22.6.12

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO



Quando escolhemos um caminho a trilhar na espiritualidade, e o fazemos com amor e sinceridade no coração, recebemos ajuda do alto para aquilo de que estamos necessitados. Eu tenho muita dificuldade, ainda, de colocar no papel o que meu espírito quer, e hoje, com uma alegria imensa recebo este presente que traduz exatamente o que sinto nesta minha caminhada. Agradeço de toda minha alma o autor e quem postou no facebook, que por acaso tem o nome do Caboclo Sete Encruzilhadas. Espero continuar sendo merecedor da Força e da Luz de Pai João de Benguela e do meu inseparável Vô Juvêncio, que só Deus sabe a paciência que Êle tem comigo. Obrigado e o meu eterno Saravá a todos.
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Num tempo que transcende minha capacidade de entendimento atual, e que difere das limitações impostas por um corpo denso, propus-me, como voluntário, a participar da tarefa a favor da implantação da Luz. Tenho seqüelas dessa caminhada e lampejos breves de recordação. Procuro como tantos outros, recordar a promessa que fiz a quem em mim confiou e, no mínimo, corresponder à expectativa.
Caí por diversas vezes, falhei em muitas missões, mas tenho consciência de que apenas experienciando é que eu aprenderia com os erros. Como entender o espírito sem antes ter passado por um corpo físico? Como saber o que é o amor sem ter sentido o antagonismo do ódio? Como valorizar o bem-estar se nunca me senti mal? Como sentir alegria de vencer se jamais fui derrotado? Como valorizar a alegria sem ter chorado?
E vou por aí afora.... Enfrento os obstáculos que eu mesmo coloquei. Arranho-me nos espinhos que plantei, colho o que semeei. Que força interior é essa que parece não existir, mas que aflora em momentos de desânimo?
A imagem e semelhança do Pai habita em meu interior. Ela quer se expandir, mas a casca ainda é grossa. Sinto-a em lampejos de amor incondicional, diferente do possessivo, passional, carnal; percebo-as nas lágrimas roubadas da dureza do meu coração, tento agarrá-la nos momentos de equilíbrio e lucidez. Não posso caminhar sozinho, pois sou parte de um Todo. Sou espelho de todos os seres viventes e reflito e sou refletido por todos os atos, sentimentos e dramas de cada um.
Tenho consciência de que o que acontece ao outro reflete em mim. Temos unidade tanto de propósitos quanto de origem. Nossas casas natais são diferentes, mas lembremo-nos, sempre no terreno do Criador. Movido por emoções, vou procurando transmutá-las em ações sadias, fraternas, altruístas. Reta final de um tempo que jamais vou querer vivenciar novamente.
Creio que por estarmos galgando a quarta dimensão, já caminhamos muito para estar aqui, não sendo coerente este comportamento humano que lembra estágios em dimensões inferiores. As forças que combatem a luz sabem que o momento é decisivo.... hora da conquista final: Ou ficamos no mesmo degrau, ou galgamos mais um. Há gente nos puxando para baixo, mas há muito mais nos puxando para cima.
Quem decide para onde ir? Ninguém salva ninguém. Ninguém caminha pelo outro, o degrau só é galgado por nós. Momentos de grandes transformações, processo irreversível. Conflitos afloram, pois estão enraizados em nosso ser. Chegou a hora de zerar nosso passivo, pois ninguém alcança a quadrimensionalidade com saldo devedor. Cada um sabe como pagar sua conta; não há empréstimos, não há crédito, só mérito.
E lembrem-se, sua tarefa é fazer com que todos subam com você, pois com egoísmo não há evolução. Respeite o caminho do outro. Todos têm seu momento de despertar, não force ninguém. Seja você apenas, lembrando que... é o espelho do outro. Se você melhora, melhora o outro, e assim por diante. Creio que escrevi para mim mesmo, eu precisava ler isto. Em algum lugar do passado, deixei uma conta pendente...

Eustáquio Andréa Patounas

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