19.5.12

DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DE UM PRETO-VELHO


Por todos os caminhos que andei, depois de estar no Templo de Pai João de Benguela, sempre procurei falar sobre Ele. Agora darei inicio, dentro de minha capacidade de percepção, a uma tentativa de desvendar os mistérios de sua atuação, como um dos tantos amados Preto-Velhos que estão na Umbanda com a difícil missão de abrir os nossos olhos para as verdades espirituais.

Quando Pai João me convidou a entrar para a seara umbandista, e aqui a minha história não vem ao caso, disse uma frase que jamais saiu da minha memória: “filho, antes de aceitar vá e medite, pois quando você pegar no cajado não poderá mais largar”, e foi o que aconteceu, porque mesmo estando afastado do seu Templo Material a já uns quinze anos, do seu Templo Espiritual estou mais preso do que nunca.

Deixando a digressão de lado vamos ao tema a que me propus no momento, ou seja a Construção do seu Templo, tendo em mente a frase “conhecemos o verdadeiro valor de uma pessoa não pelo que ela diz ser, mas, pelo que ela faz”, vamos analisar o Templo Espiritualista Sol do Oriente.

Este Templo é constituído pelo Terreiro de Umbanda e a Loja Maçônica.

Olhando-se do ponto de vista arquitetônico, notamos já de inicio não ser ele um simples Templo, como realmente não o é.

Os mais antigos contavam que Pai João convocou um engenheiro , que sentava a seu lado, cada um em seu respectivo toco (fico eu imaginando a cena, um Preto-Velho pitando seu cachimbo dando instruções a um engenheiro para a construção de um Templo), que ia anotando todas as instruções dadas pelo Preto-Velho (era assim como Êle gostava de ser chamado), desde a forma do terreno que é triangular e sustenta a construção que também é triangular.

O Terreiro de Umbanda fica 7 degraus abaixo do nível da rua, e a Loja Maçônica fica 7 degraus acima do nível do nível da rua.

O Trono do Venerável Mestre da Loja, fica na mesma direção vertical, e é digamos, conectado por um fio magnético com o Altar ou como queiram o Congá do Terreiro.

Existem passagens e salas no interior do Templo que servem aos rituais e fazem parte das iniciações maçônicas, e, até bem pouco tempo era o único completo em Curitiba. Muitas Lojas Maçônicas utilizavam o Templo do Preto-Velho para suas iniciações.

Todos os rituais, tanto da Umbanda quanto da Loja Maçônica que era mais voltada para uma Maçonaria Mística foram determinados pelo Preto-Velho. Na Loja Maçônica do Preto-Velho, o segundo grau esta subordinado a Ogum.

Numa conversa com Tia Zizi, que era o Cavalo do Preto-Velho, ela contou que sabia de tudo que tinha na Loja, e ela não era iniciada e nem fazia parte da Loja Maçônica, acho eu que nem precisava, convenhamos.

Estou iniciando o relato da história, na medida do possível, tendo em vista que a minha entrada no Templo se deu quase no final da missão de Pai João como Uma Entidade Incorporante, pois lá do Astral ele continua mandando suas energias através de suas falanges, tanto do lado de lá, quanto do lado de cá, e eu fui o último iniciado na loja enquanto ele ainda estava por aqui, com a única intenção de mostrar àqueles que já estão e os que sentem a necessidade e querem entrar em nossa seara, poder ter uma vaga ideia de quem realmente são Esses Amados Preto-Velhos. Os mais antigos diziam que Pai João de Benguela apenas usava o “Cascão” de um Preto-Velho para cumprir a missão assumida no astral de contribuir para a formação da Umbanda no Brasil, pois na realidade ele já era um Mestre ou Sacerdote Egípcio, e a construção do Templo, como eu disse no início, é uma prova material de quem é PAI-JOÃO DE BENGUELA. Saravá a todos e se Êle permitir continuarei com a história.

OS.: Perdoem a alguém que não é escritor.







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