vem de cima e que resplandece aos sentidos, na essência da verdade sublime do Creador, nos fundamentos da Lei de Umbanda, Lei de amor que ampara e auxilia, Lei de justiça aos que se fazem dela merecedores, aos que não praticam nem seguem as máximas do Creador, do Mestre.
Auxilia sem distinção, mas faz-se sentir cheia de igualdade, cheia de justiça; assim melhor conduz as ovelhas ao rebanho e amolda o espírito indomavel dos que se lançam na materialidade, sem se lembrarem da própria origem, do próprio Ente que os acalentou – DEUS.

“OLHA A DEUS E VERÁS A TI”

continua

6.5.11

APARELHOS UMBANDISTAS... ALERTA!

Há quase cinqüenta anos Matta e Silva nos fez um Alerta.
Este alerta foi dito em alto e bom som no seu livro Umbanda de todos nós.
Alerta feito por quem conhecia ,muito bem a Umbanda , e tinha como única expressão o amor a causa.
Ficou no tempo, infelizmente.
Transcrevemos abaixo este Alerta feito há tanto tempo e infelizmente (aparentemente) não ouvido.
Nitrix

APARELHOS UMBANDISTAS... ALERTA!

Aparelhos Umbandistas que o forem de fato e em verdade desta UMBANDA DE TODOS NÓS!
Companheiros nesta silenciosa batalha de todas as noites, imperativo de uma missão, legado de nossos próprios Karmas.
FILHOS DE ORIXÁS , de Fé, alma e coração - ALERTA!

ALERTA contra esta onda pululante de "mentores" que, jamais ouvindo as vozes dos verdadeiros Guias e Protetores vivem amoldando, diariamente, dentro de suas conveniências pessoais, uma "Umbanda à revelia ", convictos de que podem arvorar-se em dirigentes do Meio, não obstante serem sabedores da existência, em seu seio, de veículos reais, que sabem traduzir em Verdade, as expressões desta mesma Lei!

ALERTA contra esta proliferação de "Babás" e "babalaôs" que, por esquinas e vielas, transformam a nossa Umbanda em cigana corriqueira, enfeitada de colares de louça e vidro, e , ao som de tambores e instrumentos bárbaros, vão predispondo mentes instintivas e excitações, geradoras de certas sensações, que o fetichismo embala das selvas africanas aos salões da nossa metrópole.

ALERTA contra essas ridículas histórias da carochinha, assimiladas e "digeridas" em inúmeros "terreiros" que se dizem de Umbanda, as quais podemos "enfeixar" num simples exemplo na crença comum (entre eles), de que Xangô "não se dá" com Ogum, porque este em priscas eras, traiu aquele, raptando sua mulher , e, por conseqüência, vê-se os que se dizem "cavalos" de Xangô, não recebê-lo, quando "Ogum está no reino", e vice-versa... Até nos setores que se consideram mais elevados, esta vã superstição ainda tem guarida...

ALERTA contra este surto de idolatria-fetichista, incentivada pelas incontáveis estátuas de bruxos e bruxas, e, particularmente de umas, que asseveram serem dos Exus tais e tais, de chifres e espetos em forma de tridentes que pretendem assemelhar a mitológica figura do DIABO , mas TODAS, fruto do tino comercial dos "sabidos", IDEALIZADAS NAS FÁBRICAS DO GÊNERO, já compondo ou "firmando" Congás, cultuadas entre "comes e bebes" em perfeita analogia com os antigos adoradores do "bezerro de ouro", que tanto provocou as iras de Moisés.

ALERTA irmãos sensatos na Fé pela razão! ALERTA contra esta infindável barafunda oriunda da apelidada "linha de santé" , quando identificam, a esmo, Santos e Santas dentro da Umbanda, ao ponto de cada Tenda criar uma "similitude" própria...
E não é só isso; quem se dispuser a dar um "giro na umbanda" que certos terreiros apresentam ( não nessa minoria de Tendas mais conhecidas, já constituídas em baluartes da Religião) , ficará simplesmente desolado.
Terá oportunidade de ver indivíduos fantasiados com cocares de penas de espanador, tacapes, arcos e flechas, externarem maneiras esquisitas, em nome do Guia A ou B , consultando, dando passes e quantas mais, santo Deus, que não podemos dizer aqui...
Verificará ainda o animismo e a auto-sugestão suprirem uma mediunidade inexistente, quando certos gritinhos identificarem elementos do sexo feminino, que , em "transe", dizem personificar "Oguns, Xangôs e Oxossis..."
Continuando, verá outros caracterizados de "Kimbanda Kia Kusaka", tal a profusão de amuletos, colares e patuás que ostentam. Todos eles, se interrogados sobre Umbanda, largam a mesma cantilena dos outros, arrematando sempre com a já famosa frase: "Umbanda tem milonga ou milonga de umbanda quem diz é congá"... e, na seqüência deste arremate, tomam ares misteriosos, "insondáveis" e fecham com a "chave de mestre" , dizendo: "tem milonga, si sinhô...mas congá num dis..."
Aparelhos-Chefes! Presidentes de Tendas! Por que ficarmos indiferentes diante deste "estado de coisas "? Por que silenciarmos, se esta atitude pode dar margem a que qualifiquem todos os umbandistas como de uma só "panelinha"?
Por que estarmos passando ,em nós mesmos, um suposto atestado de incapacidade, quando deixamos de defender os legítimos Princípios da Lei de Umbanda, pela separação do "joio do trigo", dentro de um mal interpretado espírito de tolerância?
Sim, somos e devemos ser TOLERANTES com TODAS as formas de expressão religiosa: - RESPEITAMOS as concepções de cada um em seus respectivos planos, mas , daí a colocarmos dentro DELES, levados por uma tolerância prejudicial, o bom nome da Umbanda que praticamos, é simplesmente tornarmos real este "atestado de incapacidade", se não houver coragem e idealismo para separarmos "os alhos dos bugalhos "....
Prezados amigos! Mata e Silva , trabalhou na Umbanda por mais de 50 anos, nasceu em Pernambuco , em 28 de Julho de 1917 e desencarnou em 17 de abril de 1988.
Visitou mais de 600 Terreiros , escreveu vários artigos sobre Umbanda nos principais jornais de sua época, participou de programas de televisão na antiga Tupi (1967) e escreveu 7 livros.
Foi por seu intermédio que Pai Guiné iniciou a Umbanda Esotérica, hoje em dia chamada de AUMBANDAM.
Matta e Silva , este grande conhecedor da Umbanda , fez este alerta em 1956, temos a certeza que se estivesse entre nós nos dias de hoje , ele estaria estarrecido com o que encontramos "nesta nova era" utilizando o nome de Umbanda.

Nitrix
SP, 13/04/2002 - 00:29 h