18.9.10

AS ANTIGAS ORDENS

Há muito tempo o Conselho Superior dos Mestres, que administra a evolução espiritual da terra, chegou à conclusão que era preciso acelerar o aspecto místico-espiritual de uma parcela da humanidade, devido a esta encontrar-se numa estagnação religiosa, cheia de teorias e dogmas impostos pelos líderes religiosos que estavam reencarnados na época.
Uma das idéias que obtiveram o consenso de todos foi a de reanimar as Antigas Ordens Secretas no plano material, dando-lhes características da época em que foram implantadas.
Assim, surgiram várias Ordens (Ordem dos Cavaleiros da Gran Cruz), de diversos matizes místicos: Ordens pequenas, médias e grandes. Todas elas, tinham três metas a serem atingidas:
Primeira, a separação místico-espiritual de pequenas parcelas da humanidade, desvinculadas das religiões que aglutinavam e limitavam a ação evolucionista, dando a esta parcela de seres humanos um novo impulso místico, levando-os a seguir um caminho diferente dos religiosos, porque o, misticismo que hoje se conhece vinculam-no às religiões, o que não está correto. As religiões se apoderaram do misticismo, como capa para encobrir muitas vezes as suas falsidades. A verdadeira religião está acima das paixões humanas: ela conduz à verdade sem rótulos, dogmas ou teorias. A religião não precisa do misticismo para andar, quando ela é sincera e se assenta sobre ideais nobres, puros e verdadeiros.
Segunda, o objetivo das Ordens Antigas era orientar essa pequena parcela, organiza-la e desenvolver métodos, práticas e ações que canalizassem energias para preparar o futuro da parcela maior da humanidade. Essa pequena parcela iria, no decorrer do tempo, sofrer uma aceleração em suas evoluções individuais, tanto nas suas esferas místicas como na aquisição de sabedoria, para que aquelas se tornassem combatentes contra as forças de cristalização que há muito caem sobre a humanidade física. (Quando a alma se materializa a religião torna-se idólatra.)
Este grupo de almas do passado – canalizadas através das Ordens que ao longo dos tempos foram surgindo e desaparecendo -, veio a prestar grandes serviços à parcela maior da humanidade, como mais adiante veremos.
Terceira, o aspecto do trabalho dessa pequena parcela trouxe para o mundo humano “Novas Forças Cósmicas”, despertando forças positivas como ideais adormecidos na humanidade, para que a aceleração da evolução geral pudesse prosseguir seu trabalho.
A ação das Antigas Ordens foi muito importante. Todas elas tinham sempre dois aspectos: um externo, conhecido pela parcela maior, e outro interno, só acessível à parcela menor.
Queremos aqui fazer uma pequena pausa para explicar o que entendemos por misticismo.
Todo ser humano tem um “Princípio Místico” dentro de si, a “Energia Cósmica” da espiritualidade que, descendo do espírito, a centelha Divina em cada um, se reveste com o corpo da alma e se materializa na personalidade, através de um corpo físico ou superfísico.
Esse fluído de cor branco-azulada, da cor do raio elétrico, vindo da parte mais nobre do ser (o espírito), surge em cada um como a agulha magnética de uma bússula indicando o norte magnético. Assim, a parte mística de cada uma (quando liberta das influências externas), indica sempre o caminho a seguir, impulsionando a personalidade na busca de experiências, ações e realizações espirituais.
A parcela mística em cada pessoa não está vinculada à religião; geralmente uma religião pode ser um caminho – embora coletivo – que terá sempre uma partida e uma chegada.
Qualquer religião tem um princípio e um fim. Nunca será eterna porque os seus primeiros idealizadores as fizeram para as necessidades de uma época, de um povo. Ela não é dinâmica porque geralmente obedece a regras, dogmas e teorias preestabelecidas, e o verdadeiro caminho é dinâmico, não obedece a leis feitas pelos homens. Suas leis e suas regras são naturais e espontâneas, moldando-se a cada necessidade da alma-espírito como as águas do mar se moldam às saliências das encostas, das margens que ele banha, e nem por isso perdendo as características e a forma que representam. Tanto que, quando têm necessidade, ultrapassam as suas margens para criar uma nova margem, assim modificando os contornos e saliências de sua orla anterior.
Então, deveis encarar as religiões como ajudas transitórias para a parcela maior da humanidade e nunca como verdades e caminhos eternos, porque correis o risco de cristalizar vossas evoluções individuais e nunca chegardes a encontrar o vosso caminho místico.
Quando a parcela maior se deixa levar muito tempo por uma religião, começa a perder a sua sensibilidade mística que, quando livre de influências externas, alerta-vos para os perigos da vossa jornada, rumo ao infinito de vós mesmos. Assim, o ser humano, insensível ao seu aspecto místico, deixa-se levar ao sabor dos interesses pessoais dos seus dirigentes, deixa-se manipular e perde todo o sentido do verdadeiro rumo de seu caminho, seguindo o caminho que outros querem que ele siga. Muitas vezes, esse caminho passa por autenticas florestas de pesadelos, de paixões animais, onde os interesses pela posse das coisas transitórias conferirão à personalidade poder e prazeres que são tomados como coisas importantes e necessárias. Ela julga que, sem elas a vida não tem valor, mas são estas coisas a fonte de sofrimentos sem fim para a maior parte da humanidade.
Completamente insensível, inebriada pelas religiões, a grande parcela se esquece das suas Origens, do seu Princípio Místico e Divino; troca as coisas eternas pelas temporárias, os autênticos valores do espírito pelos valores de suas personalidades. A humanidade necessita de um novo impulso e Novas Ordens Místicas surgirão para mudar os rumos da humanidade, tirando-a do domínio das influências da personalidade, das coisas temporárias, para despertar os objetivos da alma e do espírito.



QUANDO REVEMOS CONCEITOS TIDOS COMO VERDADE, É SINAL QUE ESTAMOS EVOLUINDO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário