29.6.10

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - PARA ONDE VAMOS

PARA ONDE VAMOS

Ao cérebro humano chega a voz do Além. Na sua trajetória pelos espaços siderais o planeta Terra sofre sua evolução.
Iniciamos um novo ciclo com domínio absoluto do Astro-Rei.
Desaparecem as ultimas vibrações de “Aquarius”.
A humanidade agita-se sentindo nas suas auras a nova era que se aproxima para sua evolução.
Na ampulheta do tempo, esvazia-se repentinamente o seu conteúdo.
Os tempos estão chegados.
Marte corta os horizontes e os espaços siderais,, influindo o grande deslocamento no início da primeira fase deste ciclo.
Agitam-se os povos; tremem as Nações; desaparecem impérios e imperadores.
Novas ideologias procuram em vão suavizar os sofrimentos e encaminhar a humanidade para a felicidade e para os bons princípios.
Os mais extravagantes dogmas se avultam e se reduzem, encabeçados por elementos perturbadores, que buscam mais a si do que aos seus semelhantes.
As dificuldades são grandes; a fome, a miséria e as calamidades ameaçam toda a humanidade.
Os conhecimentos e o alcance do gênio mal orientado, produzem os maiores e mais terríveis castigos e males.
A própria natureza sentindo a incompreensão do gênero humano e os seus desleixos às cousas da Divindade, torna-se brusca e sem os atrativos da beleza ínfima do plano terrestre.
A sabedoria infinita atenta, vigia a mais pequena partícula da matéria.
Entramos na Segunda fase. –
O Sol nas suas irradiações penetra de forma avassaladora em toda a natureza.
Cessam as calamidades.
Surgem dogmas de fortes razões e princípios, que têm o sopro da Divindade.
Eis onde chegamos...
Eis onde chegamos...
É necessário a compreensão de todos os filhos da matéria.
Como já vistes, a ampulheta do tempo esgota os seus últimos grãos de areia.
É necessário a regeneração de toda a humanidade.
Da infinita sabedoria do Pai Eterno chegam os mensageiros e transmitem, embalados nas irradiações do Astro-Rei, os ensinamentos para orientar e conduzir o homem para a verdadeira vida, a vida eterna, a vida do espírito.
É a luz que vem de cima; é a harmonia, a beleza, a bondade e a perfeição trazidas das mais altas esferas ao baixo plano da terra.
É a abnegação, é a humildade, é a devoção ao Creador, Àquele que pela sua beleza, bondade e perfeição creou todos os mundos e o homem a Sua semelhança.

II

Com a creação do homem veio o espírito e com este a centelha do amor Divino.
Na rudeza das suas formas, no minúsculo conhecimento das artes, das ciências e das leis da Divindade, sabedoria houve na sua creação.
Crearam-se e multiplicaram-se povos e até mesmo Nações.
Do desequilíbrio das condições, perturbados pelo desvio da trajetória de outros corpos celestes, deu-se períodos agudos no seu Karma, resultando sua completa ou parcial destruição.
O que poderia ser destruído?
A matéria ou pó, para voltar ao pó, mas permaneceu puro e límpido o espírito emanado de Deus e, com ele, os princípios que o orientam.
A perfeição, a renúncia é a luz que dissipa as trevas, mitiga as messes e acalma os enfermos.
O sacrifício, a humildade, a sabedoria é o sopro Divino na matéria, embalado em cânticos harmoniosos que produzem, nos escaninhos límpidos da alma, a suave dormência de uma vida encantada nos planos superiores.

III

Vibraram as esferas superiores.
Lentamente continuou a marcha do homem para sua perfeição.
Aglomeraram-se no seu seio e surgiram princípios que nortearam os seus passos e que não foram destruídos, por ser obra e arte e constituir parte da própria Divindade – O espirito e seu princípio. –
Novamente caminhou a humanidade norteada pela Divindade.
Trabalharam, fizeram-se bons artífices, excederam-se mesmo na sua obra.
Houve por bem que lhes fosse cortado parte daquilo que já muito era para o seu estado, pois se a tanto fossem poderiam por bem desaparecer.
Era necessário que caminhassem lenta, paulatinamente, para burilar sua alma e seguir na jornada sobre o plano em que se achavam.
Agitaram-se as camadas; um véu cobriu as suas vistas; toda a humanidade passou para um novo ciclo onde o dogma e o ouro muito dominaram.
Mas os belos ensinamentos, que do fundo dos subterrâneos e das adorações do Astro-Sol tiveram, tomaram forma e permaneceram sobre a terra.
Esboçaram-se doutrinas; era a luz que vinha de cima, era a luz que vinha do alto, era a renúncia, o sacrifício, a perfeição, centelha Divina baixada a terra pela bondade do Creador.
Sabedoria, sacrifício, renúncia, lei de Justiça e de Verdade.
Qual será e como será a sua manifestação sobre a matéria?


IV

O tempo passa...
A IMCOMPREENSÃO dos homens, a sua suntuosa vaidade, os tornam IGNORANTES e sequiosos pelo mal.
Novamente por bem houve que se movimentassem os que lhes deram a forma, para que fosse dado cumprimento aos princípios que os nortearam.
O Messias vem a terra – lança a semente na terra árida, mas que já tinha sido regada pelos princípios do espírito – princípios estes das doutrinas –
Veio a sua odisséia.
No cálice da amargura teve a redenção e perpetuaram-se os seus ensinamentos.
Mas tudo passa... tudo passa.
E, para cumprimento dos princípios do espírito e germinação da semente que foi plantada, surgem dogmas, surgem doutrinas, engendra o cérebro do homem exóticas e extravagantes idéias, muitas fruto da ambição, sem visar o princípio e o fim ou a fé e a caridade ou a verdade de Deus.
Muitas delas tiveram curso e se firmaram entre os homens, embaladas em suntuosidades para satisfazer a vaidade que existia em toda a humanidade; outras humildes, baixadas por intermédio de humildes creaturas e que seguiram resolutas e resplandescentes até o fim.
Luz infinita, sabedoria Divina é a lei de Justiça e de Verdade.

V

No universo brilham os astros e minúsculo, mas fazendo parte do seu conjunto, caminha o planeta Terra.
É um planeta de regeneração; degredados estão nele os filhos da carne, creaturas que buscam a lapidação do seu espírito.
No turbilhão que agita a sua superfície, chegado encontra-se o momento da sua verdadeira diretriz para o final.
O Tempo passa... o Tempo passa.
Nas calamidades que sofre toda a humanidade o Astro-Rei com sua aura suaviza.
Por sabedoria de Deus jamais um filho será abandonado.
Dos múltiplos pensamentos que se acercam dos homens, também influi-lhes sobre o cérebro aquele que indica o caminho que os livrará dos tormentos e tempestades que os acabrunha no momento.
Dos Céus baixam as luzes e os mensageiros chegam; incutem nos corações dos materiais a centelha do amor de Deus e fazem-nos suavemente vislumbrar a luz Divina, que através de toda a evolução do plano permaneceu nas auras e nas vizinhanças do plano.
Manifesta-se, toma vulto como as demais doutrinas e princípios.
É a luz, é a verdade, é a humildade, é o sopro das altas esferas que chega ao alcance dos filhos da terra.
É UMBANDA, a lei de Justiça e de Verdade.

24.6.10

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - PENSAMENTOS

- FAÇA-SE A LUZ... A LUZ FOI FEITA – Dizia-se àqueles que eram iniciados no segredo da Grande Ciencia, no limiar do Templo de Salomão.
- Vêde irmãos leitores, na singeleza das palavras dos nossos Mestres do espaço, a sua intenção sincera e honesta de vos mostrar como agir, como seguir e praticar os ensinamentos de Jesus, para chegardes a ver a VERDADEIRA LUZ.

(A)

DO LIVRO PEIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - PENSAMENTOS

DEUS, Infinito poder e bondade, sabedoria que rege o universo, nós, genuflexos, agradecemos a dádiva que de vós nos oferecem os vossos incansaveis e generosos mensageiros, trazendo-nos ensinamentos sábios que, se forem seguidos, conduzirão a humanidade a sua perfeição, atingindo sua finalidade – regresso a DEUS.

(S.)

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - PENSAMENTOS

UMBANDA!

Os inúmeros abrolhos com que depara o homem na vida levaram-no a procurar, para suavizar seus sofrimentos, um lenitivo e algo superior que o orientasse.
Foi até o Além, encontrou o Espírito e deslumbrou-se pela descoberta que o tornava superior a morte. Trilhou esta senda e, apalpando no desconhecido, grandes foram as suas dificuldades, inúmeros caminhos surgiram, mas as proprias dificuldades impuzeram-lhe a diretriz – a mais simples, a mais prática, a mais reta – UMBANDA, espíritismo prático, ao alcance de todos os cérebros, de qualquer mentalidade, com fundamentos sólidos no Astral, sob a vibração de grandes luzes espirituais. UMBANDA, lei de justiça e de verdade, orienta o homem e o conduz aos Mundos superiores.

(E)

17.6.10

A VIDA OCULTA NA MAÇONARIA

A VIDA OCULTA NA MAÇONARIA

A Maçonaria é universal, e portanto, adogmática. Daí a razão principal da diversidade de seus ritos e tradições. Seu escopo principal é o aperfeiçoamento do homem, porém a este cabe, exclusivamente, a escolha dos métodos mais compatíveis com sua natureza para buscar a sua perfeição. Esses métodos podem ter cunho religioso, filosófico, artístico, científico, ou outro qualquer; são todos caminhos diferentes, porem iluminados por um único sol, que é o ideal do Bem, do Belo e do Verdadeiro, ou na expressão de Cristo, do Caminho, da Verdade e da Vida. O que poderia ser injustificável ou incompreensível é o ser humano fora de um desses caminhos, o que equivaleria dizer, sem nenhum ideal a iluminar-lhe os passos ao longo de sua acidentada existência terrena.

C.W.Leadbeater 33º


Quando nós “umbandistas” deixar-mos de gastar nosso tempo e energia na discussão de rituais, e nos preocupar-mos em atentar para os ensinamentos dos Mestres, sem nos importar-mos de onde eles vêm, e sim procurar-mos praticá-los em nossas vidas e com a intenção maior de ajudar o próximo, aí sim poderemos nos considerar “UMBANDISTAS”. – Ubiratan da Silva.

"A MENSAGEM É SEMPRE MAIOR QUE O MENSAGEIRO"

16.6.10

CARIDADE

PARA MEDITAÇÃO

A verdadeira caridade é dar o peixe ou é ensinar a pescar!!!

RELIGIÃO

RELIGIÃO

Não sei se será possível semelhante retrospecção em nossos dias, tão desesperada e profundamente diferentes.
A religião que melhor conhecemos na atualidade é sumamente individualista, pois o ideal que ela apresenta ao cristão é o da salvação de sua própria alma. Considera-se de primordial importância este dever. Temos que imaginar uma religião tal como há de ser, uma religião fervente e ativa em todos os aspectos, mas na qual a idéia de auto-salvação estivesse sempre ausente ou fosse inconcebível. Temos que nos imaginar num estado de ânimo em que ninguém temesse nada, senão o mal e suas possíveis conseqüências na paralisação do progresso; em que os homens esperassem plàcidamente e com perfeita segurança o seu progresso depois da morte, porque conheciam as condições deste estado; em que seu único desejo fosse, não a sua salvação, mas seu adiantamento na evolução, porque tal adiantamento lhes infundiria maior poder para o cumprimento do trabalho oculto que Deus esperava deles. Assim era o sentimento religioso egípcio.
A recordação da maneira como se trabalhava maçonicamente no antigo Egito, nos pode ser útil sob vários aspectos, porque aqueles maçons praticavam as cerimônias com inteiro conhecimento de seu significado, e portanto, os pontos a que davam maior importância também a podem ter para nós.
A sua mais pujante característica era a profunda reverência. Consideravam o seu templo tanto quanto o mais fervoroso cristão considera a sua igreja paroquial, ainda que a atitude dos primeiros derive do conhecimento, mais do que do sentimento emocional. Sabiam que o templo estava poderosamente magnetizado, e que era preciso o máximo cuidado para conservar o pleno vigor desse magnetismo. Falar dentro do templo sobre coisas profanas teria sido considerado um sacrilégio, pois seguramente acarretaria perturbadoras influências. A mudança de roupas e todos os preliminares eram efetuados numa ante-sala, e os Irmãos entravam na Loja processionalmente e cantando, tal como agora fazem os comaçons.

14.6.10

ESPIRITISMO

ESPIRITISMO

“O espiritismo não vem procurar os perfeitos, mas os que se esforçam em o ser, pondo em prática os ensinos dos
espíritos. O verdadeiro espírita não é o que alcançou a meta, mas o que seriamente quer atingi-la. Sejam quais
forem os seus antecedentes, será bom espírita desde que reconheça suas imperfeições e seja sincero e
perseverante no propósito de se emendar".

Allan Kardec

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - CONSELHOS ÚTEIS

CONSELHOS ÚTEIS


Todo aquele que lhe chegar ao conhecimento estes princípios da verdade, de forma alguma deve zombar ou motivo de graça lhe ser.
Dos conhecimentos e, por felicidade, se lhes chegar o domínio das forças que, pela sua nítida compreensão, se colocam ao seu dispor, deve nunca mao uso fazer, embora tentado, embora ultrajado, embora privações lhe cheguem.
Vossa têmpera e formação deverá permanecer reta e confiante; o aço bem temperado das ferramentas, embora árdua a tarefa e o trabalho ou duro que sejam as águas da madeira do Ipê, deve permanecer cortante para o bom acabamento da obra.
De forma alguma deverá o espírito do encarnado ser escravo da matéria. Por difícil que pareça ser o conseguir a libertação das tentações mundanas, dos prazeres efêmeros, das belezas que vos parecem tantas, deverá o vosso EU reagir e libertar-se, buscando na prece o lenitivo e nos conselhos dos que se comunicam comvôsco, o caminho para libertação espiritual.
Dominai. Sêde severos comvôsco; dominai a vós mesmos. Fazei com que o espírito dê a forma à matéria e nunca a matéria a forma ao espírito.
Buscai o conhecimento, a compreensão e o domínio das cousas que vos acarretam inúmeras dificuldades e males, para poderdes dominar e manejar as forças e cousas do além.
Seria impossível o domínio das forças acultas àqueles que não conseguiram dominar as cousas da matéria; por certo as dificuldades são grandes, mas não há luta sem sacrifício.
Se desejamos o bem estar, a felicidade e a glória é evidente que teremos lutas e sofrimentos, tudo como Deus o fez, dentro dos mistérios da própria Creação.
Ainda que vos pareça difícil, reuni as energias, olhai o Altíssimo, batalhai confiantes, procurai sempre trilhar a estrada reta, afastai de vós aquilo que o vosso próprio EU repugna; dái brilho e calor aos bons princípios que desabrocham da vossa mente e sereis inspirados e bem guiados. Tereis a felicidade, o verdadeiro amor dos que vos cercam se, aos humildes que a vós chegarem, os vossos lábios balbuciarem uma prece, compadecido e procurando dar-lhes alento.
Dos invisíveis que contacto comvôsco tiver, deveis compreender as suas dificuldades e interpretar os seus ensinamentos, buscando nas práticas o conforto, o alívio das lutas que surgem todos os dias na vossa passagem no plano físico.
Conselhos muito úteis poderia vos dar em grandes volumes, em abundancia, mas por certo ficariam perdidos no número das páginas. Os poucos que vos dou são essenciais à vossa compreensão, a vossa orientação nas práticas que seguem.

11.6.10



É necessário ter uma fé absoluta.
Fé difere muito de obediência cega.
É conhecimento – e vós deveis crescer em sabedoria e compreensão da Lei Divina, que deveis acatar.
Convosco estaremos sempre, se seguirdes as Nossas leis.
Senti a Nossa presença e aumentei a vossa fé em Nós.
Estaremos convosco em todos os trabalhos altruísticos destinados a ajudar os homens, vossos irmãos.
Quando Nos chamardes, Nós viremos e vos fortaleceremos. E vós podereis progredir sem vos desencorajardes.
A fonte da força está em vossa fé em Nós. Porque Fé – é força.
Mas confiança em Nós não é a principal coisa que tendes a aprender: acima de tudo deveis aprender a ter confiança em vosso próprio Eu.
Confiai em vosso próprio Eu.
Deveis ter confiança em vós e em Nós – e não caminhar ao sabor das opiniões e pensamentos alheios, sejam de quem forem.
Podem ser muito bons para os que os tiverem emitido; vós, porém, deveis confiar em vosso Deus interno.
Confiai em vossos próprios poderes e tornai-os mais positivos.
Não deveis pela dúvida enfraquecer os vossos próprios poderes.
Confiai na vossa intuição – que vos não falhará, se a alcançardes.
Se perderdes a confiança em vós mesmos – perdereis a confiança em Nós.

NADA DE OBEDIÊNCIA CEGA

NADA DE OBEDIÊNCIA CEGA

Precisamos auxiliares capazes de pensar com independência e de julgar por si mesmos, e não propensos a obedecer cegamente.
Pensai sempre em Nós e aquilo que teremos de fazer – e então sabe-lo-eis. Mas não obedeçais cegamente sem compreender.
É melhor cometer um erro usando o próprio discernimento – do que Nos obedecer cegamente; nem seguireis a vossa vontade nem a Nossa.

DISCERNIMENTO

DISCERNIMENTO

Não podemos empregar pessoas que não tenham discernimento.
De trabalhadores carecemos, capazes de trabalhar isoladamente.
Necessitamos de colaboradores e – para isso vos tornardes deveis ser capazes de distinguir o que tem importância do que não a tem.
Poremos muitas vezes à prova o vosso senso comum; - deveis aprender a guiar-vos sozinhos, para que possamos confiar em vós.
Aquilo que de vós carecemos depende da energia da vossa própria mente.
Deveis saber que somente a vós vos cabe decidir o que a personalidade deve aos Nossos Discípulos.
Sabei que tendes direito ao melhor do vosso próprio conhecimento – empregai-o, pois, mesmo contra a Nossa vontade expressa, pois a vossa fé em Nós não deve colidir com o poder inerente a vós próprios.
Deveis desenvolver tão completamente a vossa independência de pensar e de agir, que possais com segurança discernir cuidadosamente, antes de falar, agir ou pensar.
Procedei com discernimento em todas as coisas: os excessos nunca são judiciosos.
Meditai sobre aquilo que vos temos dito – pois, já o sabeis, carecemos de homens que por si mesmos pensem.

10.6.10

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - MEDIUNIDADE

MEDIUNIDADE

Podemos compreender por mediunidade certas faculdades que, independente da sua vontade, possuem certas creaturas; manifesta-se por diferentes modos e meios, de acordo com a formação da creatura no estado embrionário; as suas faculdades ou qualidades estão subordinadas ao signo que a rege e sob cujos auspícios é o óvulo fecundado.
Muitas podem ser provenientes do karma da creatura, para que, beneficiada com esta espécie de mediunidade, possa melhor resgatar faltas ou praticar atos que, por desígnios superiores ou por determinação dos Senhores do Karma, tenham que ser cumpridos; neste estado não podemos determinar a mediunidade, pois faz parte do Karma e varia com as creaturas.
Das outras formas em que se podem apresentar, são principais as faculdades ou mediunidades INTUITIVAS, mediunidades ou médiuns MOTORES, médiuns CLARIVIDENTES e mediunidades de INCORPORAÇÃO.
Entre os médiuns Intuitivos é que se encontram aqueles comumente chamados: psicógrafos ou escreventes, ouvintes e auditivos, doutrinários, videntes, etc..
Médiuns Motores são aqueles que fornecem energia para realização de trabalhos de efeitos físicos; Clarividentes são os que têm a visão desses e de outros trabalhos em execução no astral; médiuns de Incorporação (a Incorporação poderá ser parcial ou total) são, entre outros, os que trabalham em Umbanda. Em Umbanda esses médiuns tomam uma designação figurada, que muito bem expressa o modo como se apresenta o aparelho em que deve incorporar a entidade ou espírito; são denominados “cavalo”.
Poderemos, neste assunto, ocupar grandes extensões, mas sem grande proveito, pois ao vosso alcance está poder melhor constatar e verificar as diversas faculdades que se manifestam.
Os Intuitivos têm os fluidos lançados parcialmente sobre a parte mental, podendo as entidades invisíveis estar próximas ou a grande distancia.
Poderá o sub-consciente, em muitos casos, atuar sobre a creatura lançando no seu Ovo Áurico a intuição, para precavê-la sobre o que possa de bom ou de mal acontecer, sem que isto seja mediunidade; constitui uma defesa própria da creatura, não havendo, neste caso, qualquer intervenção de entidade invisível.
Nos Intuitivos, em que as entidades invisíveis podem estar próximas ou a distância, a atuação fluídica se faz com domínio, em parte, da parte mental, e totalmente dos membros, para que possa, de modo absoluto e independente da vontade do físico do médium, ser ele movimentado para manifestação.
Na mediunidade de Incorporação em Umbanda, temos o domínio do aparelho lançando os fluidos sobre a parte nervosa que ocupa a coluna vertebral e afastando os elementos psíquicos do astral do médium, (cavalo) que, desta forma, pode ser melhor controlado pela entidade invisível.
Para sucesso desta mediunidade é preciso que o espírito do médium tenha certo grau de elevação, para que se possa dar o seu afastamento no astral, pois, em caso contrário, não seria de grande auxílio uma vez que, sendo empregados estes aparelhos no manejo do astral e consequentemente da magia, não seria conveniente que o seu próprio espírito observasse e constatasse os trabalhos do aparelho.
Muitas são as “nuances” que poderão estas mediunidades envolver, porém, seja qual for a modalidade que se apresentem, todas são mediunidade, dependendo, cada uma, unicamente da formação e constituição do organismo físico do médium.
O espírito que tomou forma humana e que produziu os fundamentos da doutrina cristã, usou da mediunidade e dos grandes conhecimentos mágicos que possuía; nada mais foi que um mago, um grande mago da magia.
Dado o seu estado, que determina o sucesso dos efeitos que possa produzir, o médium em si carrega grande responsabilidade em todos os trabalhos e usos de sua faculdade.
Deverá procurar limpar-se das nódoas que mancham e embrutecem o seu espírito, sempre humilde e confiante, afastando-se das futilidades da vida nefanda em troca das belezas e virtudes dos planos superiores da vida espiritual, duma vida sublime que empolga e inebria as creaturas, buscando, se preciso for com o próprio sacrifício, auxiliar ao próximo com bondade e sem desejo de autoridade, como se fosse dono das faculdades de que é portador.
Se saboreamos o vinho doce, que produz em nossa mente embalo e elevação, nada pode, de forma alguma, haver com seu recipiente; queremos ao vinho, queremos ao nectar, pois o seu vaso pouco se nos importa; pelo que vedes, o médium é apenas o vaso, sendo o vinho a centelha do amor Divino – o espírito; de forma alguma o recipiente será senhor absoluto do seu conteúdo, mas sim e tão somente o elemento para que possamos sorver o delicioso néctar.
Na pálida explicação, sem nenhuma retórica figurada, vos mostro claro, de forma palpável, o que é o médium; não pode ele, de forma alguma, ser o proprietário da faculdade, mas sim e unicamente, o vínculo para estabelecermos contato, chegarmos aos vossos sentidos e trazermos os nossos pensamentos, a nossa contribuição à vossa evolução.
Muito mais poderia vos falar neste assunto, mas tudo seguirá firme e reto se a vossa mente e sentimentos forem sãos e cheios de sadia honestidade; basta que – daí de graça o que de graça recebeis – e que atenteis firmemente nas sábias palavras do espírito que se fez carne e se chamava Jesus de Nazareth, o mártir da cruz.

OS MÉDIUNS

As creaturas portadoras da faculdade sublime que se diz mediunidade são denominadas – Médium -.
O modo como se apresentam essas faculdades aos médiuns são muito variados; conforme a natureza do organismo, assim será a faculdade de que poderá ser dotado o Médium.
A estas creaturas cabe a tarefa ou missão de servir a todos que de sua faculdade procuram fazer uso; de forma alguma deve ser objeto de mau uso, pois daí poderá advir conseqüências desagradáveis, sobretudo ao possuidor da faculdade; não deve também ser objeto de curiosidade, distração, divertimento a vossa ancia de gozos para os sentidos do organismo físico e sim constituir o motivo para a prática simples e desinteressada do bem, da caridade e da justiça, buscando nas palavras dos amigos do Além o conforto às vicissitudes da vida ingrata, cheia de desilusões do plano térreo, para que, assim orientados, possam, ao partirem para os planos superiores, melhor se desvencilhar das coisas que não mais os podem tentar; é o meio para preparardes o vosso espírito para a vida nos planos superiores.
As recompensas que poderão advir desta faculdade somente será a elevação do espírito; em hipótese alguma o Médium terá pagas materiais para usofruto da sua matéria; quando isto fizer, sua faculdade terá rolado por terra, sem alcançar o fim desejado.
Vender o que não é sua propriedade?
Como é possível negociar a custa dos amigos dedicados que cercam estes indivíduos?
Não!
O Médium terá que Ter o desprendimento das coisas terrenas; deve procurar viver uma vida tranqüila, buscando, no sossego e retiro, o conforto e o lenitivo para as suas dificuldades e sacrifícios na vida material; deve procurar sempre o contato daqueles que indagam das coisas Divinas, da verdadeira vida, da vida da luz, da música, do canto, da harmonia do espírito, que o Justo reserva à todos os seus filhos.




DOS MÉDIUNS EM UMBANDA


Os Médiuns em Umbanda tomam uma denominação figurada que, muito embora vos pareça rude, bem traduz seu significado.
De todas as mediunidades é a que exige de seu portador maior devoção e sacrifício, pois Umbanda é renúncia, abnegação, humildade e desprendimento das futilidades do vosso mundo terreno.
É, de todos, o que conduz maior carga, maior peso; sua responsabilidade indubitavelmente é bastante grande; seu desprendimento das coisas materiais tem que ser enorme para que, com o uso dessa faculdade e conseqüente facilidade de manejo das forças ocultas, não venha, por tentação, cair em graves faltas e erros. Muitos já são os que rolam no lodaçal das trevas; o abuso desmedido, incomensurável, dos poderes que estavam ao seu alcance os lançaram nas intempéries e vicissitudes da estrada escabrosa do erro.
Seus sentimentos deverão ser nobres e altruistas, olhando mais ao próximo que a si mesmo, pois a sabedoria do Pai é grande.
Quem muito pede também dá; do vosso sacrifício haverá fruto; tereis o conforto do espírito e as belezas do Além; vossa visão se abrirá descortinando novos horizontes, onde os sentidos se confundem das grandezas que sentem.
Quando trabalham estes médiuns (cavalos) de Umbanda, mistér se torna a presença de um complemento para que o sirva e o auxilie; é o CAMBONE.
O Cambone nada mais é que um médium inconsciente, que muitas vezes realiza trabalhos sob a inspiração e influência da entidade dirigente do médium.
Sôbre estes cambones peza também grande parte da responsabilidade, pois, em vista da ausência do consciente do Médium, o cérebro que dirige, que pensa, que realiza é o do seu complemento, o do seu Cambone.
(Devido a esta inconsciência mediúnica, muitas vezes ouve-se um Pai chamar ao Cambone – Burro -, que quer dizer, ignorante do que realiza espiritualmente.)
Em muitos trabalhos, auxilia fornecendo energia física para manter o Médium e facilitar a realização dos mesmos; é o elemento em que se firma a entidade espiritual para o sucesso da incorporação.
Como vedes, cabe também a esta creatura conduzir-se de forma reta e salutar, para ser um elemento útil e aproveitável; sua aura deve apresentar-se limpa para poder ser propícia aos trabalhos.
Podiamos ainda considerar, diante das muitas e variadas modalidades de creaturas, novos médiuns de Umbanda, porém, para facilitar o início dos vossos conhecimentos, vamos deixar à vossa argúcia reconhece-los, no prosseguimento e através do que se dita, pela observação e melhor compreensão do assunto.
Tudo unicamente depende de vós; se a vossa terra for boa, a semente já vos foi dada; do arbusto verá o fruto e o seu sabor vos indicará sua qualidade.

6.6.10

HIERARQUIA ESPIRITUAL

HIERARQUIA ESPIRITUAL


Expressaremos aqui algumas palavras para evitar qualquer erro que possa surgir com relação à Hierarquia Espiritual ou Grande Fraternidade Branca (Branca como cor da Aura e não da pele), os guardiões das religiões do mundo. É dessa Grande Comunhão que sairam, de tempos a tempos, os Salvadores do Mundo, e desse Centro surgiram todos os “Filhos de Deus”, pois houve muitos “Filhos de Deus”, e não apenas um, como alguns querem crer.

A constituição da forma – mesmo da forma religiosa – tem tendência materializadora, e vemos assim que, em todos os séculos que se seguiram ao nascimento do Cristianismo, a tendência de toda reforma foi a de voltar, se possível, ao padrão original estabelecido pelo Fundador.

Por exemplo, com uma investigação cuidadosa, vemos que o Cristo apenas nos apresentou alguns ideais elevados e puros, insistindo que tivéssemos vida pura, que nos levasse à meta Divina.

(Como disse Gandhi – “Se, se perdessem todos os Livros Sagrados existentes, e se salvasse sòmente o Sermão da Montanha, nada estaria perdido”.)

A doutrina e os desenvolvimentos que foram introduzidos depois, provieram sempre dos seguidores, que incluíram suas aspirações mais mundanas e transformaram assim a pureza e simplicidade do ideal primitivo num corpo complicado, possuidor de paixões mundanas e constantemente em luta para alcançar o poder mundano. (Alguma semelhança com o que acontece na nossa Umbanda? Cada uma quer acrescentar a sua vela no ritual!!! Se é que me entendem.)

É assim que encontramos, no fim do século dezenove, de um lado, a Igreja Católica, e de outro, a Protestante, e entre os extremos dessas comunidades doutrinárias, um corpo flutuante e crescente de pensadores, constituído pelos Místicos e Idealistas de ambos os partidos, os quais, de século a século, estiveram em desacordo com seus irmãos ortodoxos, procurando uma verdade mais elevada, um ideal mais puro, do que aquele que os dogmatistas oferecem.

As doutrinas ocultas nas Fraternidades Secretas, seja qual for o seu nome, foram transmitidas em sucessão regular desde a primeira até a última. Podemos ver que os ensinos esotéricos que, primeiramente, na Atlântida, depois no Egito, na Pérsia, e na Grécia, foram conservados longe dos ouvidos da multidão iletrada precisamente porque se sabia que ela não podia, no seu estado de ignorância e falta de instrução, compreender a verdade íntima da Natureza e de Deus. Daí o segredo com que essas pérolas de alto preço eram guardadas e foram entregues com pequenas modificações ao domínio dos grandes cristãos primitivos, os Gnósticos, chamados hereges; passando diretamente das escolas Gnosticas da Síria e do Egito aos seus sucessores, os Manicheus, e destes por intermédio dos discípulos de Paulo, dos Albingenses e dos Templários, aos Hermetistas, Rosa-Cruzes e outras Fraternidades Secretas menos poderosas – essas Tradições Ocultas, ou antes Verdades Ocultas, foram transmitidas às corporações místicas de nossos tempos. Perseguido pelos Protestantes, de um lado, e pelos Católicos, do outro, a história do Misticismo, fora da Fraternidade Rosa-Cruz, é uma história de martírio.

Essas principais correntes de pensar religioso podem ser distintamente delineadas à proporção que procuramos atravessar o labirinto de provas, as quais podem ser denominadas sem impropriedade as doutrinas de Pedro, Paulo e João, sendo a última a fonte principal das últimas místicas heresias cristãs. A doutrina Joanina produziu grande excitação no século quatorze. Deve lembrar-se que o verdadeiro Ocultismo e o Misticismo real, são de natureza essencialmente religiosa, e os estudantes não devem ficar surpreendidos de notar que certas seitas religiosas históricas, muitas das principais sociedades secretas tomam S.João como seu santo padroeiro, sendo notavelmente o que acontece com muitas corporações maçônicas –tivessem seu fundamento no Ocultismo e Misticismo, como se afirmou, e de que as doutrinas ocultas dos Gnosticos fossem recebidas com as tradições sagradas de um passado muito remoto, e quando surgiram os primeiros albores da era cristã, o gênero humano estava mergulhado nas tendências obscurecentes e materialisadoras dos Séculos de Obscuridade. A Gnose logo foi rejeitada pela igreja ortodoxa, e os ensinos Sagrados e Secretos do Grande Mestre Jesus foram materialisados; entretanto, nunca foram perdidos, e, de época em época, se podem discernir seus traços.

O movimento maçônico, em traços gerais, era, a princípio, uma espécie de movimento largo, meio místico e extensamente moral, dirigido por certos centros desconhecidos ao mesmo, e tirando sua origem da Antiga base geralmente desconhecida.

Nada tinha com a Alvenaria Construtiva ou com o Guia dos Construtores. A Maçonaria foi fundada sobre a Antiga Religião da Sabedoria, e, na sua fundação, não foi conhecida com o nome de Maçonaria.

A sua base era e é desconhecida a todos os que não reconhecem uma direção definidamente espiritual nos desenvolvimentos pratico, mental e moral que, de tempos a tempos, alteram a superfície, introduzindo novos fatores nos processos evolutivos de que consiste a vida. Devem ser feitas investigações na literatura maçônica de diversas línguas e países antes que esta opinião possa ser firmemente estabelecida para o mundo em geral, porém, para os estudantes do Misticismo e aqueles que também estudam a Maçonaria, torna-se cada vez mais claro que o movimento geralmente denominado Maçônico teve sua origem no verdadeiro Misticismo, que proveio, como esforço Ideal da Hierarqui Espiritual que guia a evolução do mundo; e que, por mais que os ramos estejam separados da idéia-raiz, todavia, existe um ensino Místico na Maçonaria para aqueles que procurarem por sob a superfície.

Uma “semelhança” que me ocorreu quando transcrevia o texto acima.


COLUNAS DE TRABALHO NA MAÇONARIA -

SABEDORIA

FÔRÇA

BELEZA


COLUNAS DE TRABALHO NA UMBANDA


PRETO-VELHO

CABOCLO

CRIANÇA

O TEMPLO REAL

O TEMPLO REAL

O templo real a que se refere a Maçonaria, desde o principio até o fim, é como em todas as antigas iniciações, o Tabernáculo da Alma Humana.
Com efeito, é construído sem o som do machado ou de qualquer ferramenta de aço. É semelhante ao outro (feito à semelhança dele), o templo espiritual, que não é feito com as mãos, sendo eterno no céu; pois a filosofia antiga (Kabala) ensinava que o Espírito Imortal do homem é o Arquiteto do corpo e sua fonte de vida; que quase não penetra nele, mas apenas o cobre com sua sombra, ao passo que a alma, que é o veículo imediato do Espírito, habita o corpo e se dissolve com a morte. O Espírito é Imortal, puro e eternamente ilimitado. É Cristos, o Mediador entre a Alma ou o homem físico e o Espírito Universal – o Pai que está nos Céus. O “pobre e cego candidato”, isto é, o homem dos sentidos, imerso na matéria, quereria aprender o Nome Inefável, obter a Palavra Perdida, e, tomando um caminho mais curto, “subir por outra estrada”. Desejaria ter a sabedoria sem a conquista de si mesmo, o poder sem o sacrifício. Não quer escutar a voz que clama “Sede paciente meu irmão, e quando estiver pronto o templo, se fordes dignos, recebereis aquilo que tanto procurastes”. Não! Quer tê-lo agora! E impõe silêncio à voz que clama, e, derrotando a si mesmo, foge para o deserto do remorso e chama os montes sobre si para encobri-lo da perseguição de sua consciência acusadora. Cristos ressuscitou. Sendo imortal, não pode morrer realmente. Nenhum pecado humano é final. Compreendendo seu erro e purificado pelo sofrimento, o espírito do homem, elevando-se novamente, até a derrota promete a vitória, e recebe um Substituto para a Palavra Perdida. Ouve, embora muito abafada, a Divina Harmonia. As gerações futuras, isto é, novas provas e esforços mais sinceros, prometem maiores recompensas. Aprende a “saber, querer, ousar e calar”. O Amor Fraterno, a Bondade e a Verdade, a Prudência, Fortaleza, Justiça e Compaixão – todas as Virtudes e todas as Felicidades lhe são inculcadas.

“O candidato aprende, não só a tolerar a religião dos outros, mas também a respeita-la como se fosse a própria; embora seja aderente àquela em que nasceu. Para que essa obrigação se lhe torne razoável, por meio da Kabala ou Doutrina Secreta, mostra-se-lhe que, no íntimo de todas as grandes religiões, se encontram as mesmas verdades eternas. Só as formas e observâncias diferem. O Nome Inefável é soletrado de vários modos, mas a Palavra é uma só e eterna. A Maçonaria não é só uma ciência universal, mas também uma religião mundial, não deve obediência a nenhum credo, nem pode adotar qualquer dogma sectário sem deixar de ser Maçonaria. Vindo da Kabala e tomando a linguagem ou simbolismo judaico ou cristão, ela discerne neles verdades universais, que reconhece em todas as outras religiões. Vários graus foram cristianizados apenas para perecerem, como acontecerá com todos os graus que forem circunscritos por credos estreitos, e obscurecidos à compreensão, de forma que excluam os homens de bem de outra religião. É Jesus menos Cristos, por ter Krishna sido chamado o “Bom Pastor”? ou porque o Cristo mexicano foi crucificado entre dois ladrões? Ou também porque Hiram permaneceu três dias na sepultura antes de ressurgir? Não somos tão egoístas em nossa religião como nas outras nossas posses? Então porque é que o homem; ao mesmo tempo que ama, como sendo sua mais sagrada posse, a religião de seus pais, procura eternamente rebaixar e destruir a de seu irmão? PARA MEDITAR!!!

3.6.10

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - UMBANDA VISÃO DE BAIXO PARA CIMA

UMBANDA
VISÃO DE BAIXO PARA CIMA


Umbanda vista de baixo para cima é a forma com que se apresentam seus trabalhos na matéria; é a simplicidade, a renúncia, o sacrifício; é a brandura, a beleza, a meiguice; tudo isso traduz Umbanda que, encarada de uma forma mais ampla, podemos ainda assim definir: conjunto de preceitos expressos por um Ritual simples, unindo todos os seres quer da matéria quer do espírito, para perfeição da essência rumo aos Mundos Divinos -.
Congrega todos os entes da matéria e em si encerra todas as crenças, todos os cultos, para melhor esclarecer os “materiais”; suas figurações, seus simbolismos bem dão prova dos fundamentos da congregação.
A expressão – Umbanda, visão de baixo para cima – equivale a dizer – Umbanda na matéria – o modo como é observada e apreciada pelos vossos sentidos.
Rude forma traz consigo. O brilhante antes foi diamante e se o brilho tem é porque talharam-no, deram-lhe forma, cortaram-no em arestas; disto, o que podeis compreender é fácil. Distilai melhor os ensinamentos e tudo o que vedes nos trabalhos rudes de Umbanda e tereis o nectar para saciar a vossa ansiedade de saber, de progredir; além disso, tereis ainda a assistência dos entes invisíveis, para nortear e vos dar trilhas seguras.
Não pode ser a Umbanda pequenos aglomerados; não pode ser a Umbanda uma mera manifestação das forças invisiveis; é uma crença religiosa, com conceitos filosóficos, para tornar a evolução do ser que se diz evoluido, mais rápida, mais perfeita, poupando-lhe os dissabores da jornada.
Apresenta-se humilde nos terreiros, terreiros que bem lembram o preto velho, o escravo de outrora, terreiros iluminados na matéria pelo brazeiro dos lenhos, onde o silvícola comemorava e exaltava os seus feitos de bravura, seus legendários antepassados, embuidos da própria natureza; tudo isso, nas manifestações respectivas facilitadas pela Umbanda, encontramos nos terreiros.
Oh! Crente, levanta a tua f’é; Oh! Profano, busca as sendas de Umbanda; as dores serão mitigadas quando frente ao altar – Gongá – os teus labios pronunciarem saudações e preces ao Creador.
Tudo o mais a observação vos fará conhecer, e, não julgueis sem Ter visto e aprendido.
Dos fundamentos terão alcance os eleitos, porque em si inoculado está o bom germem para florir a seara do Pai -. Deus Creador, cobre com Teu manto e vela por todos os filhos deste plano; aos que duvidam, dá oportunidade para que se lhes faça luz, aos que creem no Teu amor, fortifica-os.
Dos preceitos da Umbanda muitos fazem errôneo juizo e disso são culpados os fracos e ambiciosos, pois embora agindo no plano da matéria, Umbanda visa unicamente elevar o espírito.

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - UMBANDA VISÃO DE CIMA PARA BAIXO

U M B A N D A
VISÃO DE CIMA PARA BAIXO

UMBANDA é uma congregação de espíritos superiores no Astral, buscando suavizar e contribuir para a evolução do plano térreo.
Sua fundação teve inspiração nos Senhores do Karma, estando a mesma a eles aféta e submissa em todos os tramites da matéria. Data não podemos precisar, por não considerarmos o tempo, mas a compreensão humana pode Ter como ponto de referência, que a sua existência data de aproximadamente seis mil anos, completando em harmonia com os principios superiores, sete mil anos ao completar o vosso plano dois mil anos da era Cristã.
Pelo que vemos, UMBANDA teve os seus primórdios de fundação no Astral, dentro da sabedoria e conhecimento dos espíritos de planos superiores.
Ao manifestar-se no plano físico foram pelos Senhores do Karma, lançando mão do Ritual e das formas que prescreve a mesma Lei na terra.
O Ritual exalta a vontade, inspira a fé e compreensão. Sendo UMBANDA uma congregação de todas as creaturas, nos humildes e pequenos ela penetra com maior facilidade, não só pelo seu Ritual exaltando a fé em cada um, como pela igualdade de nivel em que se colocam as entidades na sua manifestação ao crente material.
Mesmo, também, porque necessitam de maior amparo e proteção aos pequenos e desvalidos da sorte, com Karmas tenebrosos a serem cumpridos na sua passagem rápida no mundo térreo.
Na manifestação do Espírito é necessário abnegação, devoção e completo desprendimento de vaidade, de orgulho ou dos sentimentos inferiores, para não só retemperar os materiais, os humanos, mas contribuir também grandemente para burilar, lapidar os espíritos na sua ascensão aos Mundos Divinos.
Umbanda é o meio de contacto entre os espíritos de PLANOS SUPERIORES e a matéria.
É a forma com que se torna possível a manifestação dos entes de planos mais elevados com os irmãos da matéria.
Se foi fundada de cima para baixo, isto é, primeiro no plano Astral para depois o ser no plano físico conta por isso mesmo, com bases sólidas no Astral de forte repercussão na matéria.
As outras formas de comunicação dos invisíveis com a matéria, de linguagem facil, sem ritual velado, fragil base possuem no Astral, em virtude da sua origem ser de baixo para cima; data de pouco tempo sua repercussão no Astral, onde são mais um aglomerado do que propriamente uma congregação; fixamos aqui, para vossa melhor compreensão, em 70 a 80 anos o seu aparecimento no Astral.
Seus alicerces são frageis e constantemente se vêm ameaçados pelas hordas de espíritos em evolução, que tentam e procuram destrui-las; por si só quasi não se mantem no Astral, sem o constante calor e alento que lhes emprestam os congregados da Lei de Umbanda.
Na ascenção reta, todos buscam a perfeição; de Deus somos filhos e muito mais ainda, todos irmãos.
Na engrenagem do conjunto, a evolução tem que se fazer com a harmonia de todas as peças e de todos os seus acessórios.
Não pode transviar-se a menor das ovelhas em caminho; o rebanho tem que chegar sem falhas, sem faltas, completo ao seu dono, ao seu Creador, Ãquele que carinhosamente nos creou a sua semelhança, que no sacrifício do Filho perpetuou os conhecimentos e a verdade Divina, que impoluto conduziu todos os filhos no sacrifício e nos malfadados momentos da evolução, que inflexível no cumprimento de suas Leis, mas todo bondade e justiça – DEUS -, na terra manifestado em luz e sabedoria, traduz-se por UMBANDA – Lei de Justiça e de Verdade.
Como Justiça, é recíproca e equitativa, pede mas também dá, ampara os seres na evolução; como Verdade mostra os caminhos de trilhas seguras e felizes.
Age pelos princípios da matéria, pois a difícil tarefa dos encarnados, para o completo cumprimento de suas provações, necessita de carinho e desvelo.
UMBANDA lhes presta assistência moral, material e muito mais ainda, os conduz inconscientemente às verdades espirituais, fazendo a moldagem da creatura para cumprimento do verdadeiro cristianismo do Mestre.
Sendo a linguagem dos Espíritos em relação a Umbanda muito elementar, os humildes da matéria sentem-se mais iguais a eles, de acôrdo com seu intelecto, tornando-se crentes obedientes aos princípios da Lei; dessa maneira sentem, todos que buscam na Fonte alívio para os seus males, liberdade para manifestar seus receios, desejos e vontades, sendo eles, muitas vezes, pequenas insignificancias que um bom conselho resolve, trazendo conforto e paz à creatura.
Desta forma podem as entidades controlar todos os passos e auxiliar grandemente a evolução dos irmãos encarnados.
Umbanda ainda caminha junto ao ciclo evolutivo do planeta Terra; evolue lenta, paulatinamente para não causar desarranjos; se o aborigine grotesco era no seu ritual, o homem civilizado faz o seu culto, porém em lento desenvolvimento.
Na terra Umbanda espalha-se grandemente sobre todos os povos, do Oriente para o Ocidente, formando extensa rede sôbre as creaturas da carne.
Luta, muita luta, sacrifício, desvelo e carinho dos seus congregados, ligados todos na tarefa de amenizar os sofrimentos e suavizar os corações dolorosos, tendo em vista a ascenção reta da humanidade aos princípios da espiritualidade, aos princípios da verdadeira fé nos Mundos Superiores, cheios de doçura e harmonia, tudo para evitar maiores males e sacrifícios e fazer com que seja aplainado o caminho para a volta do Messias a este Plano tão dificultoso.
Umbanda é uma Lei e como tal tem que ser considerada. Na sua estrutura encontramos tudo o que o espírito busca, tudo o que vossa curiosidade indaga, - arte, música, doutrina mística e religiosa, filosofia do sacrifício – tudo sem outro interesse si não o de mostrar a verdade das cousas.
Ao neófito cabe distilar para sentir o sabor de todos os elementos que se acham integrados em Umbanda, que no próprio vocábulo já encerra vibração e magia.
Caminhemos confiantes nessa Lei, que traz em si o sopro Divino.
Na palavra dos seus mensageiros tereis o conforto que embala vosso espírito dormente das fadigas terrenas, das violencias da luta material na trajetória da vida, em cumprimento do Karma. Confiantes trilhemos esta estrada reta e segura, tendo em vista a luz que vem de cima e que resplandece aos sentidos, na essência da verdade sublime do Creador, nos fundamentos da Lei de Umbanda, Lei de amor que ampara e auxilia, Lei de justiça aos que se fazem dela merecedores, aos que não praticam nem seguem as máximas do Creador, do Mestre.
Auxilia sem distinção, mas faz-se sentir cheia de igualdade, cheia de justiça; assim melhor conduz as ovelhas ao rebanho e amolda o espírito indomavel dos que se lançam na materialidade, sem se lembrarem da própria origem, do próprio Ente que os acalentou – DEUS.

“OLHA A DEUS E VERÁS A TI”

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - LEI DE UMBANDA

LEI DE U M B A N D A

Pela própria vibração do vocábulo temos o significado desta Lei. UMBANDA – UM.....BANDA – do oriental trouxe – UM – do ocidental – BANDA -, unindo-se em confraternização, vibrando em unísono do Oriente para o Ocidente, balbuciamos – UMBANDA, vibração harmoniosa traduzindo – LUZ QUE VEM DO PAI.
É mais uma doutrina científico-filosófica do que uma simples linha espiritualista; é uma Lei, uma série de conhecimentos coordenados para um fim único, desejado.
Se vem do Oriente para o Ocidente, traz consigo a união dos povos, sem diferença de credo, cor ou classe. De si tira a forma e impõem-se sobre a materialidade. É uma Lei, e como tal se expressa em todo seu Ritual. Nada tem de inferior e sim busca os páramos Divinos na essência da realeza eterna.
Manifesta-se na terra e faz parte da sua própria evolução, no ciclo que ora passa o planeta de Regeneração.
Não importa a forma da prática, mas sim o fim a que se destina. Evoluimos, portanto acompanhemos a evolução ao fim predeterminado.

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - REVELAÇÃO

V

No universo brilham os astros e minúsculo, mas fazendo parte do seu conjunto, caminha o planeta Terra.
É um planeta de regeneração; degredados estão nele os filhos da carne, creaturas que buscam a lapidação do seu espírito.
No turbilhão que agita a sua superfície, chegado encontra-se o momento da sua verdadeira diretriz para o final.
O Tempo passa... o Tempo passa.
Nas calamidades que sofre toda a humanidade o Astro-Rei com sua aura suaviza.
Por sabedoria de Deus jamais um filho será abandonado.
Dos múltiplos pensamentos que se acercam dos homens, também influi-lhes sobre o cérebro aquele que indica o caminho que os livrará dos tormentos e tempestades que os acabrunha no momento.
Dos Céus baixam as luzes e os mensageiros chegam; incutem nos corações dos materiais a centelha do amor de Deus e fazem-nos suavemente vislumbrar a luz Divina, que através de toda a evolução do plano permaneceu nas auras e nas vizinhanças do plano.
Manifesta-se, toma vulto como as demais doutrinas e princípios.
É a luz, é a verdade, é a humildade, é o sopro das altas esferas que chega ao alcance dos filhos da terra.
É UMBANDA, a lei de Justiça e de Verdade.

UMBANDA

Entre as muitas ideologias, pensamentos e religiões, humilde e simples desabrocha, diferente de todas, uma que denominamos UMBANDA. Diferente sim, porque visa somente a elevação do espírito e a preparação das almas encarnadas à vida nas esferas superiores.
Dos gestos bruscos, da sua manifestação rude na terra, surge o espírito bem formado para a vida do além.
Veio do nada, formou-se nos corações e a medida que maior aproximação tem do plano mais elevado, ela cresce, cria raízes e firma-se entre os humanos.
Veio desde que o homem, tornando-se consciente da sua passagem no plano físico, emaranhava-se nos múltiplos abrolhos escabrosos desse mesmo plano.
Podemos dar uma concepção material a essa UMBANDA, considerando-a como uma congregação de todos os filhos, sem distinção de cor e de classe, para lapidação do espírito e sua emancipação das fraquezas do mundo terreno.
Sua procedência é do alto e traz consigo a força mágica para sua realização na terra; em virtude disso precisamos, ao ingressar nos seus domínios e se quisermos nela trabalhar, conhecer alguns princípios da magia.
Tudo na natureza obedece a creação Divina e como tal está sujeito as suas leis.

LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - INTRODUÇÃO

Irmãos.

Por caminhos tortuosos, distancias incomensuráveis, atravessando inúmeros tropeços, vibra a vossa atmosfera para tomar contacto convosco alguém desalentado, mais pelo cumprimento da missão que lhe incumbe do que pelo que dantes visava.
Veio do alto para tanger os corações bem formados, encerra em si a singeleza das boas creaturas e a vibração de auras construtoras de progresso e virtude.
Se ao vosso entendimento chegar o que esse alguém traz e revela, guarda o pequeno opúsculo que, por certo, poderoso amuleto vos será.

Tratando-se de primeiras revelações, achou por bem o Pai não se aprofundar no Ritual de Umbanda, tornando assim este trabalho mais uma fonte de conhecimentos generalizados, sem levar em conta a minúcia das cousas, que seriam inúmeras e fariam com que ele se tornasse muito extenso quando, em verdade, se destina principalmente a uma preparação dos filhos que ingressam nesta senda, tornado-os capacitados à receber outros ensinamentos de cunho mais elevado no Ocultismo e no domínio da Alta Magia.

No que se lê nada há de embuste, nada há de fantasia ou de algo que profane a verdade.
Veio do simples para os simples, estes que dele façam bom uso.
Não visa ganância, ouro ou mando, não traz consigo a auréola negra, erva daninha que germina no coração dos materiais.
É simples, é honesto.
A ambição que invade o vosso intelecto não satisfaz, pois si veio do simples tem que ser simples.
Foi feito para os pequenos, mas visa o espírito em ascenção reta aos páramos da Realeza Eterna.
Não é obra literária, pois seus obreiros são humildes, norteando-os a fé e a confiança numa vida sublime e eterna; são os guerreiros, aqueles que lutam na calada da noite, que labutam não para a matéria, não para a carne, mas para o espírito e para o bem.
Da nobreza dos seus sentimentos nasceu o lírio, nasceu este opúsculo, que unicamente visa um ideal – sua concretização no plano tumultuoso de pensamentos tenebrosos que é o material.
Procuro a compreensão vossa e que os merecedores deste ensejo sejam saudados.
Da matéria nada possuo senão a consciência dos ensinamentos e do cumprimento das Leis.
O que está feito não se desfaz – solidifica-se.
Aos corações bem formados quero a sua solidificação na vida, na verdadeira vida, na vida do espírito.
Busco a luz, busco dar cumprimento a uma missão – se a tanto não for, queira Deus que o chegue.
Do escarneo faço pouco, da vida material já vos disse, nada quero; busco o espírito, a verdadeira vida.
João, apóstolo de Cristo, foi pescador de esperanças, vós, os pescadores de corações, sois os guerreiros do Grande Espírito.
Que invada os vossos corações a aura do Grande Espírito – PARABRAHAM.
Da matéria busco a forma para dar idéia do espírito ao vosso entendimento, a vossa compreensão; se a tanto não chegar, perdoai-me.
Sugo um cérebro que não me pertence, espremo-o para que chegue a tona, em vosso plano, aquilo que sente o meu espírito.
Na rudeza da forma fazei por Ter compreensão.
Viso a redenção do vosso espírito à vida feliz nos Mundos Superiores.
Guerreiros da fé que labutais na calada da noite, levantai a bandeira branca da fraternidade para tremular a vossa frente na jornada de luz através dos Mundos Superiores, rumo a celeste morada, ao PAI, ao GRANDE ESPÍRITO, à SUPREMA ESSÊNCIA – PARABRAHAM.
A ENTIDADE.


TEMPLO DE PAI JOÃO DE BENGUELA
Composto pelo:
- Templo Espiritualista Sol do Oriente – UMBANDA
- Loja Maçônica Sol do Oriente (O histórico pode ser encontrado no site do Museu Maçônico do Paraná).

Currículo maçônico
Em 1938, no dia 22 de março, Silas Pioli foi iniciado na Maçonaria na Loja Luz Invisível, do Grande Oriente do Brasil - GOB. Elevado em 10 de junho desse mesmo ano, aos 12 de abril de 1939 foi Exaltado, filiando-se à Loja Dario Vellozo, também do GOB.
Em 1941 foi louvado e agraciado pelo GOB pelos relevantes serviços prestados.
Em 1942, já no grau 18, era eleito 1º Vigilante de sua Oficina onde, em 1943, tornar-se-ia Venerável Mestre.
Em 1944 sua Loja, juntamente com as Lojas Fraternidade Paranaense e Cavaleiros de Malta fundavam o Grande Oriente do Paraná, tendo, logo em seguida, optado por levantar a Grande Loja do Paraná, que encontrava-se adormecida, da qual veio a tornar-se Grão-Mestre.
Em 1945 foi fundador da Loja Sol do Oriente, da qual foi também o construtor do Templo.
Em 1947, já no grau 30, tomou parte do 1º Congresso Americano realizado em Montevideo.
Em 1977 obteve Patente de Grande Inspetor Geral, grau 33, em 16 de novembro.
Em 1981 fundou a Grande Loja Unida do Paraná, juntamente com outros maçons que não estavam satisfeitos com os rumos tomados pela Grande Loja do Paraná.
Em 1996 sua companheira por 63 anos, dona Araci, deixou-o viúvo.
Em 1997 Silas Pioli faleceu, tendo deixado na história dos homens pegadas marcantes que indicam um caminho a seguir por todos aqueles que pretendam igualmente traçar os planos de uma vida moral mais elevada e mais fraterna para toda a humanidade.

PAI JOÃO DE BENGUELA E A MAÇONARIA MISTICA ORIENTAL


FOTO DE UMA PRAÇA DE BENGUELA - ANGOLA, ONDE OBSERVAMOS AS ACÁCIAS FLORIDAS - ÁRVORE SÍMBOLO DA MAÇONARIA

Tomo a liberdade de apresentar a essência dos ensinamentos, ensinados e praticados, na Loja Maçônica Sol do Oriente, de PAI JOÃO DE BENGUELA.

Do Livro Maçonaria Mística Oriental - Dr. R.Swinburne Clymer

Ao apresentar ao publico a presente obra, nada tenho a dizer para justificar-me, por vários motivos:
Em primeiro lugar, porque recebi ordem de prepara-la, e em segundo, porque muito do que apresento nela não é novo, pelo simples motivo de que nada pode haver de novo na Maçonaria. É verdade que muita coisa, principalmente relativa à Maçonaria Mística, não foi oferecida ao público profano, porém isso não quer dizer que seja coisa nova, pois, efetivamente não o é.
Sei que o presente trabalho está acima de qualquer refutação quanto às Verdades que contém, e isso pela simples razão que cito as mais altas autoridades Maçônicas do mundo, e que a parte referente à Maçonaria Mística provém diretamente daquele que sabe e que não tem superior nessa obra.
Sei também que não serei acusado de plagiário, pela simples razão que apresento o autor de cada citação, exceto quando ela é alterada. Com esses fatos para minha garantia, tenho a satisfação de dar-lhe saída.
Há diversas razões para que este livro seja apresentado ao publico, e principalmente para os próprios Maçons. Muito pouca coisa é conhecida pelos meus Irmãos Maçons a respeito da Ordem a que têm a honra de pertencer, mas à qual alguns não dão o devido valor, e o presente tratado, preparado de acordo com as mais altas autoridades, lhes dará alguma idéia do que seja o princípio íntimo dos seus ensinos.
Também tornou-se necessário que o mundo soubesse da existência da Maçonaria Mística e de que existiu por muitos anos, embora nem sempre sob esse nome. Não se poderá dizer muita coisa com relação à Ordem, pelo motivo que até os seus graus não devem ser conhecidos do mundo profano. Os Maçons regulares oficiais podem adquirir todos os conhecimentos que desejarem sobre ela, desde que queiram pagar o preço, não em moeda corrente, mas sim nos seus deveres e trabalhos.
A iniciação não é o que geralmente se julga ser. Todos os Maçons sabem o que é a Iniciação Cerimonial, porém isso é apenas o símbolo exterior da obra interna. Um Maçon que possui os três graus poderá pensar que tem tudo o que é possível conseguir, porém não conhece o trabalho interno, a Grande e Suprema Iniciação, que é possível para aquele que realmente a deseja.
Milhares de homens de boas qualidades tomam a letra pelo Espírito e é nesse modo de agir que começa o seu engano. Nada de novo pode suceder à Maçonaria, porém há, nela, uma vasta soma de Verdade de que a maioria nada sabe, e é por esta razão que esta obra é apresentada ao publico e principalmente a todos os Irmãos Maçons, e ela se acha expressa de tal maneira que não pode ser negada, pois como já foi dito, provém das mais altas autoridades dentre os Maçons.
Com relação à verdadeira Iniciação, citarei a obra do Mestre Maçon, Dr. J.D. Buck, na qual diz:

“A Iniciação e a Regeneração são termos sinônimos.”

O Ritual da Franco-Maçonaria é baseado nesta lei natural, e a cerimônia da iniciação ilustra, passo a passo, este princípio, e se o resultado atingido é mais uma posse do que uma regeneração, na maioria dos casos, o principio não é menos verdadeiro por isso. A simples inculcação de princípios morais e as lições de moral, e sua ilustração simbólica e representação, não são coisas vãs. Elas despertam a consciência e o sentimento moral de todo homem, e nenhum ser humano perdeu suas boas qualidades pelas Lições da Loja. Em virtude desses “ritos e benefícios”, o Franco-Maçon é, com relação aos homens de nossa chamada Moderna Civilização, o que está mais próximo da Antiga Sabedoria. Está de posse do território em que se acham escondidas as Jóias da Coroa do Saber. Pode contentar-se, se o quiser, com o percorrer o solo e fazer apenas uma colheita de cascas e restolhos. Pode escavar profundamente e encontrar não só a Chave da Arca, a Arca da Aliança, o Rolo de Pergaminho ou a Lei, mas também, empregando o espírito encoberto nas asas do Cherubim, pode elevar-se por sobre os farrapos do templo, e, colocando-se frente a frente com Elohim, aprender também a dizer “Eu sou quem sou!” Parecerá isto uma rapsódia e nada mais serão os lindeiros,as tradições e os hieróglifos da Franco-Maçonaria?
E mais adiante: “A Ciência Universal e a Filosofia Sublime, outrora ensinadas nos Grandes Mistérios do Egito, da Caldéia, da Pérsia e da Índia e entre muitas outras nações da antiguidade, é letra morta na moderna Franco-Maçonaria. Entretanto, o Maçon inteligente devia ser a ultima pessoa no mundo a negar que outrora existira uma Sabedoria, pela simples razão que toda a estrutura da Maçonaria é construída sobre as tradições de sua existência, e seu ritual lhe serve de monumento vivo. O adiantamento no grau anterior é, em toda parte, uma razão para avançar na Maçonaria. Esse adiantamento consiste na capacidade do candidato para repetir palavra por palavra certos rituais e obrigações pelos quais já passou, cuja significação e explicação constituem os trabalhos dos vários graus. O costume, com relação a este ponto, serve mais para conservar para os que os possuem, os direitos e benefícios da Loja, recusando-os aos outros, do que para fazer o candidato progredir em Conhecimento real.”
É por essa mesma razão que esta obra é apresentada a todos os que desejam adquirir conhecimentos. A Maçonaria Mística também tem seus Rituais e suas leis, porém considera o Espírito de maior valor do que a letra e ensina aos seus candidatos tanto o Espírito como a letra, porquanto, em seus graus superiores, o homem deve expressar o que está em si, para poder avançar. Dessa forma, a Iniciação real não só se torna uma possibilidade, mas também um fato e ninguém pode progredir sem executar a obra. Além disso, a Maçonaria Mística realiza o que a Maçonaria regular devia fazer – liga seus filiados numa Fraternidade Universal em que devem tratar-se como irmãos, se desejam manter-se na Ordem. Isto não é um sonho, mas sim uma realidade.
Diz ainda o Dr. Buck: “Não sabemos uma coisa porque no-la dizem. Que os deuses gritem continuamente a Verdade de todos os tempos nos ouvidos do tolo, ele continuará sempre preso à sua tolice. Aqui está a concepção e a base essencial de todas as Iniciações. É o conhecimento desenvolvido gradualmente, de um modo ordenado e sistemático, passo a passo, à proporção que a capacidade de aprender se abre ao Neófito. O resultado não é uma posse, mas sim um crescimento, uma evolução. O conhecimento não é uma simples soma ou adição; alguma coisa acrescentada a outra que já existe; mas sim uma mudança ou transformação progressiva da estrutura original, de modo a torna-la, a cada passo, um Novo Ser.
O Conhecimento Real ou o desenvolvimento da Sabedoria no homem é um Eterno Porvir; uma transformaçãp progressiva na semelhança da Suprema Bondade e do Supremo Poder.”

Numa obra desta natureza, não podemos dizer muita coisa em relação à Suprema Iniciação, e aqueles que tiverem verdadeiro interesse, poderão referir-se ao livro “Os Rosa-Cruzes e seus Ensinos” e à obra “A Filosofia do Fogo”, que contém capítulos sobre a verdadeira Iniciação.
Noventa e nove por cento dos Maçons se ririam da Ciência Oculta; entretanto, se não fosse por causa das Fraternidades Ocultas, a Maçonaria nunca teria existido. A Doutrina Secreta era a religião universalmente espalhada no mundo antigo e pré-histórico. Provas de sua difusão, relações autenticas de sua historia, uma cadeia completa de seus documentos, que mostram seu caráter e sua presença em todos os paises, assim como os ensinos de todos os seus grandes Adeptos, existem até hoje nas criptas das livrarias pertencentes às Fraternidades Ocultas. A Fraternidade Rosa-Cruz, mais do que qualquer outra, merece a nossa gratidão pela conservação intacta dos escritos Secretos e Sagrados. Embora os membros individuais dessa Fraternidade tenham sido perseguidos em muitos paises e em todas as épocas, a Ordem ou Fraternidade em si jamais foi perseguida, nem sofreu qualquer interrupção. Por conseguinte, esta Fraternidade foi capaz de continuar, sem interrupção, os ensinos da Doutrina Secreta e dos Antigos Mistérios. Seja qual for a Ordem, chame-se ela Maçonaria ou Maçonaria Mística, pouco importa o nome, sempre se verificou que os Rosas-Cruzes tiveram a obra em suas mãos. A história prova esse fato, que não pode ser negado com justificativas e somente os que são ignorantes tentam nega-lo.
Toda alma deve “efetuar a própria Salvação”. A Salvação pela fé e pela redenção não era ensinada por Jesus, como se interpreta agora, nem essas doutrinas são ensinadas nas Escrituras exotéricas. Elas são recentes e ignorantes perversões das doutrinas originais. Na Igreja primitiva, como na Doutrina Secreta, não havia um Cristo só para todo o mundo, mas sim um Cristo potencial em cada homem. Os teólogos constituíram primeiramente um ídolo da Divindade Impessoal e Onipresente, e depois retiraram Cristos do coração de toda a humanidade para deificar Jesus; isso foi para terem um Deus que fosse particularmente deles. A Maçonaria não ensina a Salvação pela Fé, mas pela Redenção. Segui os seus graus, estudai a História como foi ensinada pelos seus maiores Mestres, e não encontrareis nela o ensino dessa doutrina. Pretendo francamente que essa doutrina não forma cristãos, mas sim criminosos. A razão disso é clara. Todos os Antigos Mistérios tinham a verdadeira Doutrina e o mesmo sucedia aos primeiros cristãos. A Maçonaria, antes de ter sido contaminada pelos discípulos de Loyola – os Jesuítas – também a tinha. É aos Maçons que compete separar o bom e o verdadeiro do falso.
Diz ainda o Irmão Buck: “A Humanidade in toto é o único Deus Pessoal; o Cristos é a realização ou perfeição dessa Pessoa Divina, na experiência consciente do Individuo. Quando esta perfeição é realizada, esse estado é denominado Cristos pelos gregos e Buda pelos Indús. “Sede perfeitos como vosso Pai que está nos Céus é Perfeito”.
“Portanto, meu irmão, se Cristo e Buda são um e o mesmo, porque condenais os que seguem a Buda? Não sabeis que os que seguem a Buda seguem o mesmo Cristo que vós, porém com outro nome?
“Aplicamos à nossa religião o mesmo egoismo que expressamos em relação às outras nossas posses, como sejam esposa e filhos, casas, terras e pátria; é o mesmo espírito partidário de nossa política, e isto, mais do que tudo o que parece justificar o egoísmo em geral, é contrario à Fraternidade humana e impede a fundação da “Grande República, constituída de muitas Nações e todos os povos”. Esta idéia da Fraternidade Universal, que era uma doutrina capital dos Antigos Mistérios – como se acha incluída no primeiro postulado da Doutrina Secreta, e é abertamente declarado no terceiro; e o qual ocupa também o primeiro lugar na (verdadeira) Maçonaria – é a dedução lógica da nossa idéia de Divindade, e da natureza e significação essencial de Cristos.”
Na Maçonaria Mística, esta idéia da Fraternidade Universal dos Homens é uma das Leis Supremas e um Princípio Capital. Antes que o candidato possa sair do primeiro grau da Maçonaria Mística Oriental, deve submeter-se às Regras da Fraternidade Universal, e estas não são letra morta, pois o Código Secreto lhe mostrará que não só se obriga a tratar todos os membros da Ordem como Irmãos, mas também terá de faze-lo. Não há exceção a esta regra, todos devendo obedecer-lhe ou sofrer a penalidade natural. Não é possível haver exceção a esta regra. Irmão para Irmão e não Irmão contra Irmão. Vivemos ou morremos juntos.
“Tanto a Maçonaria como a Maçonaria Mística não prega uma nova religião, mas apenas repete o Novo Mandamento dado por Jesus, que foi também dado por todo grande reformador da religião, desde o inicio da história. Despi das roupagens teológicas a Religião de Jesus, como foi ensinada por Ele e pelos Essênios e os Gnosticos dos primeiros séculos, e ela se tornará a Maçonaria (Mística). A Maçonaria, em sua pureza, derivada, tal como é, da antiga Kabala, como parte da Grande Religião Universal da Sabedoria da mais remota Antiguidade, representa distintamente a Completa e Universal Fraternidade Humana, em todos os tempos e em todas as épocas. Cristianisar a Maçonaria ou limita-la com os laços sectários de qualquer Credo, não é somente abate-la e diminui-la, mas também disso resultará, inevitavelmente, como acontece nas seitas que se combatem, e sempre aconteceu na religião, que irmão irá contra irmão e Loja contra Loja.”
A Maçonaria Mística não pode fazer distinção de cor nem de crenças, e nisso está a sua segurança e, por meio desta, gradualmente produzirá a Fraternidade Universal dos Homens. Ela não só a ensina, mas também todos os que pertencem a ela devem pratica-la. Não há uma onda de Fraternidade que circula por todos os países? Não mostram os relatórios que essa obra se espalha como nunca sucedeu? Que é, pois, que poderá impedi-la de crescer cada vez mais até que a maioria completa se submeta à Fraternidade? A palavra creadora foi expressa e o resultado será certo.
“Enquanto a mente inferior estiver presa pelo desejo, o homem não pode procurar ou discernir o Bem ou a Verdade. Pergunta: “O que é bom para mim?” Liberto do Desejo, ou da inclinação pessoal, pergunta e procura o que é bom ou verdadeiro em si mesmo. Quando atinge esse estado e o conserva habitualmente, diz-se que o quadrado está inscrito no triangulo. Então a natureza inferior se acha unida com a Divina ou Alma Espiritual. O conhecimento e o poder do homem não permanecem mais limitados ou circunscritos pelo plano inferior, ou o corpo físico; porém, transcendendo-o pela Regeneração (domínio próprio), e tornando-se perfeito na Humanidade, o homem alça a Divindade. Essa é a significação, objeto e consumação da Evolução Humana; e esta Filosofia define o único processo pelo qual pode ser atingida. “O Homem Perfeito é Cristo, e Cristo é Deus. Esse é o direito de nascença e o destino de toda alma humana. Era ensinado em todos os Grandes Mistérios da Antiguidade, porém as crenças Exotéricas do Cristianismo, derivadas das parábolas e alegorias que encobriam esta doutrina ao ignorante e ao profano, concederam esta Suprema Consumação somente a Jesus, tornando-a obscura e impossível para o restante da humanidade. Para substituir esta doutrina, que é a maior de todas as reveladas ao homem, os teólogos estabeleceram a da Salvação pela Fé num Credo constituído por homens e na Autoridade de Igreja para ligar ou desligar na Terra e no Céu”. A Lei é anulada, a Justiça destronada, o Mérito é desprezado, o Esforço desanimado e o Sectarismo, o Ateísmo e o Materialismo são os resultados disso. Toda iniciação real é um processo interno e não externo. A cerimônia exterior é morta e de utilidade apenas como símbolo e ilustração, esclarecendo assim a mudança interna. Transformar significa regenerar, e isso se dá por provas, por esforço, pela conquista de si mesmo, pelo sofrimento, pela desilusão, pelo insucesso, e uma renovação diária da luta. É assim que o homem deve “realizar a sua própria salvação”. A consumação da iniciação é o seu encontro do Cristos”.
O problema da verdadeira Iniciação, ou treino no ocultismo, consiste em colocar todas as operações do corpo sob o domínio da Vontade; está em libertar o Ego do domínio dos apetites, das paixões e de toda natureza inferior. Essa idéia não consiste em desprezar o corpo, mas sim purifica-lo ou transmuta-lo. Não é destruir os apetites, mas sim eleva-los e domina-los absolutamente, e isso é conhecido, na Alquimia, pelo nome de transmutação. Este domínio da natureza inferior não muda a Chave da natureza física como tal; porém subordina à de um Plano Superior. Sem essa subordinação, a turbulenta natureza animal inferior abafa todas as vibrações superiores, como se, numa orquestra, só se ouvissem os violoncelos e os tambores, resultando mais barulho do que harmonia. Por isso é que temos a sentença: “Aquele que vence a si mesmo é maior do que aquele que toma uma cidade.”
Diz o Dr. Buck: “Embora todo verdadeiro Maçon seja o homem mais leal para com a mulher no seu papel de Mãe, Irmã, Filha e Esposa; como Companheira, Amiga e Inspiradora do homem; ficaria embaraçado pela sua presença na Loja, e ela não teria proveito algum em ser admitida. Entretanto, quando se passassem os dias do ritualismo, quando, além de seu dever de salvaguarda do altar e de conservador da luz no campo de batalha, a Maçonaria retomar a sua prerrogativa de Instrutora e Iluminadora do gênero humano; e a Filosofia da Natureza e da Vida for desenvolvida em suas Escolas e Colégios, como faziam os Magos antigos; e quando, não temendo a perseguição do Potentado temporal ou do Sacerdote de um credo escravizador, a Luz puder brilhar para todos, então as portas da Iniciação real serão abertas tanto para a mulher como para o homem, como acontecia nas escolas de Pitágoras, como no-lo mostra Jamblico. A Antiga Sabedoria se preocupava muito com as Almas humanas, e procurava elevar a vida terrestre pela purificação e exaltação de seus Ideais. Ensina qua as almas não têm sexos, e que o sexo do corpo é um incidente da gestação.
“Nenhuma civilização conhecida pelo homem atingiu grandes alturas, ou manteve muito tempo a sua supremacia, desde que tenha aviltado a mulher. Com efeito, a Doutrina Secreta demonstra com uma clareza indubitável que o aviltamento sexual, sob qualquer forma, é um caminho seguro de degeneração e destruição tanto do homem como da mulher, assim como também das Nações, de um modo tão certo como dos indivíduos.”
Quando o Irmão Buck escreveu o trecho acima, não podia estar ao par do fato que a Fraternidade Rosa-Cruz aceitava as mulheres nas mesmas condições dos homens, em todos os seus graus. É por essa mesma razão que a Fraternidade Rosa-Cruz pode prosseguir sem perturbações, quando outras ordens foram perseguidas. É também por esta mesma razão que a Igreja Católica foi capaz de manter em seu seio quase tantos seres humanos quanto as outras igrejas combinadas. Elas reconhecem o Princípio Maternal em Deus e sabem que o homem e a mulher são um só. A Maçonaria Mística reconhece este principio e, embora não possa admitir a mulher à sua Iniciação cerimonial, dispõe de estatutos por meio dos quais elas podem atingir a mesma altura que o homem. Este é um plano inteligente, um plano estabelecido por aqueles que sabem e que não ignoram porque é que a Fraternidade Rosa-Cruz é tão forte e tão silenciosa.
Embora Maria de Magdala não pudesse ser discípula de Jesus e nem lhe fosse possível viajar com Ele e com seus discípulos, todavia, pôde receber d”Ele um ensino secreto e, quando outros, os seus mesmos discípulos mais de confiança, juraram que o não conheciam, Maria, a mulher, não teve medo de permanecer ao lado d”Ele. Que os Maçons Místicos se lembrem disso.
(A Loja Maçonica Sol do Oriente é uma Loja Mista)
O Autor
R. Swinburne Clymer.

TEMPLO "PAI JOÃO DE BENGUELA" - Regimento interno




TEMPLO ESPIRITUALISTA “SOL DO ORIENTE”
(UMBANDA)

REGIMENTO INTERNO

CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO

Art. 1º - O TEMPLO ESPIRITUALISTA “SOL DO Oriente”, de Umbanda, fundado nesta Cidade de Curitiba, no dia 20 de janeiro de 1942, com seus Estatutos aprovados em Assembléia Geral realizada em 30 de Setembro de 1947 e achando-se filiada à União Brasileira de Umbanda com o Diploma sob nº 25, está no gozo de todas as garantias constitucionais, visto como, na forma prescrita pelo Capítulo II, Artigo 141, parágrafo 7º, da Constituição de 18 de Setembro de 1946, adquiriu personalidade jurídica, registrando seu Estatuto no Registro de Imóveis, Títulos e Documentos do 2º Distrito da Capital (Cartório Alípio F. Maciel) e no Departamento de Divulgação e Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Paraná.

Art. 2º - Os seus direitos de livre união, bem como os de seus associados de professar o culto que professam e praticá-lo de acordo com o seu ritual e a sua liturgia, estão também garantidos pelos artigos 18º e 20º da Carta dos Direitos do Homem, aprovada pela Organização das Nações Unidas, na memorável sessão de 10 de Dezembro de 1948, sendo o Brasil uma das potências fiadoras da citada Carta.

Art. 3º - Conforme preceituam os seus Estatutos, bem como pelos ensinamentos e recomendações do seu Mestre Perfeito Pai João de Benguéla o Templo Espiritualista SOL DO ORIENTE trabalhará no desenvolvimento e pesquisas de todas as modalidades espiritualistas, especialmente em Magia Branca, usando, quando necessário, dos mesmos materiais de que usa a magia negra, para combate-la com eficiência, sob orientação segura dos Mestres das 7 LINHAS DE UMBANDA.

Art. 4º - O TEMPLO ESPIRITUALISTA “SOL DO ORIENTE” tem por objetivo ministrar os ensinamentos da doutrina de DEUS, irmanando seus associados dentro da caridade, Amor e Igualdade, proporcionando assim a quem necessitar, todo amparo em caso de moléstias físicas ou espiritual creando para tal fim Ambulatórios, Hospitais Asilos, Abrigos e Templos de Socorros Espirituais.

Art. 5º - São consideradas Festas obrigatórias no Terreiro, as seguintes datas:

20 de janeiro – consagrada a Oxóce.
23 de abril – consagrada a Ogum.
27 de setembro – consagrada a Cosme e Damião.
30 de setembro – consagrada a Xangô, nosso padroeiro.
8 de dezembro – consagrada a Yemanjá.
25 de dezembro – consagrada a Oxalá.


CAPÍTULO II

DOS TRABALHOS

Art. 6º - Os trabalhos Espirituais do Templo compõem-se de três ordens distintas, a saber:
a) 1º gráo – Plano Físico;
b) 2º gráo – Plano Mental
c) 3º gráo – Plano Astral.

§ único – Todos os três gráos são dirigidos pelo Espírito do Mestre Perfeito Pai João de Benguéla que indicará um Mestre Espiritual instrutor, para cada ordem.
1º GRÁO

Art. 7º - O 1º gráo - Plano Físico, ou simplesmente UMBANDA, divide-se em duas categorias, a saber:
1º gráo – Plano Físico, ou simplesmente UMBANDA, divide-se em duas categorias, a saber:

1º) – Trabalhos Teóricos;
2º) - Trabalhos Práticos.

Art. 8º - São considerados Trabalhos Teóricos, as sessões Doutrinárias de Catecismo, de Estudos e Instruções, etc., em que não haja exercício mediúnico, e Trabalhos Práticos todos aqueles em que forem utilizadas as faculdades mediúnicas.

§ único – Estas sessões serão distintas e terão o desenrolar segundo a sua natureza, serão todavia, uniformes na sua estrutura fundamental.

Trabalhos Teóricos:

Art. 9º - SESSÕES DOUTRINÁRIAS:serão realizadas em dias determinados e franqueado o ingresso a qualquer pessoa respeitosa da Religião, sendo ministradas e orientadas pelos 1º e 2º Oradores do Templo ou conferencistas especialmente convidados para esse fim.

Art. 10º - SESSÕES DE CATECISMO: serão realizadas aos Domingos pela manhã, exclusivamente para filhos de sócios e parentes menores de idade, sendo ministradas e orientadas pelos 1º e 2º Oradores do Templo ou pessoa devidamente autorizada pelos mesmos.

§ único – No Natal de cada ano, aos alunos melhores classificados em aproveitamento geral das lições de catecismo, serão conferidos prêmios à critério da Diretoria.

Art. 11º – SESSÕES DE ESTUDO E INSTRUÇÕES: Serão realizadas com a participação de elementos especialmente designados pelos Mestres Espirituais, sob a orientação de instrutores também indicados para esse fim.

TRABALHOS PRÁTICOS;

Art. 12º - SESSÕES DE DESENVOLVIMENTO e preparação dos médiuns serão levadas a efeito às 5ª feiras e terão caráter privado, delas participando sòmente pessoas designadas pelos Mestres Espirituais.

§ único – Será permitido às pessoas designadas para os trabalhos velados, fazerem-se acompanhar de parente próximo, que esteja enquadrado no Art. 4º e seu § único dos Estatutos em vigor, evitando-se desta maneira intromissão de extranhos aos trabalhos do Templo.

Art. 13º - SESSÕES DE VIBRAÇÕES, CURAS E RECEITUÁRIO serão realizadas às 3ª feiras e consideradas públicas, de Caridade, sendo permitida a assistência de pessoas extranhas ao quadro Social, na qualidade de CONSULENTES, E que serão reguladas na seguinte ordem:

a) – PRESENTES, quando os fiéis, na porta do Templo, em fila, receberão um cartão numerado, que deverão apresentar ao encarregado da Portaria, o qual anotará o nome dos consulentes numa ficha especial que será entregue ao Capitão do Terreiro que fará a chamada nominal para a consulta.

b) – AUSENTES, na qual o interessado fornecerá ao encarregado da Portaria, nome, idade e residência do consulente ausente, aguardando a indicação dos Mestres Espirituais.

c) – CORRENTE DE VIBRAÇÕES, devendo os fiéis, em fila, por ordem de chegada, darem os seus nomes na Portaria, aguardando no recinto do Templo a vez de serem chamados nominalmente.

Art. 14º - Para consultas perante os Guias, os fiéis serão chamados nominalmente pelo Capitão do Terreiro, correspondendo aos números dos seus cartões, podendo entretanto o Capitão, em caso de moléstia grave no fiel ou em pessoa de sua família para a qual vá consultar, contrariar esta ordem, assumindo inteira responsabilidade do seu ato perante o Mestre Espiritual dirigente do Templo e sem que assista a quem quer que seja o direito de reclamação.

Art. 15º - Serão distribuídos apenas 15 cartões numerados para cada Guia, não podendo consultar quem não for portador de tais cartões, salvo:

1º) - esteja livre antes de terminar a sessão o Guia que deseje consultar e consinta em atender mais algum fiél;

2º) Moléstia grave, com perigo de vida, no fiel ou pessoa para qual vá consultar;

3º) Fiel que resida fora da Cidade de Curitiba e por motivo de força maior não tenha podido chegar antes do início da sessão ou depois de esgotados os cartões numerados.

Art. 16º - Os fiéis inscritos para a corrente de vibrações, serão chamados nominalmente, de acordo com a anotação correspondente a sua chegada e após receberem os benefícios da corrente, deverão retirarem-se do Templo, afim de evitarem a formação de ambiente contrário e prejudicial aos trabalhos que se estão realizando.

Art. 17º - SESSÕES DE EFEITO FÍSICO E MATERIALIZAÇÃO terão seus elementos escolhidos pelos Mestres Espirituais do Templo quanto a sua capacidade mediúnica, ficando subordinados ao instrutor indicado pelo Mestre Espiritual dirigente do Templo.

Art. 18º - SESSÕES DE MESA, integradas dentro da filosofia UMBANDISTA, compor-se-hão de elementos especialmente selecionados e indicados pelos Mestres Espirituais do Templo, sob a presidência de um membro do Conselho 33, designado pelo Mestre Espiritual dirigente do Templo.

2º GRÁO:

Art. 19º - O 2º grão – Plano Mental, será constituído pelos membros já a este gráo pertencentes e os que forem designados pelo Mestre Espiritual dirigente do Templo ou pelo Mestre Espiritual Instrutor responsável pelo mesmo grão.

§ único – Os elementos pertencentes a este gráo são partes integrantes dos trabalhos do Templo, estando portanto, sujeitos aos deveres e penalidades cominadas no Estatuto e no presente Regimento.

Art. 20º - A ordem interna dos trabalhos reger-se-á por Regulamentos e Rituais privados, aprovados pelo Mestre Espiritual dirigente do Templo.

§ único – Os trabalhos realisados deverão ficar registrados em livro especialmente destinado e suas deliberações materiais levadas ao conhecimento da Diretoria para que esta tome as necessárias providências que o caso requer.

3º GRÁO:

Art. 21º - O 3º gráo – Plano Astral, será constituído pelos membros já a este grão pertencentes e os que forem especialmente designados pelo Mestre Espiritual Dirigente do Templo.

§ único – Os elementos pertencentes a este gráo são partes integrantes dos trabalhos do Templo, estando portanto, sujeitos aos deveres e penalidades cominadas no Estatuto e no presente Regimento.

Art. 22º - A ordem interna dos trabalhos reger-se-á por Regulamentos e Rituais privados, aprovados pelo Mestre Espiritual dirigente do Templo.

§ único – Os trabalhos realisados deverão ficar registrados em livro especialmente destinado e suas deliberações materiais levadas ao conhecimento da Diretoria para que sejam tomadas as providências necessárias que o caso requer.

Art. 23º - O horário das sessôes será regulado da seguinte forma:

1º) 0 as sessões públicas terão início às 20,00 horas, terminando às 23,00 horas, salvo determinação do Mestre Espiritual dirigente do do Templo, poderá esse prazo ser excedido.
2º) 0 as demais sessões terão início às 20,30 horas, terminando às horas determinadas pelos Mestres Espirituais responsáveis pelos respectivos trabalhos.

Art. 24º - São considerados períodos inativos em trabalhos de Umbanda, os compreendidos de, vespera de Carnaval até 6º-feira da Paixão, e de 1º de Outubro até 2 de novembro, devendo os médiuns e cambônes descansarem justas e merecidas fperias durante estes dois períodos.

§ único - Durante as férias, os médiuns prontos e autorizados pelo Mestre Espiritual dirigente do Templo, deverão atender, quando solicitados, os casos de moléstia grave, com perigo de vida, comunicando posteriormente ao Capitão do Terreiro, o qual, por sua vez dará conhecimento à Diretoria, para que sejam devidamente escriturados em seus devidos fins.

Art. 25º - Não serão realizados trabalhos preferenciais de caráter exclusivo, sendo os trabalhos feitos em benefício daqueles que necessitem, ficando a cargo dos Mestres Espirituais a determinação de trabalhos Especiais.

Art. 26º - Não será permitida, sob qualquer pretexto, a permanencia de pessoas não pertencentes a corrente, dentro do Terreiro durante os trabalhos, sem estarem autorisados pelo Mestre Espiritual dirigente do trabalho.

Art. 27º - Toda e qualquer visita para assistir a trabalhos do Templo, excepto as sessões públicas de Caridade, só serão permitidas por ordem expressa do Mestre Espiritual dirigente do Templo.

CAPÍTULO III

DA ABERTURA E DO ENCERRAMENTO DAS SESSÕES


Art. 28° - Para cada natureza de trabalho, será observado rigorosamente o Ritual determinado pelos Mestres Espirituais, excepto nas sessões públicas de Caridade, quando o Altar permanecerá fechado durante os trabalhos.

§ único – Todas as sessões realisadas no Templo, serão iniciadas e encerradas com preces e em nome de DEUS, proferidas pelo Capitão do Terreiro, sendo acompanhado pelos assistentes que postar-se-ão de pé, com o máximo respeito.

CAPÍTULO IV

DA ASSISTÊNCIA

Art. 29º - A assistência, como integrante eventual da corrente, é obrigada a:

1º) - chegar ao Templo antes das 20 horas, indicando o nome na Portaria, para o fim que deseje solicitar;

2º) - portar-se com o máximo respeito, não conversando, não fumar e não cruzando as pernas ou os braços durante a sessão;

3º) - só entrar no Terreiro depois de haver sido chamado nominalmente pelo Capitão do Terreiro;

4º) - não consultar mais de um Guia na mesma sessão e se estiver aos cuidados de um determinado Guia, não deve consultar com outros;

5º - entre uma consulta e outra, devem decorrer no mínimo 30 dias, salvo indicação do Guia aos cambônes que anotarão nova consulta prévia;

6º) - não fazer aos Guias pedidos subalternos, nem tomar inutilmente o tempo dos mesmos com consultas interesseiras e perguntas frívolas e futeis, porque estará assim prejudicando os demais fiéis necessitados, constituindo isto falta de caridade;

7º - não pedir castigo para seus semelhantes;

8º)- não discutir, com quer que seja, dentro do Templo, pedindo providencias ao Capitão do Terreiro se fôr ofendido;

9º) - comunicar, imediatamente ao Capitão do Terreiro quando alguma "entidade" lhe pedir pagamento ou qualquer favor para o seu médium em troca de trabalho espiritual ou lhe fizer qualquer proposta menos digna, especialmente no terreno sexual, porque neste caso o médium es´tará mistificando e deverá ser expulso da corrente publicamente para exemplo dos demais e em defesa do bom nome do Templo e dos sãos princípios da UMBANDA.

10º - fazer também comunicação e para os mesmos fins quando tais fatos ocorram fora do Templo mas em virtude de conhecimento nele travado;

11º) - não se levantar para ver o que se passa no Terreiro, demonstrando sua curiosidade nem procurar ouvir a conversa de outros assistentes com os Guias;

12º) - não se imiscuir nos trabalhos do Templo;

13º) - fazer a caridade de não voltar ao Templo se não gostar do nosso sistema de trabalho ou se achar que a nossa corrente é fraca;

14º) - não se julgar superior nem inferior a outro qualquer assistente;

15º) - confiar igualmente nos Guias do Templo, pois os mesmos trabalham em conjunto, sob as ordens do Mestre Perfeito Pai João de Benguela, chefe espiritual dirigente do Templo, que os socorre com a sua luz quando necessário e sem a nossa intervenção;

16º) - seguir os ensinamentos e conselhos dos Mestres Espirituais, não procurando engana-los pois além de o não conseguirem, provocarão o desinteresse deles pelos seus casos;

17º) - e finalmente, pautar sua conduta dentro dos sãos principios da motal cristã.

CAPÍTULO V

DOS ASSOCIADOS

Art. 30º - Os associados que não fizerem parte da corrente, além dos direitos e deveres previstos nos Capítulos 5º, 6º e 7º dos Estatutos em vigôr, pódem e devem:
1º) - fazer uso da Biblioteca do Templo, respeitando o seu Regulamento;
2º) - frequentar as dependencias sociais desfrutando as utilidades dos seus salões, nos dias designados para esse fim;
3º) - fazer jús à socorros dos Ambulatórios Médico-Farmaceuticos e asistencia espiritual quando necessitado, a juizo dos Mestres Espirituais do Templo ou da Comissão de Beneficiência;
4º) - comunicar à Diretoria do Templo ou ao Tesoureiro, qualquer mudança no endereço de residência ou local de cobrança.
Art. 31º - A proposta de admissão de sócio, apresentada em sessão de Diretoria, será submetida a aprovação ou rejeição, não cabendo ao sócio proponente qualquer interpelação sobre o assunto deliberado.
CAPITULO XXI

CONCLUSÃO

Art. 98º - Os casos omissos serão resolvidos por analogia e quando tal fôr impossível, deverão ser submetidos ao arbítrio do Mestre Perfeito Pai João de Benguela, que é absoluto e tem autoridade para dizer a última palavra sôbre qualquer assunto, que depois de resolvido por ele, não mais comportará discussão.

Templo Espiritualista "Sol do Oriente" em Curitiba, Capital do Estado do Paraná, em 29 de Março de 195l.

COMISSÃO ORGANIZADORA:

Segismundo Charneski
José Orlandini Lopes
Elpidio Silva

INTRODUÇÃO - HIERARQUIA OCULTA

INTRODUÇÃO – HIERARQUIA OCULTA

Este trabalho resulta da experiência de um dos grandes Mestres Ocultos, que no silêncio e no anonimato tem conseguido grandes conquistas para a humanidade, elevando sempre o nível espiritual das almas em evolução neste planeta.
Mestre Zanon (conforme se apresenta para nosso amigo H.R.), o seu nome é um dos muitos que teve, e a sua forma, uma das inúmeras que construiu na sua longa peregrinação pelo mundo físico. E como ele próprio diz, “não são os nomes que importam, eles são meros rótulos” (alguma semelhança com o que disse o Caboclo das Sete Encruzilhadas?), porque a mente concreta do ser humano ainda necessita rotular as coisas para melhor compreende-las. (Por isso a necessidade frenética que os “umbandistas” têm de rotular – Umbanda – Caboclo das Sete Encruzilhadas – Sr. Zélio de Moraes, deixando em segundo plano os ensinamentos, as mensagens e a vivência.)
O que Zanon relata e o que pretende é chamar a atenção de todos aqueles que seguem a senda oculta rumo à Hierarquia, para o trabalho de todas as almas libertas da roda dos karmas, iluminadas pelas suas ações e experiências constantes que lhes permitiram uma expansão e unificação dos seus “eus”, dos seus diversos níveis de consciência e que estão, como sempre estiveram, ativas, e mais ativas ainda neste momento importante de transição e transformação da humanidade.
Estas mensagens mais parecem aulas, e o mais importante para nós é aquilo que está implícito, escrito nas entrelinhas, para que aqueles autênticos pesquisadores e buscadores das coisas espirituais e esotéricas consigam encontrar e incorporar ao seu sistema evolutivo individual.
Não foi intenção de Mestre Zanon descrever esquemas complicados, mas levar o leitor não só à expansão de sua mente e consciência, como também lhe dar compreensão mais ampla do Governo Oculto do Mundo ou do Trabalho da Hierarquia Oculta, tendo todo o cuidado de evitar os rótulos para não condicionar as mentes a teorias, a métodos, a padrões que as possam levar a uma distorsão da ação dinâmica que a Hierarquia de Seres iluminados e libertos manifestam. (Este o motivo porque a Umbanda jamais terá uma codificação. Codificação leva as personalidades a criarem dogmas no sentido de apropriação de uma religião, seita, ou outra denominação que seja).

Como muito bem diz o Mestre Djwhal Khul por intermédio de Alice A. Bailey, no livro “Um tratado Sobre Magia Branca”: (como se vê, Magia Branca não é propriedade de Umbanda Branca: deixemos de fanatismo):
“A Hierarquia do planeta constitui simbolicamente o centro coronário (chakra coronário) da humanidade e suas forças constituem as forças cerebrais. No plano físico há um grande grupo de aspirantes, discípulos probatórios e discípulos aceites que estão procurando contatar com o centro coronário, alguns consciente, outros inconscientemente. Eles são recolhidos de todos os campos de expressão, mas são todos criativos numa forma ou outra.
A Hierarquia dos Mestres, dos iniciados maiores e discípulos está progredindo firmemente com aquele trabalho, (“O Trabalho”, os Mestres dizem que se refere à grande expansão da mente e da consciência que a Hierarquia, com todos os seus Mestres e discípulos, está trabalhando para que o máximo possível de seres humanos atinja níveis superiores de evolução e assim possa se autolibertar e auto-iluminar.), mas depende, sob a lei, daqueles no plano físico que deverão produzir as formas exteriores. Se estes falharem em responder, haverá um atraso ou construção errada: se fizerem erros, haverá perda de tempo e de energia e novamente atraso; se perderem interesse e pararem de trabalhar, ou ficarem primeiramente interessados em seus próprios afazeres e personalidades, o Plano terá que esperar e a energia que de outra maneira estaria disponível para a solução dos problemas humanos e a orientação da humanidade, terá que encontrar sua saída em outras direções. Não há coisa alguma estática no processo criativo; a energia que flui na pulsação da vida una e sua atividade rítmica e cíclica – nunca terminando e nunca descansando – precisa ser utilizada em algum lugar e precisa encontrar seu caminho para alguma direção; muitas das vezes (quando o homem fracassa em seu dever) com catastróficos resultados. O propósito correto dos aspirantes e discípulos do mundo, é ombrearem suas responsabilidades grupais, submergirem suas personalidades e alcançarem a verdadeira realização.
A humanidade precisa ser mais diligente e mais inteligente na elaboração de seu verdadeiro destino e obrigações kármicas. Quando os homens estiverem universalmente em contato com os “executores do Plano” e suas mentes e cérebros estiverem iluminados pela Luz da Intuição, da Alma e da Mente Universal, quando eles puderem treinar-se e responder inteligentemente aos impulsos periódicos que ciclicamente emanam do lado interno da vida, então haverá um firme ajustamento entre a vida e a forma e uma rápida melhora das condições mundiais.”
Inserimos este texto da obra de Alice A. Bailey porque achamos que é hora de chamar a atenção para o trabalho dos verdadeiros discípulos dos Mestres Ocultos que passaram pelo plano físico, e para aqueles que presentemente encontram-se entre vós, cuidando para que o Plano possa ser cumprido pela humanidade. E é precisamente esta uma das vária intenções de Zanon ao revelar um pouco do que é realmente esse Plano. Na continuação deste trabalho tomareis mais um pouco de consciência e compreensão de que a humanidade nunca esteve sozinha. Almas cheias de amor universal trabalham ativamente para elevar os níveis de consciência, expandir a mente, a sensibilidade, a compreensão do verdadeiro sentido da vida universal, elevando a energia e a luz espiritual dentro de cada um, para que atinja a sua própria auto libertação e auto-iluminação.
Os nomes de “mestre”, “mentor” ou outros que o ser humano costuma nos rotular não têm significado algum para nós. São rótulos, porque muitos não sabem raciocinar de outra forma, mas a sua consciência maior não necessita de nomes nem de rótulos, pois todos gradualmente nos fundiremos na Luz Maior, na grande energia eletrônica cósmica consciente e inteligente, que também chamamos de Deus Criador, mas sem perder nossas individualidades nem nossas parcelas ou células da consciência cósmica que cada um representa.
É importante que comecem a tomar consciência e a compreender melhor a ação dinâmica dessas consciências luminosas que trabalham para elevar a humanidade e o planeta a um estado de paz, de justiça, de liberdade, de harmonia e equilíbrio, de amor universal, de sabedoria, de luz e fraternidade, sem rótulos nem barreiras ou divisões.
Esperamos que esta obra seja muito útil para todos. Ela é muito profunda. É um bonito trabalho que Zanon, juntamente com nosso amigo e companheiro H.R., conseguiram trazer para a humanidade.
Existe um Governo Oculto do Mundo ou, como em esoterismo é mais conhecido, uma Hierarquia Oculta que é formada por Seres de Luz e, pelo fato de a maioria não ter dela conhecimento nem conseguir ainda contata-la, não prova que não exista. Mas um dia ela se exteriorizará. Esse é um dos trabalhos que esse Grupo de Servidos do Mundo, os Obreiros, estão também executando no plano físico. Então saberão que ela é real como o planeta e que sem ela, sem sua administração, sua ajuda e muitas vezes sua intervenção, os homens, há muito tempo, teriam acabado com o planeta.

Akhenaton