- Por Lázaro Freire
Vou começar citando um trecho de
Wagner Borges.
“As pessoas fazem CAMPEONATO DE
MESTRES, ficam discutindo quem é o melhor, em vez de aplicar o ensinamento
deles, ou fazer 1 milésimo do que pregavam e exemplificavam”.
No Ocidente, há uma concepção
distorcida da palavra Mestre. Não endosso o uso equivocado que fazem dele, mas
tampouco tenho algo contra a mestria interior.
Somos todos mestres e discípulos
uns dos outros.
Normalmente, o simples uso da
palavra gera respeito excessivo, ou, não raro, críticas, egos e excessos. O que
embute, não sei porque, uma exigência de
perfeição inatingível – fruto de nossa própria incapacidade de seguirmos
modelos, escondendo, com isso, a nossa deficiência em SERMOS modelos a serem
seguidos.
Na Índia, país construído
principalmente com base na tradição oral, não há este preconceito. Todos são
gurus (mestres, preceptores) de alguma coisa.
Não se “é” melhor por isso, mas
não perdem o respeito pelo que “temos” de melhor para repassar.
Há o guru de ioga – mas também o
guru de sânscrito, o guru da culinária, o guru de flauta, o guru de Kryia
(técnicas de purificação) o guru de inglês – gurus de coisas simples e
complexas, sem preconceitos, sem exigências de perfeição.
As pessoas são conscientes de que
têm algo a ensinar – e as demais, mais ainda, de que têm sempre algo a aprender
com o outro. Um belo ato de compartilhar.
Aqui, não. Mesmo que alguém
materialize vibhuti (cinzas sagradas) e levite (como Sai Baba); mesmo que
possamos ter pelo menos algo a passar em Espiritualidade, Astrologia, Tarot, ou
simplesmente Vida – as pessoas estarão sempre procurando achar algum defeito,
seja em um Sai Baba, seja em nós.
De tanto procurar, é claro que
encontrarão. Exista ou não tal defeito. E quanto maior for o conhecimento
transmitido, as palavras trocadas, as mensagens veiculadas, mais os mesmos
estarão, intimamente, em uma postura do tipo de tentativa de anulação, senão da
mensagem, pelo menos do mensageiro.
Por exemplo: “Sei não...Alguma
coisa tem ali... Não pode ser perfeito assim...Mais cedo ou mais tarde algo vai
dar errado... Vai aprontar alguma, vai falar demais, vai ter um furo no imposto
de renda, vai ter uma fábrica de incenso, vai agir errado, tenho certeza”.
E assim, em vez de aproveitarem o
que havia de bom, passam o tempo procurando o tal defeito que lhes permita se
auto desculpar por não seguir os
ensinamentos dos Mestres.
Mestre sim: do Mestre Sai Baba,
mas também da Mestra Marília, do Mestre Lázaro, do Mestre Wagner, do Mestre
Chefe Chato que nos ensina paciência, do Mestre Padeiro que nos recebe de manhã
com um sorriso, do Mestre Assaltante, que nos mostra que nada nos pertence de
fato e que precisamos fazer mais ainda em prol da justiça social.
Tantos Mestres – 6 bilhões deles,
para contar apenas os encarnados. Em maior ou menor grau, todos com algo a
ensinar.
Todos humanos – mesmo Cristo e
Sai Baba. E ao mesmo tempo, todos divinos – mesmo eu e você.
Todos eles, não se cansando de
dizer que somos iguais. E os iguais de fato, cheios de erros e acertos, como
nós, nem precisam dizer.
Estes escritos me fizeram lembrar de Richard Bach ( em “Ilusões – As Aventuras
de Um Messias Indeciso”)
“Aprender é descobrir aquilo que você já sabe.
Fazer é demonstrar que você o
sabe.
Ensinar é lembrar aos outros que
eles sabem tanto quanto você.
Somos todos aprendizes,
fazedores, professores.
Você ensina melhor o que mais precisa aprender”.
Grande verdade!
E o que mais me salta aos olhos
nesta questão dos Messias do cotidiano, falhos e divinos, é a necessidade que
as pessoas têm de coloca-los em um patamar “supostamente” acima, para, a
seguir, tentar derrubá-lo do pedestal onde ele não se colocou.
Eu, que já senti na pela várias
vezes em diversos níveis, por tentar ensinar, e que já vi pessoas tão mais
capacitadas serem impedidas por este comportamento vândalo do aprendiz, chamo a
este comportamento de “Síndrome do Messias Crucificável”.
O mecanismo é simples: os Mestres
do cotidiano costumam lembrar, em seus atos e palavras, serem iguais, falhos e
si8mples, mas mesmo assim terem algo a ensinar...
Entretanto, as pessoas,
discípulos, tendem a colocá-los primeiramente em um andar superior.
Se o ensinamento for divino,
basta promovermos nossos Mestres a este nível acima.
Assim, ele está no Alto, é visto
como um “iluminado” ainda que negue. Podemos, assim, ter uma atitude passiva
perante eles. Vamos ao Instituto, à montanha, ao centro, à sinagoga, à
palestra, à lista de discussão, à igreja ou ao ashram para ouvi-los, e saímos
de lá os elogiando. Sem tirar nosso “traseiro” da cadeira.
Assim os vemos:
O grande médium do centro,
intocável e divino (mas que come arroz com feijão e defeca como qualquer
vivente).
O grande espiritualista, autor de
livro, astrólogo iluminado, iogue, proprietário de lista na internet, projetor
astral, músico, qualquer coisa – elevamos quem tem algo a nos passar a um
patamar inatingível para um ser humano, e que só existe em nossa expectativa –
e imaginação.
No primeiro momento, fazemos
vistas grossas aos seus naturais defeitos e exageramos suas qualidades.
Preferencialmente as atribuímos a “dons” para esquecermos do esforço que o
Mestre fez para ter e ser, esforço este que também poderíamos fazer.
Então, é só esperar suas sábias
palavras, suas análises astrológicas, seus livros, seus ensinamentos, seus
evangelhos – sempre distantes de nós – como quem recebe um bálsamo. Pobre
Mestre.
Neste momento, ele foi
transformado no divino, e como tal será cobrado, apenas pela covardia acomodada
do discípulo em atuar.
Colocamos Jesus e Krishna – dois
homens de seu tempo, legando um exemplo de espiritualidade atuante que poderia
ser seguido pelos comuns – em um patamar inatingível. Criamos mitos e os
transformamos em nosso porto seguro. Passam a ser o mais perto de Deus,
encarnações divinas, os que recebem (todas) nossas orações e mantras.
Ousaram nos ensinar, vivendo
inseridos em seu tempo e sociedade, mas preferimos ignorar seu exemplo,
esquecer-nos de suas mulheres e filhos, de seus erros e acertos, e os transformamos
em “Os iluminados”.
E séculos ou milênios depois,
ainda ignoramos (por conveniência) que eles sempre nos diziam ser como nós. Ou
que éramos nós como eles,, e que podíamos fazer tudo que eles faziam, também.
Rimos, internamente, preferindo
atribuir estas advertências à humildade. Destes Mestres, fingindo que não
entendemos o recado de que o mestre não era “iluminado”, ele BUSCAVA E FAZIA
sua própria luz, trilhando um caminho que também podíamos seguir.
Não notamos sequer que, para
fazer a diferença de sua iluminação para a nossa mediocridade, eles apenas
ensinavam – e costumavam TENTAR fazer o correto. Coisa que normalmente nós não
queremos.
Oxalá fosse apenas com Krishna e
Jesus. Mas, infelizmente fazemos o mesmo com os Mestres do dia-a-dia. Até bem
pior.
Jesus e Krishna tinham seu
preparo. Mas talvez o Mestre Padeiro, o Mestre Feirante, o Mestre Colega de
Trabalho que sabe mais sobre o negócio, o Mestre Escritor de Livro, o Mestre
Bom Médium, o Mestre Autor de mensagens longas na internet, o Mestre Excelente
Astrólogo, o Mestre Palestrante, o Mestre Amigo, e tantos outros, simplesmente
não têm a mesma resistência que um grande avatar. Nem o mesmo grau de perfeição. Mas nem por isso
deixaram de ter EXCELENTES mensagens para nos ensinar. Se tivermos ouvidos para
escutar.
Porém, humanos ou “divinos”, nós
o colocamos primeiramente lá em cima.
Assim podemos ir a eles apenas
quando nos convém, como eternos pedintes. Como se fôssemos mendigos
conscienciais! E se eles assumem, de algum modo, sua mestria – ainda que em um
contexto – jogamos em suas costas a NOSSA exigência de que sejam perfeitos, já
que OUSARAM tentar nos ensinar qualquer coisa para que crescêssemos.
É um grande mecanismo de defesa e
comodismo: chegamos com as mãos estiradas. E ao mesmo tempo, sempre
desconfiados, procuramos um motivo para CRUCIFICA-LOS.
Não é surpresa. Afinal é o que
sempre fizemos com os Messias. Flechamos até mesmo um Krishna, crucificamos até
mesmo um Jesus.
Porque não faríamos pior com
nossos inúmeros mestres imperfeitos do dia-a-dia?
Do mesmo modo, os mestres
cotidianos também nos disseram, até com atitudes, que somos iguais. Mas nós,
fascinados, tentamos elevá-los a algo mais do que poderiam suportar ser, e
atribuímos sua recusa à sua “humildade” e “evolução”.
Repetindo o erro, para
continuarmos FUINGINDO NÃO ENTENDER que todos são Mestres, Irmãos, Deuses e
Demônios.
Que são simplesmente HUMANOS, que
por mais erros que tenham, SEMPRE terão uma porção divina, uma capacidade de
amar e algo a ensinar.
Que navegam, todos eles, mestres
ou não, pelas mesmas águas do Universo, a bordo do mesmo barco azul chamado
Terra. É uma atmosfera coletiva, em UMA SÓ evolução.
Com individualidade, mas também
como alma-grupo, com um inconsciente coletivo, células de Gaya, precisando
todos uns da evolução dos outros, para termos também maior facilidade de
crescimento.
Neste momento, surdos por
conveniência, preferimos transformar nossos gurus em semi-deuses,
distanciando-os o suficiente para que possamos jogar nossas pedras sem que eles
saibam de onde vêm.
Exigimos nesta hora, mais e mais
deles – e, pelo mesmo mecanismo, menos de nos.
Compensação as avessas; afinal,
desta forma, nos auto-desculpamos por não termos nascido tão iluminados assim.
Não temos “os dons” – iremos
dizer. Como se o CRIADOR tivesse predileções e distribuísse injustamente seus
talentos, pessoalmente, provavelmente para nos injustiçar, ou dar um álibi para
nossa inércia consciencial.
Em seguida, por mais que tentemos
afastá-los, percebemos, por fim, que somos iguais. Uns por ego, outros por
compreensão das limitações do objeto de adoração, o fato é que passamos a ver
também, em nós, pelo menos o mesmo potencial.
`As vezes, é o próprio mestre
quem nos mostra nosso potencial.
Isso se a nossa própria
expectativa e adoração (conhecida esotericamente como “babação de ovo”) não
desenvolverem nele um negativo excesso de ego que corrompa a mensagem.
Em outros casos, ele nem precisa
nos mostrar.
Nós é que buscamos seus erros,
obsessivamente, INCAPAZES que somos de nos elevarmos, senão a Jesus e Krishina,
PELO MENOS, àquele referencial tão próximo, tão falho e divino.
E como se não fosse o bastante,
incapazes também de ajudar aquele Mestre Humano no que quer que seja. E eles na
solidão de um planeta onde a maioria foge do compartilhar e/ou privilegia
mediocridade, sempre precisam de muito; seja um pão, um sorriso, uma palavra,
um ato, um aperto de mão, um beijo, um amigo, um gozo, um outro conhecimento,
um livro, um novo discípulo, um fim de semana feliz, uma dica – sempre há o que
trocar, aprender, ensinar... E mesmo se não houvesse, sempre haveria uma
possibilidade de diminuir um pouco seus fardos, para que pelo menos eles
pudessem passar a quem aproveitasse um pouco mais que nós.
Mas NISSO, indevidamente, vemos
pieguice. Preferimos, para não crescermos, para não o fazermos crescer –
simplesmente encontrar seus erros (e ele os tem), ou suas falhas e tentarmos
“trazê-los até nós”. No pior dos sentidos, o de rebaixar.
Se possível, “desmascará-lo”, ou
seja, imaginarmos a máscara que ele não tem, e na falta desta para arrancar,
tiramos seu próprio escalpo.
Não somos capazes apenas de
admitir a nossa teimosia em não domarmos nosso ego, NEM AO MENOS para termos
uma postura receptiva para aprendermos e crescermos. E já que um bom egoísta
não deixaria passar a oportunidade de crescer, somos, então, piores do que os
egoístas inteligentes, ou seja, somos BURROS, mesmo.
E não é o suficiente; precisamos
tirar também, dos outros, a oportunidade que tinham de se mirar naquele Mestre
– seja Cristo ou Krishna, seja um orientador evolutivo, seja um mestre entre os
comuns.
Afinal, se alguém puder ser
humano, ter erros, medos, receios, lágrimas (como nós) e mesmo assim puder ser
alguém que ALGUM DIA mereceu de nós o respeito (erroneamente) reverente que
dedicamos aos Mestres, isso significaria que a diferença entre os mestres que
antes idolatramos e depois desmascaramos
(por cometer o pecado de ser igual a nós) e nós mesmo é muito simples.
São coisas como:
- OUSAR ENSINAR
- DAR A CARA A TAPA
- TIRAR O TRASEIRO DA CADEIRA
- ESTAR ABERTO PARA COMPARTILHAR
- TRANSFORMAR O EGO QUE TEM, EM
UM “EGO SERVIDOR”
- NÃO SE RECUSAR A CRESCER POR
TER AS MESMAS LIMITAÇÕES QUE TEMOS
- NÃO DIXAR DE SER O QUE É PELO
QUE AINDA NÃO PODE SER
- TER CORAGEM DE FAZER O QUE DEVE
SER FEITO – MESMO SABENDO QUE SERÁ CRUCIFICADO POR ISSO MAIS CEDO OU MAIS
TARDE, POR NÃO SER PERFEITO.
E vendo que isso faz sentido, e
que até nós, comuns, discernindo, podemos vislumbrar esta triste sina dos Mestres,
que limitados somos, assustado concluo então:
-Cristo sabia que morreria e
seria traído- Krishna sabia que o destino da guerra fratricida eram as flechas,
que seu corpo morreria!
E não me esqueço que o primeiro
veio trilhar a experiência humana, repetindo sempre a consciência que tinha de
seu destino. E o segundo, ainda assim, preferiu lembrar a Arjuna que nada pode
ferir a alma, que é imortal – e que devemos cumprir nosso dever (dharma), mesmo
quando incompreendido, mesmo quando cruel.
E ele, neste nível de
consciência, é claro que sabia que falava até mesmo de si, e do dharma de
ensinar o dharma, a nós, acomodados, prontos para condená-lo também.
E digo mais: se é discernível ao
intelecto, isso implica em que em algum nível, consciente ou não, os mestres
que chamamos, apedrejando, de chatos, egóicos, pseudo-profetas; os falsos
messias, segundo nós, desmascarados, lapidados, crucificados e flechados todos
os dias por não serem perfeitos como “gostaríamos”, também sabem disto!
E sabem mais: os mais lúcidos, em
seu dharma terreno de ensinar aos colegas do caminho, sempre se souberam
imperfeitos. E sabem, também, que não têm a resistência e a resignação de um grande avatar. E não têm o mesmo canal
com o divino, que com certeza deve servir de alento.
Seja quem for que os ataque, não
estará sendo nem o primeiro, nem único, nem original. E eles, sabendo, mesmo
assim, continuam a nos ensinar, a cumprir seu dharma, a serem amados e odiados,
a aprender e ensinar, sob chuva de pedras, flechas e cruzes.
Falíveis sempre – como sempre
souberam ser. Mas, mesmo assim, continuando a “ensinar melhor aquilo que mais
precisam aprender”.
Afinal, somos todos “aprendizes,
fazedores e professores”.
Já pensaram nisso? Pelo menos
agora, sim.
Agindo assim, é hipocrisia rezar
de joelhos por termos crucificado um Cristo – que tinha preparo para essa
missão.
Hipócritas! Dizemo-nos
arrependidos (ou mesmo não coniventes com os atos dos romanos e judeus, que
podem ter sido nós mesmos antes). E ao sairmos da igreja, após atos de
penitência e culpa, jogamos fora a oportunidade que Ele nos dá de repararmos
isto, no dia-a-dia, em cada novo Mestre que a vida nos envia, em cada rosto, em
cada sorriso, em cada palavra, em cada pessoa.
Hipócritas! Vamos à igreja – ou
mais recentemente ao cinema – nos “arrependermos” do que fizemos com Jesus, mas
ao encontrarmos um novo preceptor no centro, no instituto, na lista de
discussão, confirmamos nossa natureza, matando covardemente quem nem tinha a
mesma condição de resistir.
Hipócritas! Isentamo-nos de
seguir a mais humana das referências dentre os Grandes Mestres que por aqui
passaram. Transformamos o homem em Deus, sua mãe em virgem, sua esposa em
prostituta distante, seus pescadores comuns em santos milagreiros de quem compramos
indulgências e perdões, apenas para não termos exemplos humanos a seguir. E
reclamamos falsamente a Deus, dizendo que não somos perfeitos como Ele.
Hipócritas! Não podemos apenas
nos negar a caminhar, mas precisamos também invalidar o crescimento do outro,
que atestaria nossa mediocridade. E depois não entendemos como a humanidade
expulsa e assassina seus avatares.
Hipócritas! Pedimos um caminho
dos comuns. Exigimos uma espiritualidade que pudesse ser trilhada no cotidiano.
E quando a encontrarmos e vermos que pessoas como nós podem também ser Mestras,
os Mestres que poderíamos e deveríamos nós mesmos ser, repetimos a
crucificação, na crítica pelas costas, no ataque destrutivo, na palavra ácida,
na minúcia de julgamentos da qual só a mediocridade é capaz, ainda que
lamentando o que os “outros” fizeram com Jesus.
Continuamos fabricando Messias,
todos os dias. E os crucificando a seguir.
Parece-me muito mais grave. E a
vocês?
Om Shanti!
Om Prakashi!
São Paulo, 28 de maio de 2001.
Nota de Wagner Borges: Lázaro
Freire é pesquisador, projetor, espiritualista, fundador e moderador da lista
“Voadores” da internet –
WWW.voadores.com.br
Notas do sânscrito:
1. Avatar:
Emissário Celeste; Canal da Divindade.
2. Om
Shanti – Paz Divina, que é mais do que a PAZ humana, mero intervalo entre duas
guerras.
3. Om
Prakash – Luz, ou Brilho Divino – que é mais do que a mera claridade física.
4. OBS.:
A partícula OM (shabda, verbo criador, Fiat lux) dá o caráter divino ao mantra.