4.3.11

ELEMENTAIS ARTIFICIAIS - PARTE 2/2

ELEMENTAIS ARTIFICIAIS – PARTE 2/2

Nos homens de médio desenvolvimento, os elementais artificiais creados pelo sentimento ou pelo desejo, são mais vigorosos e mais nítidos que os creados pelo pensamento. Assim uma explosão de cólera dá uma poderosa fulguração vermelha, de perfeita conformação, e uma cólera mantida, alimentada durante muito tempo, cria um perigoso elemental vermelho, ponteagudo, pronto para fazer o mal. O amor, conforme sua qualidade, determina formas mais ou menos admiráveis, quanto à coloração e quanto ao desenho, podendo afetar todos os tons desde o carmim até os matizes mais delicados e mais doces do rosa, semelhantes aos pálidos fulgores de um crepúsculo ou da aurora, nuvens confusas de formas protetoras ternas e fortes. Muitas vezes as preces ardentes de uma mãe vão pairar, como formas angelicais, em redor do filho, desviando dele as influências perniciosas que os próprios pensamentos possam lhe atrair.
Um traço característico destes elementais é que, dirigidos pela vontade para uma certa pessoa, vão animados, pela natural tendência própria, de executar a vontade do seu creador. Um elemental protetor esvoaça em torno de seu objeto, procurando todas as ocasiões para desviar o mal e atrair o bem. Na sua natural inconsciência, segue maquinalmente a impulsão da vontade que o produziu, como se aí encontrasse uma linha de menor resistência.
Assim também, um elemental animado por um pensamento maligno irá corvejar em torno da vítima, procurando a ocasião favorável para prejudica-la. Mas nenhum deles produzirá a necessária impressão si, no corpo astral da pessoa para quem se dirigem, não houver elementos suscetíveis de vibrar de acordo com eles,, permitindo assim que eles se fixem. Se, nesta pessoa não encontram matéria análoga à sua, então, por uma lei de sua própria natureza, recuam e voltam ao longo da trajetória já percorrida, seguindo o traço magnético que deixaram para atraz de si, e lançam-se sobre o seu próprio creador com uma força proporcional à de sua projeção.
Conhecem-se casos em que o pensamento de ódio mortal, não podendo atingir àquele para quem era dirigido, causou a morte do homem que o emitiu. Em compensação, pensamentos de bondade dirigidos a uma pessoa indigna recaem como uma benção sobre o sêr que os produziu.
A compreensão, embora rudimentar, do mundo astral, agirá como um poderoso estimulante dos bons pensamentos. Desperta em nós o sentimento de pesada responsabilidade com relação aos pensamentos, às emoções e aos desejos que pomos em liberdade nesta região.

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