13.11.10

TEMPLO ESPIRITUALISTA SOL DO ORIENTE (UMBANDA) - CRISTÃOS ORIENTAIS

181.Os Cristãos Orientais consideravam o dogma da unidade de Deus como um mistérios e viam nela uma manifestação Divina. Portanto, só transmitiam conhecimento dela à iniciação, que mantinham em grande segredo. Praticavam a moralidade ordenada pelo Filho de Maria, porém não acreditavam na sua divindade; pois, somente os que seguiam as tradições Gnosticas e Cabalísticas o consideravam Irmão Maior.

182. “Os Cavaleiros da Cruz que chegaram a conhecer os dogmas e mistérios dos Cristãos do Oriente, ao voltarem para a Europa, foram obrigados a manter essa iniciação ainda mais secreta, pois a simples desconfiança dessa crença seria o bastante para levar esses professos da nova religião ao patíbulo e à fogueira”.

183. Com relação ao laço que existia entre os ensinos dos Cavaleiros do Templo e os dos Gnosticos (o “G” Maçônico não significa, nem nunca significou Geometria, mas sim “Gnose”, a alma), é bom citar o Abade Gregoire, que assim se expressa:

184. “A Ordem do Templo, surgiu da Ordem do Oriente, cujo berço foi o antigo Egito. A Ordem do Oriente comprendia diversas ordens ou classes de adeptos. Os adeptos da primeira ordem eram ao mesmo tempo, legisladores, juizes e pontífices.

186. “Sua política era oposta a toda propagação do conhecimento metafísico e das ciências naturais, de que se fizeram os únicos depositários; e todo aquele que ousasse revelar os segredos reservados aos iniciados na ordem da hierarquia sacerdotal, seria punido com a mais terrível severidade. Davam ao povo apenas emblemas ininteligíveis que constituíam a teologia exotérica, a qual era um amontoado de dogmas absurdos e práticas extravagantes tendentes a dar maior ascendência à superstição e fortalecer o governo.

187. Moisés foi iniciado no Egito. Era profundamente versado nos mistérios teológicos, físicos e metafísicos dos sacerdotes. Aarão, seu irmão, e os outros chefes hebreus se tornaram depositários dessas doutrinas. Esses chefes ou Levitas, se dividiam em varias classes, conforme os costumes dos padres egípcios.

188. Mais tarde, veio ao mundo o Filho de Deus. Foi educado na escola de Alexandria. Cheio de um espírito inteiramente Divino, dotado da mais admirável inteligência, conseguiu alcançar todos os graus da Iniciação Egípcia (Essenia).

189. Ao voltar para Jerusalém, apresentou-se aos chefes da Sinagoga, e apontou-lhes as numerosas alterações por que passava a Lei de Moisés nas mãos dos Levitas; confundiu-os pelo poder de Seu espírito e a extensão de seu conhecimento: porém os sacerdotes judeus, cegos pelas suas paixões, persistiram em seus erros.

190. Entretanto, chegara o momento para o Cristo, dirigindo os frutos de Suas elevadas meditações para a civilização universal e o bem-estar do mundo, rasgar o véu que encobria a verdade ao povo, pregar o amor ao próximo e a igualdade de todos os homens perante o Pai comum. Finalmente, consagrando por um sacrifício digno de Filho de Deus as doutrinas celestes que viera espalhar, estabeleceu para sempre na terra, pelos Seus Evangelhos, a religião escrita no Livro da Eternidade.

191. Jesus concedeu aos Seus discípulos a Iniciação evangélica, fazendo Seu espírito descer neles, dividiu-os em diversas ordens, conforme o costume dos padres Egípcios e Hebreus, e colocou-os sob a autoridade de S.João, seu discípulo amado, a quem fez pontífice e patriarca Supremo.

12.11.10

UMBANDA - SÃO JOÃO BATISTA - MAÇONARIA MISTICA ORIENTAL

PONTO DE UMBANDA – LINHA DO ORIENTE

São João Batista vem, vem, minha gente
Vem chegando de Aruanda
Salve o povo cor de rosa
Salve os Filhos de Umbanda

161. Diz o Barão Hans Ecker von Eckhoffen, no seu tratado, ao escrever sobre os Irmãos Asiáticos: “Esses escritos datam de 1510; mostram que uma corporação de Místicos era conhecida naquele período; esses Cavaleiros da Ásia também se denominavam Cavaleiros de S.João, e é fato curioso observar que um dos registros maçônicos que produziu uma infinidade de discussão e também de dissensão, entre os Maçons, é o célebre “Registro de Colônia”, que é datado de 1535, e no qual se fala de uma Ordem de São João. Esse documento foi um verdadeiro pomo de discórdia entre os Maçons materialistas e os místicos, tendo sido publicados muitos escritos de polemica sobre esse assunto: Os Místicos pretendem (e com razão) que é verdadeiro tanto perante provas externas como internas; ao passo que os materialistas o rejeitam, pois recusam todas essas provas.

162. “No registro se encontra o nome de Philippe Melancthon – o amigo e cooperador de Martim Luthero – que aparece como Irmão da Ordem dos Franco-Maçons. Esse documento mostra também que era conhecida nas diversas partes do mundo uma sociedade secreta que existia antes de 1440 sob o nome de “Fraternidade de São João”, e desde então, até 1535, sob o título de “Ordem Joanita de Franco-Maçons”, ou “Fraternidade Maçônica”.

163. “Essa Sociedade (a atual corporação Maçônica) foi reformada e reconstruída em 1717, que é a data geralmente aceita pelos maçons materialistas e não místicos. Tornou-se mais atéia em suas opiniões e mais democrática em suas tendências.

164. Entre outras coisas profundamente interessantes, a “Carta de Colônia” contém o seguinte trecho:

165. “A Fraternidade ou Ordem dos Franco-Maçons, ligados conforme as Santas Regras de São João, não tem sua origem nem dos Templários, nem de qualquer outra ordem temporal ou espiritual de Cavalaria, porém é mais antiga do que todas as Ordens semelhantes, e existiu na Palestina e na Grécia, assim como nas diversas partes do Império Romano. A nossa Fraternidade surgiu antes das Cruzadas; em certa ocasião, em conseqüência da luta entre as seitas que ensinavam a moral Cristã, um pequeno número de iniciados – que receberam os verdadeiros ensinos da virtude e a exposição sensível do ensino secreto – se afastou da massa”.

166. “Conforme esse registro, foi dada a seguinte razão para a adoção do nome: Os Mestres dessa confederação foram chamados Irmão de São João, porque tinham escolhido João Batista, o precursor da Luz do Mundo, como seu modelo e exemplo”.

167. “É bom acrescentar aqui alguns detalhes sobre os Cavaleiros do Templo, pois que se acham muito intimamente ligados à Ordem Maçônica; esses detalhes servirão para mostrar o aspecto íntimo de suas tradições. Muito foi escrito sobre eles e a sua história – sob um aspecto – é mais bem conhecida do que a de quase todas as outras organizações místicas, porém não está esclarecido bastante que tivessem um ensino secreto. Neaf mostra, em suas “Investigações sobre as Opiniões religiosas dos Templários”, que entre eles havia uma doutrina secreta. Indica que os Cavaleiros consideravam que a Igreja Romana tinha falhado em seu ideal, e que, quando as terríveis perseguições caíram sobre eles, se dividiram e entraram em duas associações diferentes: uma era a corporação Maçônica e outra a chamada Joanita. Outro autor, Jules Loiseleur, indica a relação entre os Templários e os Bogomiles, que eram os Manicheus das Províncias Balkanicas, e os Gnosticos do primitivo período do Cristianismo e seus descendentes, os Catharos da Idade Média. O Dr. Simrock, em sua obra, sugere uma idéia profundamente interessante entre a tradição do Santo Vaso (S.Graal) e os ensinos secretos dos Templários; considera que a tradição do Vaso sagrado, que foi tirada de alguma parte dos Evangelhos Apócrifos, é a base dos Ensinos Secretos dos Templários. Algumas dos fontes primitivas da tradição são dadas pelo autor do Sarsena, e também a relação entre os Templários e os Essênios (Rosa-Cruzes).

168. Todos esses laços são importantes para compreendermos a relação intima entre essas diversas organizações e também como é que uma saiu de outra.

169. “Tomando em partes iguais as regras de sua Ordem e as dos cristãos, eles (os Cabalistas) estabeleceram um paralelo com os livros de Moisés e os registros dos Magos, e formaram com todo esse novo material uma nova Fraternidade, à qual levaram certas regras que podiam existir em harmonia com as dos cristãos. Durante as Cruzadas, havia diversas ordens de objetivos muito diversos; e entre muitas outras, no ano de 1118, os Cavaleiros do Templo, aos quais os Magos se uniram, fazendo-os participarem de seus princípios e mistérios. A queda dos Templários e a destruição completa da Ordem pelo Conselho de Viena em 1311, foi devida ao fato de que todo o conhecimento que podemos considerar parte da Sabedoria dos Antigos Magos e também as Ciências Naturais, começaram a perder-se naquele tempo. Há uma seção de Franco-Maçons que considera a Franco-Maçonaria a restauração da Ordem dos Templários, e os sistemas da Grande Loja Alemã e dos Irmãos Suecos certamente têm grandes relações com ela. Conforme esses sistemas e especialmente conforme os diversos sistemas ligados a essa Ordem particular, a Franco-Maçonaria é uma concepção Mística das principais doutrinas do Cristianismo, o Mestre que foi assassinado não sendo outro senão o Cristo! Apresenta-se aqui francamente a pergunta: Tinham realmente os ensinos do Cristo Mistérios, doutrinas impenetráveis e imcompreensíveis, que deveiam ser apenas esclarecidas para um pequeno numero de discípulos especialmente escolhidos, e não eram os Essênios (os Rosas-Cruzes) a corporação no meio da qual aprendera esses Mistérios? Com efeito, os Essênios (Rosas-Cruzes) exigiam dos iniciados moderação, justiça, abstenção de ofensa, amor à Verdade e a detestação do mal; a água benta fazia parte do Ritual de admissão aos mais altos graus, e João havia dito: “Arrependei-vos e batizai-vos”. Cristo, que tivera uma vida sem mancha, deixou-se batizar. Não vos leva isso à mais certa conclusão de que Cristo, e mais ainda João, era iniciado dos Essênios? Se tivéssemos bastantes documentos para provar a verdade histórica dessa afirmação, ficaria perfeitamente claro o motivo para João (o Batista), que derramou seu sangue pela Verdade e o Bem, ser escolhido como Patrono da Ordem atual e de quase tudo o que a precedeu. A conservação do Dia de São João Batista como Dia de Festa para os Franco-Maçons é apresentada como confirmação da idéia de que, por mais de seiscentos anos, os Franco-Maçons se identificaram com os “Cavaleiros de S.João” (Johannrittern), e que São João fora escolhido como Patrono das duas Ordens. E como é certo que grande parte do ritual de Recepção significava coisa muita diversa do que aquilo que a substituiu ultimamente, será muito fácil que haja alguma verdade nessa afirmação. Pois é tão pouco verdade que os Franco_maçons se identificaram há seis séculos com os ´Cavaleiros de São João´ como o é que coroem agora o Mestre, Hiram, na Loja com verdadeiro interesse. Como foi dito acima, Cristo não fundou sociedade secreta, mas expôs Seus ensinos apenas gradualmente, em relação à sua Significação interna, pois disse: “Tenho muitas coisas a dizer-vos, porém ainda não podeis suporta-las”. Após a sua morte, a doutrina pura foi falseada por adições, porém é possível que a sua pureza e simplicidade primitiva fosse conservada, e se assim fosse, onde seria senão em alguma Ordem? Na Igreja Cristã Primitiva, havia uma disciplina arcani, e desse modo eram os Mistérios transmitidos entre os poucos e até no tempo das Cruzadas ainda viviam descendentes dos Essênios. A Ordem dos Cavaleiros do Templo foi fundada no ano de 1113 por Gottfried von Saint Omar, Hugo de Paiens e sete outros, cujos nomes não são conhecidos. Consagraram-se ao serviço de Deus conforme a forma do Conicorum Regularium, e fizerem votos solenes perante o Bispo de Jerusalém. Balduino Segundo, em consideração ao ofício desses sete servidores de Deus, lhes concedeu uma casa próxima do Templo de Salomão. Eles se ligaram com alguns Essênios (Rosas-Cruzes) que formavam uma sociedade secreta constituída de cristãos virtuosos e verdadeiros investigadores da Verdade na Natureza e também aprenderam seus segredos. Está fora de dúvidas que os Templários tinham Mistérios. A Ordem tinha cerimônias secretas para admissão, se vangloriava disso e, por esse motivo, muitos de seus membros sofreram o martírio. A Ordem dos Cavaleiros do Templo continha muitas dentre as melhores e maiores mentalidades creadoras da Franco-Maçonaria; e, como se sabe, houve muitos ramos da Franco-Maçonaria que se dedicaram à restauração dos Templários. O rito Joanita e outros ensinaram essa origem muito antes que a “Estrita Observância” se tornasse geralmente conhecida, a qual insistiu na restauração dos Templários como sendo a mais alta aspiração dos Mistérios. Se considerarmos cuidadosamente a semelhança entre os costumes das duas Ordens, veremos que a Recepção e outras cerimônias da Ordem dos Franco-Maçons se relacionam com as dos Cavaleiros do Templo tão exatamente que podemos dizer positivamente que os Franco-Maçons conservam no seu seio os Mistérios dos Templários e os transmitem. O modo de proceder dos Templários prova que possuíam segredos: os Franco-Maçons pretendem que procedem da mesma forma, pois, de grau em grau, o Aspirante é informado que mais adiante aprenderá mais ainda. Mais o que? Também isso é um segredo. Nove Irmãos formaram a Ordem dos Templários; o numero principal e hieroglífico dos Franco-Maçons é três vezes três. Os Templários praticavam o Serviço Divino em lugares que eram interditos. Pelas mais estritas observâncias os reservavam para si (ou os punham de lado), apelando para os direitos de seus avós.

170. “Os Irmãos Templários”, diz Roessler, “eram conforme os seus estatutos, como que Irmãos Hospitalares, divididos em três classes: 1 – a classe dos servos, que cuidava, sem distinção, dos peregrinos e dos Templários doentes; 2 – a dos Irmãos Espirituais, destinada ao serviço dos peregrinos; 3 – a dos Cavaleiros, que iam à guerra.

171. “Encontramos nas Instruções do Cavaleiro do Oriente, as quais estudam o fundamento dos Cavaleiros do Templo e a disseminação de seus ensinos na Europa, as seguintes declarações sobre esse assunto.

172. “Oitenta e um Maçons, sob a direção de Garimonts, Patriarca de Jerusalém, ano de 1150, partiram para a Europa e se apresentaram ao Bispo de Upsal, que os recebeu muito amigavelmente, sendo assim, iniciado nos Mistérios dos Coptas, que os Maçons haviam levado consigo; mais tarde foi-lhe confiado o deposito da coleção desses ensinos, ritos e mistérios. O Bispo teve o trabalho de guarda-los e esconde-los nas arcadas subterrâneas da torre das “Quatro Coroas”, que, naquele tempo, eram os depósitos do tesouro da coroa real da Suécia. Nove dentre esses Maçons, entre eles Hugo de Paganis, fundaram na Europa a Ordem dos Cavaleiros do Templo; depois receberam do Bispo os dogmas, mistérios e ensinos dos Padres Coptas, a ele confiados.

173. “Assim, em pouco tempo, os Cavaleiros do Templo se tornaram os recepientes e depositários dos Mistérios, Ritos e Cerimônias que haviam sido trazidos pelos Maçons do Oriente – os Levitas da verdadeira luz.

DO LIVRO ANTIGA MAÇONARIA MISTICA ORIENTAL – Dr. R. SWINBURNE CLYMER.

OBSERVAÇÃO MINHA. O LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA FOI PUBLICADO SOB OS AUSPÍCIOS DA “ORDEM DOS CAVALEIROS DA GRAN CRUZ”, NO TEMPLO DE PAI JOÃO DE BENGUELA.

3.11.10

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - 7 LINHAS DE UMBANDA

UMBANDA - AS SUAS SETE LINHAS


UMBANDA – vocábulo que traz consigo vibrações e encerra sete caractéres; por si já é uma entidade Kabalística, pois corresponde de forma habilidosa a Sétima (Sétima são os princípios básicos em todas as cousas da creação – Princípios de Hermes) muito bem conhecida.
Todos os desenvolvimentos se fazem em sete; os envolucros em análise anterior, vimos que podem ser desdobrados em sete. Na sua organização não podia Umbanda fugir a esta sequência; seus fundamentos, entretanto, são ocultos para melhor ação e desenvolvimento na terra, visto o fim a que se destina.
A Lei é única mas, para bom trabalho, para boa organização, foi necessário ramifica-la para, nessas ramificações, catalogar as creaturas de acordo com os misteres de que são investidas e se ocupam; não seria aconselhavel ao que cura estar ligado aos trabalhos do que doutrina, e este, ao que maneja as forças mágicas e assim, sucessivamente.
Para boa ordem e melhor aproveitamento foi, pelos Senhores do Karma, ramificada a Umbanda em sete partes, designadas pela denominação de – Linhas de Umbanda.
Assim procedendo ainda não ficava, por certo, entre a infinidade de creaturas de Umbanda, estabelecido uma segura forma de enquadramento para as diversas modalidades de trabalhos, próprias dos seus elementos.
Em prosseguimento, por desígnio dos Senhores que crearam a sabedoria, se fez sentir novo desenvolvimento, deu-se sucessão as cousas e aos elementos componentes, ficando então clara e patente a organização em todos os seus detalhes.
Das linhas básicas ou – Linhas de Umbanda – originaram-se outras, destas, outras e assim sucessivamente. Cada uma destas linhas foi se dividindo, subdividindo até formar uma sucessão de sete; cada linha dividia-se em sete e estas em outras sete, até que se fez uma divisão de sete vezes sete.
As linhas bases de Umbanda são as principais e são as que melhor têm que ser conhecidas; as que lhes seguem, enquadradas estão em seus fundamentos e delas fazem parte; são chamadas – Sub-linhas de Umbanda.
Cada Linha possue sete Sub-linhas (a organização é perfeita) e todas estão em ligação permanente com as que lhes são imediatamente superiores em tarefa e em missão, contudo agem por sua própria responsabilidade. É bem de ver que seus atos são todos devidamente pezados e aqueles que trabalham respondem pelo que fizerem.
As linhas bases possuem entidades que as dirigem, orientam e trabalham para evolução de todos os seres que lhes estão afetos. As Sub-linhas possuem também os que norteiam e respondem por todos os trabalhadores a elas pertencentes e assim se faz até a última.
Nas sete Linhas de Umbanda aparecem como entidades espirituais que as dirigem e que inandam com sua aura toda a Linha, as seguintes Luzes:
IAMANJÁ, dando a Linha a denominação – IAMANJÁ – cujos caractéres, nuances, virtudes e qualidades de seus trabalhadores em prosseguimento vamos, se o engenho e a compreensão ajudar, vos faz sentir;

INHASÃ, dando a Linha a denominação de – INHASÃ -.

XANGÔ, com fé e abnegação, que dá a Linha Xangô o nome – XANGÔ - .

OXOCE, desbravador, cheio de doçura, que dá à Linha a denominação – OXOCE -.

OGUM – o guerreiro – Linha de OGUM.

SENHOR DO BONFIM, linha da fé, dos corações sofredores – Linha do SENHOR DO BONFIM.

Finalmente como um véo, humilde e simples, a que é devoção é sacrifício e que a vossa imaginação não alcança os espinhos da missão que traz, é Cruz das Almas, que dá a Linha a denominação de – CRUZ DAS ALMAS.

Aí estão as Linhas de Umbanda, as principais, as básicas e sua denominação no Ritual, em ordem decrescente de evolução dos entes que nelas trabalham, contudo não deve servir esta distribuição para um julgamento apurado do grao de evolução dos espíritos que trabalham em Umbanda.
Muito humildes apresentam-se os filhos da sétima linha – LINHA CRUZ DAS ALMAS -, cujo nome do próprio chefe espiritual guardam incógnito, no entanto, podem nela trabalhar sem qualquer vestígio de grandeza, verdadeiros magos da magia, Mestres na doçura ou Espíritos que, pela meiguice, catequizam os transviados e perversos.
Todas estas linhas são harmônicas entre si e estão ligadas nos seus trabalhos; não fazem separação do todo; unicamente são linhas com modalidades de trabalho próprias, para assim mais produzirem em benefício do conjunto, do todo, da Umbanda.
O organismo físico possue órgãos, aparelhos, sistemas, no entando trabalham em harmonia para a vida do próprio conjunto, para sua própria existência; em separado nenhum deles lograria êxito, sucumbindo, por certo, pela falta de elementos; unidos, congregados, robustecem-se e desempenham as missões, fortalecendo sua individualidade, estruturando o todo.
Soube ser perfeita a Sabedoria Divina.


LINHA DE IAMANJÁ

IAMANJÁ! Iamanjá pela denominação já traduz a Divindade que assim procuramos nomear.
Na vibração dos Divinos princípios do universo, é fonte Divina de emanção, pureza e perfeição, é a meiguice, é a harmonia sintetizadas num SÍMBOLO às vossas vistas, na Umbanda, dentro do Ritual.
Maria, Mãe de Jesus de Nazareth, o profeta crucificado no lenho da Redenção; resignação traz consigo da própria lembrança da dor e do seu sacrifício na missão de regeneração do plano; é o símbolo da pureza, dos elementos elevados, altruisticos; é o Divino princípio do Universo, em Umbanda muito bem simbolizado trazendo a denominação de IAMANJÁ.
Representa proteção das virgens, dos espíritos que não foram maculados nos princípios Divinos, nos princípios nobres de elevação às moradas Superiores. Seu manto é puro; seu manto é cheio de doçura e bendito aquele que nele seja envolto. Iamanjá guia e protege em Umbanda todos os que lhe seguem em evolução.
Sua aura vibra acalentando os corações aflitos, dando força aos trabalhadores do bem, mitigando as dores, estancando as lágrimas, regenerando os corações.
A esta Linha pertencem os espíritos de grande evolução, espíritos meigos que, com sua pureza, confundem os ímpios, arrastando-os aos bons princípios da vida do Além. Grande é o número de espíritos desta Linha. Sua cor simbólica é o – Azul Celeste – Azul Céu, doce e pálido. Quando em trabalho, não usam grande Ritual; invocam o seu patrono, vibram e mais fazem cumprimentos do que grande paramentação; é um característico da Linha e destes espíritos. Seus múltiplos trabalhos são executados mediante invocações e emissão de vibrações e por meio delas procuram resolver dificuldades e auxiliar os irmãos da terra, mais de cima para baixo do que no próprio plano. Dentro desta Linha existem outras Divindades representadas e que mencionamos, entre muitas, a Virgem da Conceição e a Virgem dos Navegantes, contudo todas fazem parte da Linha base, da que lhes dá os característicos – a Linha de Iamanjá - .
Como já dissemos, o seu maior trabalho consiste em proteger as virgens, dar bons ensinamentos, procurando sempre a manifestação pela virtude. Não podem ser confundidas as características dos entes desta grande Linha, que se mostram nos gestos, nas ações, nas atitudes; sua apresentação dá ao Médium aspecto e linhas definidas e dificilmente tomam características ou aspecto que se assemelham ao de outras incorporações.
Dificil torna-se uma completa especificação ou demonstração, em virtude do grande número de entes desta Linha e da variedade de formas que se podem apresentar e externar seus sentimentos, mas, o que vos dou, bastante é para elucidar aos interessados que tenham confiança na força suprema do Pae, porque todos os trabalhos são orientados e guiados por missionários, sendo assim melhor esclarecidos no seu decorrer.
Fazem parte desta Linha as Sereias, as Ondinas, as Ninfas, as Forças do Mar Sagrado, de grande domínio no plano físico, pois são das forças das águas, os fluidos e emanações que se usam, em grande parte, para realização dos trabalhos da Linha.
Quando prestam-se homenagens ao conferem-se presentes, por certo terão de ser lançados ao mar grosso, para bom cumprimento da missão e para conseguir o fim desejado.
IAMANJÁ cubra com seu manto a todos os filhos que dão abrigo em seus corações aos Divinos princípios, que conduzem os seres em sua passagem neste Mundo de Regeneração, aos Mundos Superiores.
Quando em trabalho podem ser traçados pontos, que são alimentados com o símbolo material da luz espiritual – a vela.
Os traços desses pontos quasi sempre encerram as ondulações do mar; a cruz, o rozário e outros símbolos dão compreensão do modo de trabalho dos entes manifestados, isto de um modo geral.
Pelo que foi dado, com atenção fácil é aos esclarecidos compreender e reconhecer os diferentes elementos que possam apresentar-se
Os pontos cantados, na própria rima exaltam Iamanjá.
Possam os grandes espíritos desta Linha vos esclarecer e melhor orientar, introduzindo em vossos corações a pureza e os princípios de IAMANJÁ.


LINHA DE INHAÇÃ

INHAÇÃ ! Inhaçã na pureza lembra Iamanjá; na virtude segue firme ao lado de sua irmã Iamanjá.
‘’É o Deus tonante. É a linha que trabalha utilizando-se dos Elementos da natureza, filhos do fogo e da força mágica que a própria natureza encerra; sua denominação inspira e lembra esses Elementos, a força do próprio plano.
Não podia ser melhor representada em Umbanda do que por Santa Bárbara.
INHAÇÃ traz consigo ruído, traz consigo evidência das forças próprias da natureza em manifestação direta para o Homem.
Os espíritos de sua Linha, muito empreendedores, realizam notáveis obras, mas nos trabalhos de magia usam sempre os gnomos e forças da terra, circundados pelos astros. Têm esses espíritos satisfação por todos os trabalhos proveitosos que realizam e que beneficiem outras creaturas; quando em missão, levam seu cumprimento a termo, se preciso fôr, com sacrifício e até destruição de sua própria individualidade; nunca olham a si, mas sim os que podem ser beneficiados com a sua boa orientação e com o cumprimento das tarefas.
Os seres da Linha de Inhasã são em grande número; mais ríspidos em seus conselhos, mais severos, se distinguem por isso dos da Linha de Iamanjá. Possuem nomes diversos, sendo Trovão, Fogo, Cachoeira as formas que mais os seduzem. Sua cor simbólica é o laranja prateado.
Além da entidade espiritual patrono desta Linha, apresentam-se outras que representam Inhasã; fazem parte dela os caboclos, as nínfas, as sereias, os caboclos ribeirinhos, os quais, embora sintam ou se apresentem com modalidade diferente, estão subordinados a Linha base. São grandes desbravadores de almas, suavizam as calamidades e implantam o bem e o amor nas creaturas sofredoras; adoram os Elementos e a eles fazem culto, prestando-lhes homenagem em todo o Ritual. Quando em Terreiro traçam Pontos e suas características podem ser desde logo notadas, visto se manifestarem com mais violência que os da Linha de Iamanjá.
Os traços fundamentais destes Pontos apresentam, quasi sempre, um coração encimado por linhas que representam as forças da natureza; as flechas e outros simbolos dão as caracteristicas dos trabalhos e dos entes que se manifestam.
A presença destes seres, embora não seja frequente, é mais comum do que os que constituem a Linha de Iamanjá; trabalham, estão sempre atentos, vigilantes, assistindo a todos os que são bem intencionados e buscam a verdade cristã; exigem grande respeito durante os trabalhos, onde sempre se fazem acompanhar por outras creaturas.
INHASÃ - Deus tonante do Universo – cubra todos os que se fazem merecedores, com sua proteção.


LINHA DE XANGÔ

XANGÔ ! Xangô, cheio de fé e sacrifício, é abnegação para vencer os males e as tentações; é a perseverança e completo desprendimento das fraquezas do mundo físico. Em Umbanda é representado pela imagem de São Jeronimo, símbolo este que traduz o significado dos componentes da sua Linha. É a sabedoria que, pela abnegação e fé, domina as próprias feras e tentações, é a justiça cega, sábia, mas dura como a própria rocha.
Esta Linha abriga espíritos de grande evolução, quasi todos com missão doutrinária à amparar e suavizar os corações sofredores, pungidos pelas farpas maldosas das agruras terrenas. Quasi todos são pretos e dedicam-se a fundo aos trabalhos da magia, aos trabalhos ritualizados bastante aparatosos; está na índole da própria raça a invocação dos seus Deuses, na recordação dos mundos d’antanho; está na própria vibração da encarnação que passou, na suavidade dolente dos canticos lúgubres que procuram evocar; amam o Ritual e procuram fazer com que este seja o alicerce para a compreensão das verdades Divinas da vida do Além.
Xangô abriga no seu seio inúmeras falanges, infinidade de espíritos; são eles Moçambiques, Muçulmanos, Benguéla, que trabalham na vibração de Xangô.
Como nas anteriores Linhas, podem aparecer outros Xangôs, subordinados no entanto a Linha base; aparecem com denominações de XANGÔ-AGOJÔ, XANGÔ-AGOIÔ correspondendo aos santos São Pedro e São Paulo; São Jerônimo é XANGÔ-CAHÔ.
A cor simbólica desta Linha é o amarelo pálido. Humildade e pureza é o escudo das creaturas que nela trabalham, seres bondosos que amparam todos os filhos, mas que estão prontos a castigar todos os infratores, que se tornem por bem merecedores da palmatória. É uma das linhas que frequentemente aparece nos trabalhos de Umbanda e é a que mais se empenha contra o mal, contra o trabalho dos magos negros; é a que vence pela persistência e abnegação. É uma das linhas que dá prova de humildade na simplicidade de manifestação de um negro velho que, na luta para cumprimento de sua missão, sempre procura trazer nos lábios um sorriso e uma palavra de animo aos filhos da matéria. Não se exalta, não se cansa, labuta continuamente para aperfeiçoar suas ovelhas transviadas, que devem se juntar ao rebanho do Pae. Na dura tarefa não esmorece, adora Xangô, patrono que lhe inspira fé e lhe dá força para cumprimento das missões. Nas lutas no Astral, diante das hordas malévolas, diante dos perversos, impõe-se pela justiça, pela humildade. Na prece busca o alívio, o conforto e jamais se nega a amparar os aflitos, mesmo com sacrifício, mesmo nas horas difíceis.
No seu Ritual usam o marafo (cachaça) a fundangue (pólvora) o ponteiro (punhal) e todo o elemento de exaltação da vontade e que melhor facilite o trabalho.
No próprio Karma auxiliam o filho que pede sua ajuda; dão-lhe força, confortam seu espírito e o consitam a resignação, pedindo-lhe que mantenha-se calmo e sereno, dando tempo ao tempo para o tempo chegar e, na animação das palavras, esgotam-se as provações e o filho que por elas passou mantem-se calmo e resignado.
Nos trabalhos em Terreiro traçam pontos diversos, mas que, de forma geral, podem apresentar-se com o seguinte aspécto:
O traço característico destes Pontos é, de um modo geral, o círculo formado pela curvatura de uma flecha, que simbolisa a força da Divindade; os demais símbolos, como nos Pontos anteriores, variam conforme a natureza dos trabalhos e os entes que neles tomam parte.
Os Pontos cantados têm no verso a exaltação do patrono XANGÔ.
Tudo o mais, o espírito de observação e o desejo de conseguir compreender vos dará; não se pode, num breve esclarecimento, por a tona todo o entrelaçado Ritual rústico de Umbanda; mas, sí é a luz que vem de cima, pela própria origem, por certo, trará também conhecimento aos que forem capazes. Aos que chegado estiver o momento, horizontes se descortinarão e nas suas vistas luz brilhante e a fundo na retina penetrará.
Cheio de clareza e limpidez a todos XANGÔ vela e guia na sua passagem no mundo térreo de Regeneração.

LINHA DE OXÓCE

OXÓCE! Oxóce – Linha dos guerreiros desbravadores das selvas pecadoras; preparam os corações, são verdadeiros curadores das chagas do corpo físico e da alma. Carinhosos, cheios de doçura, buscando nas ervas, nos elementos das matas o bálsamo suavizador para as moléstias que afligem os seus irmãos da terra, são os verdadeiros curadores de Umbanda e também na alma o fazem.
Da virtude e da pureza elementos tiram para refrear os maldosos e os transviados, norteando-os para a senda bendita do Pai, caminho eterno da Regeneração, da Redenção aos páramos Divinos.
Si bem que sejam doceis, carinhosos, não lhes falta energia no cumprimento profundo da sua nobre missão.
Engastados na fétida podridão da lama, os trevosos são por eles daí arrancados para a lapidação de sua alma, para a cura de suas chagas espirituais, dando aos seus corações a brandura das boas creaturas.
São caboclos e disto muito se prazem.
Esta linha abriga no seu todo inúmeros espíritos. A cor que a simboliza é a – Verde – verde cor das matas, verde cor das selvas misteriosas, cheias de encantos.
Oxóce é o guerreiro caçador; é o guerreiro que busca as almas sofredoras e mitiga suas dores; daí a sua linguagem – “Oxóce sempre foi caçador e nunca foi caça” – expressão muito significativa, que traduz os modos e fins da Linha, seus trabalhos e sua devoção em fazer a conversão dos pequeninos desvalidos, que ainda não compreenderam o poder sublime do Pai, do altíssimo – DEUS.
Sua roupagem, na apresentação, é indígina, variando com a tribú a que pertencem, conforme os costumes que outrora tiveram.
Fazem parte desta Linha – Aguia Branca, Chefe Araribóia, Urubatan e outros, todos guerreiros chefes que pregam e proclamam humildade, justiça e bondade.
Acham-se integrados nesta Linha – Caraíbas, Incas, Astécas, Muçulmanos e outros.
Na sua apresentação usam Ritual e quando trabalham traçam Pontos.
Seus Canticos exaltam Oxóce caçador; são eles espíritos que muito trabalham em proveito da humanidade.
Linha de elevação, que tem como chefe espiritual – São Sebastião, que por si já dá vibrações peculiares à Linha, em vista de que, quando a terra palmilhou, foi portador de faculdades extraordinárias para cura.
Oxóce – São Sebastião – ser de elevação, carater nobre e superior, intransigente no direito e na verdade, mártir que sofreu resignado, sem proferir blasfemias ao creador – DEUS.
Sua irradiação protege e ampara a todos os entes desta grande Linha, sempre atentos e incansáveis na prática do bem; sua aura de pureza vibra para todos vós, para elevação dos espíritos encarnados e sua emancipação da matéria.
Que seus missionários possam mitigar os sofrimentos e curar as chagas dos vossos espíritos, para uma felicidade completa na mansão dos bem-aventurados.


LINHA DE OGUM

OGUM! Ogum o cavaleiro da paz, guerreiro intrépido, invencível na guerra; Ogum sublime, o guerreiro de Jurema, filho do Sol, não teme as lutas mas desfralda a bandeira da paz.
O verbo é o seu escudo, maneja a espada, convence os incrédulos; labuta constantemente em pról da humanidade, nos corações planta a semente da fé; o verbo é sua grande arma, invicta nos entreveros das idéias.
Ogum, o Filho do Sol, lembra São Jorge cavalgando seu corcel branco, puro como suas vestes; invicto, está em todas as partes, desde as mais baixas camadas até as que sua evolução permite chegar.
Os entes desta Linha são os abnegados de Umbanda em luta constante com os trevosos, com os Magos negros que, utilizando-se dos pequeninos seres, inconscientes do seu estado, praticam todos os atos indignos à boa moral, à virtude, às leis do Creador dadas nas suas Taboas, em Monte Sinai.
Não se afastam, não dão trégua, não esmorecem; no Astral são verdadeiros guerreiros; invocam o seu patrono – São Jorge -, e na prece procuram o alento e levam avante, de lança em riste, as hordas inimigas.
Inúmeros são os espíritos desta Linha, sendo doutrinária e de conversão a sua missão; Vermelho, cor do guerreiro, cor da guerra, é a cor simbólica desta Linha.
São bruscos nas suas ações, severos, mas doceis e de um coração cheio de bondade e ternura; são ríspidos ao aconselhar ou ao agir, mas amparam a todos que a eles imploram ajuda. Aparecem frequentemente nos trabalhos. Sua roupagem é a selvagem, é a do índio, é a do caboclo, é a daqueles que na selva viveram na rudeza de seus costumes, de seus hábitos. Têm eles afinidade bastante com os Missionários de Oxóce.
Além de seu patrono Ogum, o glorioso São Jorge, outras entidades com denominações sempre precedidas da palavra OGUM são identificadas, correspondendo a cada uma das sub-linhas, respectivamente; desta forma temos – OGUM YARA, OGUM ROMPEMATO, OGUM MEGÊ, OGUM DEODÊ, todos pertencentes a linha base de Ogum; operam estas sub-linhas em lugares e ocasiões determinadas, contudo não se afastam dos princípios que norteiam a grande Linha.
Junto ao planeta de Regeneração, planeta Terra, têm grande missão; nos seus trabalhos usam Ritual bastante aparatoso.
É evidente que, em contacto com creaturas do baixo plano, estejam estes seres na contingência de recorrer a todos os meios para conversão das mesmas, muitas vezes usando pagas, presentes e promessas de futilidades que para si nada representam, mas que ao ser pequeno e inconsciente é indispensável para sua mudança de proceder; este procedimento de forma alguma deve causar dúvida ou suspeita aos filhos que cogitam destes princípios; é unicamente a forma eficaz e direta para se tratar com os elementos do baixo Astral.
Podem também traçar Pontos que, de forma geral aparecem como segue:

O Ponto cantado, já no verso tem a exaltação à Ogum.
Quando é notada, nos trabalhos por Médiuns de faculdades apropriadas, uma entidade que tem a semelhança ou características do Símbolo de Fixação, não deve ser isso motivo de surpresa aos trabalhadores, aos assistentes materiais do trabalho; trata-se unicamente de um enviado da entidade espiritual chefe e por esse motivo assim se apresenta; tem todos os caracteres de São Jorge, o guerreiro; roupagem, o corcel fogoso, dificilmente controlado pelo seu cavaleiro, muitas vezes fazendo saltar fogo de suas patas, enquanto melhor, mas ligeiramente, divisa-se os traços da creatura que o cavalga.
Ogum, Filho do Sol, impávido guerreiro
Da guerra as tenebrosas lutas, altaneiro
Tu dominas a sós! – E cumpra-se a missão
Que aqui te fez baixar, descendo ao precipício
Deste mundo de dor, - te impondo um
(sacrifício:
Pela Virgem, - vencer do Mal esse dragão!
Tua fronte levanta, e alçando a lança, em riste
Contra o mal arremete e impávido persiste, -
Que nada poderá teu ímpeto deter!
Se a fraqueza vencer-te um breve instante,
O Pae perdoará; e seguirás confiante
Na certeza feliz de todo o Mal vencer!

Ogum que vos abra com sua espada as estradas da vida espiritual; quando partires para o Além, para a vida verdadeira, que os vossos passos possam seguir firmes, sem tropeços nos entraves que surgem aos que se lançam bruscamente no desconhecido.


LINHA DO SENHOR DO BONFIM

A Linha do Senhor do Bonfim é uma linha de fé para as creaturas que suplicam alívio em todos os transes porque passam nas provações do plano térreo; é simbolizada pela imagem de Jesus Crucificado; possue infinidade de seres ao seu serviço; dela fazem parte – africanos, pretos nagôs, iberês, mongóes, chins.
Atendem prontamente a todos os pedidos, porém quando justos e sem qualquer intuito ou fim de maldade ao semelhante; invocam constantemente o seu patrono e, nos trabalhos, apreciam bastante obediência e fé.
Fazem pequenas curas, trabalham na magia e auxiliam grandemente a conversão dos incrédulos; são dóceis e de grande humildade na sua apresentação; se for necessário, com a mesma doçura também punem os filhos que forem merecedores, para assim possam melhor moldar-se.
Trabalhando, constantemente aparecem fazendo uso de Pontos.
O Ponto cantado traz a vibração da entidade dirigente.
Linha do Senhor do Bonfim é a que abriga todos os filhos de fé, que fazem trabalhos inúmeros, sempre dentro do Ritual; predomina nesta Linha os filhos de Africa. Prateado – é a cor que a simboliza.
Possa este grande ORIXÁ proteger a todos que, em momentos tão tenebrosos, cumprem a sua provação no Plano de Regeneração, no plano térreo; portanto, salvemos a esta grande Linha.
Salve a Linha do Senhor do Bonfim.


LINHA DA CRUZ DAS ALMAS

CRUZ DAS ALMAS! A Linha denominada Cruz das Almas é a sétima Linha de Umbanda; de todas é a mais humilde e a que abriga em maior número, os seres de pequena evolução.
Seu patrono está simbolizado na mística da Cruz das Almas.
Os que trabalham nesta Linha devem ser cautelosos com os seres que a integram, na maioria ainda de pequena evolução; é na Umbanda a parte onde se faz a transição dos espíritos trevosos para seres esclarecidos, de corações ternos e caridosos.
Não se deve, de forma alguma, confundir com trevosos os que trilham esta senda, embora, muitas vezes, encontrem-se seres de evolução bastante rudimentar integrados no seio da Linha, manejando e trabalhando nos serviços de Terreiro de Umbanda (magia branca), única forma de se fazer a sua conversão.
Da mesma forma, poderemos encontrar infiltrados nas hordas do mal seres de grande evolução, o que é absolutamente natural, pois para converter tais creaturas, para evitar males irremediáveis, perversidades, foi necessário que se fizesse a adaptação de seres evoluidos entre os maos, os quais procuram exercer sobre estes últimos a sua influência, arrastando-os à trilhas seguras, para aperfeiçoamento do seu espírito e integração dos mesmos a Linha de Umbanda.
A missão que trazem os seres desta Linha lhes impõe condições de serem severos, argutos e extremamente previdentes em todos os seus atos.
Manejam tanto as forças de Umbanda como as de Quimbanda, (magia negra) em virtude de terem presos a eles inúmeros espíritos pequeninos; apresentam-se, muitas vezes, de tal forma nos trabalhos, que levam a confusão aos que não estão bem orientados no assunto; bruscos, severos e aparentemente sem ligar as dores e fraquezas dos filhos da matéria, são sempre solícitos aos apelos dos que a eles recorrem mas, para que um ser se imponha e domine creaturas sem compreensão e cheias de maldade do baixo astral, é necessário assim agir para ser admirado e respeitado; com tal atitude a tarefa torna-se-lhe mais facil e os que lhe estão ao lado procuram segui-lo e obedecê-lo, meio facil de modelar e modificar brandamente os afeitos ao mal.
A grande missão destes seres não vos exalto; são humildes, porem a roupagem dos seus cascões abrigam em geral, seres sublimes; costumam ser tratados por Veludos, Mestres, etc., não por desejarem ser distinguidos, mas unicamente porque esta denominação expressa melhor sua maneira de agir – macia e habilmente.
Quando trabalham usam Ritual bastante aparatoso; exigem pagas e presentes, fazem trabalhos de magia e combatem os fundamentos da Quimbanda, ou seja, da Magia Negra. São severos e exigem sempre o cumprimento das obrigações, não admitem qualquer ato de desaprovação às suas ações e advertem os filhos com castigos.
A esta Linha pertencem africanos, mongóes, chins; é a parte da Umbanda onde ingressam todos os seres que iniciam sua evolução. Possuem como as demais, sete sub-linhas com seus respectivos chefes. O vermelho pálido é a sua cor simbólica.
Quando trabalham traçam Pontos, que podem ser alimentados com velas ou ter neles cravados punhais (ponteiros); esses Pontos trazem, de um modo geral, flecha como referência.
Nos Pontos cantados pode-se perceber a Linha nas suas rimas. Os chefes das linhas da Cruz das Almas são muito respeitados pelos demais das outras Linhas; trazem missão grandiosa e bastante pesadas, mas contudo não esmorecem e trabalham febrilmente para o desempenho das mesma.
No cascão que lhes cobre, escondendo seu verdadeiro “EU”, com vibrações baixas na angustia da matéria, sentindo a podridão fétida dos gosos supérfluos e mesquinhos da carne, labuta febrilmente um ser Divino, pungido como um crucificado da sua própria vibração, sem alento.
Jesus, Zambe os ampara. Humildes e desconhecidos da nobre missão que trazem, procuram o bem, procuram o reino dos bem-aventurados; em muitos antros o escárneo lhes chega, ocultos na sua missão ninguem os compreende; àqueles que zombam a luz chegará; tudo tem seu término, tudo há de findar no espírito, luz que o Pai lhes deu e, quando isto acontecer, sentirão revolta do gesto audaz que praticaram.
Se eu sinto e muito quero vos dizer, também sinto que não tenho ao alcance e ao tacto da manifestação o exato verbo que esclareça o vosso intelecto; mas, ao pulsar os corações dos seres bem formados, rogo ao Pai que vibre na Sua Aura de pureza, para que fira o vosso ser no íntimo, chegando-vos a compreensão da realidade da missão nobre que no desempenho estão os seres da Cruz das Almas, e que a vós dê a benção.


LINHAS INDEPENDENTES

Além das sete linhas citadas com suas sub-linhas e sub-divisões, existem outras com maior autonomia, que completam as lacunas existentes nas linhas bases.
Estas linhas são constituidas por entidades bastante elevadas e que menos frequentemente aparecem nos trabalhos.
A estes espíritos é facultado, além do uso dos conhecimentos da sua Linha, lançarem mão dos recursos das demais, sem contudo perderem as características da Linha fundamental, da sua Linha de origem. São estes elementos os que fortalecem a Umbanda, dão-lhe maior corpo, maior desenvolvimento e esclarecimento, em virtude da grande parcela de conhecimentos que trazem consigo; são entidades com gráo de cultura bastante adiantado.
As Linhas que gosam desta concessão são em número de três ou, generalizando de forma mais ampla, são quatro; em prosseguimento vamos rapidamente passar as vistas sôbre cada uma delas.


LINHA COSME E DAMIÃO ou
LINHA DAS CREANÇAS. –

A Linha das creanças espirituais é uma das mais evoluidas da Umbanda; encontramos integrados nela grande número de espíritos que trabalham ardentemente na prática do bem; apezar da forma com que se apresentam não deve haver dúvida quanto ao seu grao de evolução.
Tudo tem sua causa, tudo tem seu motivo e razão de ser; já vos foi dito, - Umbanda tem fundamento; assim também o aparecimento das creanças espirituais tem sua razão de ser, seu fundamento.
A chefia espiritual desta Linha é constituida por cinco entidades denominadas: - COSME, DAMIÃO, DAUM, CRISPIM E CRISPINIANO, que são as dirigentes da mesma e que nela executam grandes trabalhos; quando se apresentam exigem respeito absoluto, embora brinquem, embora façam gestos ou tomem atitudes próprias de creanças; os demais espíritos das outras linhas lhes dão obdiência e grande atenção por ocasião de suas visitas.
O Ritual usado pelos componentes desta Linha é pouco; limitam-se eles a pedir doces e brinquedos, não usando o ponteiro, o maráfo ou demais objetos; gostam muito de leite, falam constantemente no Pai Grande (Deus) no vovô Negro Velho, espírito em cascão que dirige os trabalhos; quando neste estado, gostam imensamente das creanças e lhes dão proteção e amparo.
As creanças espirituais, embora pareçam nada produzir, embora aparentemente brinquem e façam ruídos, executam grandes trabalhos; revestido da pureza do cascão de um pequenino ser pode, muitas vezes, estar um Mago, mago da magia, mago dos conhecimentos divinos, nobreza, pureza e caridade manifestados em sua verdadeira extensão.


LINHA DO ORIENTE

Fazendo parte das linhas independentes, das linhas autônomas de umbanda, aparece brilhante com seus seres, a linha do oriente. Grande ë o número dos que a constituem: são bondosos, bastante evoluídos e irradiam de sua Aura vibracões puras, vibracões harmoniosas que lhes dão o caracteristico na apresentação.
Esta linha tem como patrono ou chefe espiritual São João Batista.
Quando apresentam-se estes seres, dão aos médiuns os gestos, a forma, as maneiras dos povos orientais: dificilmente aparecem nos trabalhos tomando aparelhos, mas gostam de demonstrar a sua presença, sem contudo tomar o médium: usam pouco ritual, fazendo saudações, limitam-se ao uso da mirra, incenso e demais.
São tolerantes, serenos e de grande brandura nas manifestacões e conselhos: são ótimos trabalhadores da magia e quando fazem trabalhos de cura são excelentes curadores: embora simples nas suas manifestações, ao se apresentarem deixam transparecer algum conhecimento.
Esta linha possue sub-linhas com seus chefes e demais trabalhadores: os povos que as integram são orientais, mongóes, chins, indianos, arabes e outros.
Dos chefes das suas sub-linhas que muito trabalham, para citar alguns mencionamos Ori-do-Oriente e Zarthu.
Quando traçam pontos aparece em geral o triangulo, a esfinge, o pentagrama sagrado e demais simbolos: isto porém raras vezes acontece: quasi sempre isso é feito por outros entes que não pertencem a esta linha, como meio para atrair os componentes da linha do oriente.
É uma das linhas que se empenha em fazer revelação de grandes acontecimentos, de novos conhecimentos, procurando sempre beneficiar a humanidade e contribuir para sua evolução.
Possam estas entidades deixar nos corações materiais a centelha do amor divino, fortificadas na aureola de luz do seu patrono São João Batista.


LINHA DE OXALÁ

A Linha de Oxalá também é uma das linhas autônomas de Umbanda; possue grande número de entidades; o chefe espiritual desta Linha – Jesus de Nazareth -, está simbolizado em Umbanda no sacrifício da cruz.
Linha de sacrifício, de doçura dos entes que seguem as pegadas do missionário que teve o cálice de fel como término de sua grande missão.
São todos espíritos bastante esclarecidos, contudo mostram-se humildes, ocultando as suas qualidades e verdadeira identidade; auxiliam grandemente os trabalhos de Umbanda.
Os seus trabalhos quase sempre são mentais. O Ritual usado por eles é bastante reduzido. Dificilmente executam trabalhos para uma isolada creatura, mas frequentemente vibram em benefício de muitos, sempre com o objetivo de auxiliar a humanidade e, desta forma, conveniente acham que seus trabalhos sejam mais amplos, nunca se limitando a entes isolados.
Todos sofrem, todos são filhos do Pae, todos precisam ser amparados, beneficiados; não há distinção, não há preferidos; todos são iguais para se beneficiar e auxiliar e, sendo assim, auxiliam a todos.
Possue como as demais, também suas sub-linhas. Raras vezes traçam Pontos r quando o fazem aparece, em regra geral, a Estrela, a Cruz e o Triangulo Triplo.
Possam os filhos de boa fé sempre serem guiados por estes seres.

SUPLEMENTO UNIVERSAL

À um determinado número de elementos da-se a denominação de SUPLEMENTO UNIVERSAL.
A sua ação é completamente autônoma das demais linhas; nenhuma delas pode interferir na ação destes espíritos, porém estes podem, de maneira energia, paralizar os trabalhos ou qualquer outro desenvolvimento que esteja se processando nas demais linhas.
Raras são as visitas destes elementos; quando, por qualquer circunstância, surgem no ambiente onde se processam trabalhos, paraliza todo o serviço, que só poderá ter andamento quando for por eles autorizado. A ação destes espíritos bem se parece com a da vossa justiça terrena.
Não vagueiam sòmente num plano, mas estão constantemente em diversos mundos.
Possuem grande luminosidade, de apresentação quase branca e intensidade tão forte, que brilham ofuscando a vista. Têm grandes conhecimentos e estão em ligação direta com os Senhores do Karma; espíritos puros, caráter elevado, é a justiça manifestada.
A autoridade que possuem é ilimitada, pois todos os seus atos estão diretamente controlados pelos espíritos Divino, que podeis fixar nos Senhores do Karma.
Não executam trabalhos, não se preocupam com seres isolados, mas fazem parte do próprio universo; vibram em uníssono com o Grande Cosmo e zelam pela sua conservação e continuidade.
Tudo tem que estar dentro da harmonia Universal, tudo tem que estar preso à força que rege o Universo; fazendo parte desta força, constituindo sua própria manifestação, aparecem os seres de ação independente do Suplemento Universal; a sua tarefa é grande e completam com seu trabalho todas as lacunas que possam bruscamente surgir.
Os trevosos temem estes entes e mesmo os Magos Negros que sorrateiramente trabalham em seus objetivos íntimos, usando os poderes do seu conhecimento para fins ilícitos, temem grandemente estas entidades; se, por qualquer motivo, pressentem a aproximação de um elemento do Suplemento, suspendem de pronto os seus trabalhos; quando, por qualquer circunstância, assim não procedem, a presença do Suplementos tolhe a ação das creaturas malévolas, as quais se vêm amordaçadas e inibidas de qualquer prática no domínio da magia; é o açoite dos perversos, é a justiça e a verdade aos bem formados, de sentimentos puros nos seus atos, pulsando em uníssono com a Aura Divina, em conseqüência da autonomia e dos espíritos de grande evolução que constituem o Suplemento.
Ao abrir-se os trabalhos ou ao iniciar-se qualquer serviço mental, fazendo preces ou praticando ato de invocação de forças, fazemos a saudação a estes entes incansáveis, que trabalham na conservação do próprio universo.
Ao lado das Linhas Independentes aparece o Suplemento Universal, contudo escapa à sua analogia; é limitado o número de seres do seu conjunto; as Linhas Independentes não interferem na sua ação, mas o Suplemento Universal pode interferir nelas de forma bastante acentuada.
Assim apresenta-se o Suplemento como que isolado de todas as outras linhas de Umbanda, zelando no entanto, por todas, por todos os planos, pelo próprio universo.
Do Suplemento já vos dou bastante; poderia, no entanto, encher vários volumes das minúcias e dos seus trabalhos, porém tudo vem ao seu tempo, a sua ocasião; talvez ainda o possamos fazer, si os poderes superiores permitirem ou se a fé dos irmãos chegar a tanto.