12.10.10

DO LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA - COMO AGE UMBANDA



Embora Umbanda trabalhe organizada em sete núcleos auxiliados pelas demais Linhas Independentes, tudo o que se processa em seu seio está em harmonia e em uníssono. Para melhor alcançar o objetivo visado, achou por bem a Sabedoria assim proceder, dividindo a Umbanda – a grande Lei de Justiça e de Verdade – em linhas, unicamente para melhor aproveitar as tendências que apresentam as creaturas, dando a cada fruto o sabor da árvore que o gerou, que o produziu.
Bem é de ver que, se trabalhar uma Sub-linha da Cruz das Almas, terão que estar seus fundamentos em concordância com a Linha base e com as outras linhas dela dependentes, para que não se quebre o equilíbrio da Umbanda; mesmo no lado oposto da Umbanda, nas hordas da Quimbanda, os seres procuram manter nítido e perfeito todos os seus pontos de força, muito embora limitados sejam os seres “conscientes-maldosos” que trabalham; limitados sim, porque os demais elementos que seguem inconscientes e incapazes de manejar as forças, acham-se dominados pelos conscientes que os dirigem e os chefiam. Como chefes, modelam a fórma dos seus subordinados, adaptam-lhes envólucros mais resistentes do que os que possuem, tornando-os assim mais subordinados e capazes de agir nas baixas esferas; nesse estado as práticas do mal os seduz e chegam a perder até a sua fórma primitiva, apresentando-se, muitos deles, agigantados como horríveis larvas, que apavoram os seres que desconhecem as forças da magia. É bem de ver que as creaturas da matéria, que favorecem o contacto desses elementos dando-lhes fluidos para manutenção de seu aspecto, estão irremediavelmente perdidas se os trabalhadores de Umbanda não intervêm.

Aí é que trabalha Umbanda, que se movimenta toda sua organização e no Astral, nas camadas densas, dão-se verdadeiras batalhas.
Os afeitos ao mal apóiam-se nos que estão em igualdade de forma, de pensamento, de Aura; apóiam-se também nas creaturas do Astral – os elementares.
Umbanda consegue nos Terreiros sua maior firmeza e aí apóia-se para a luta próximo da matéria; tudo é feito rapidamente, pois tem que ser limitada a ação dos seus componentes.
Agir em distancia, em meio extranho, difícil é, mas da verdade do Creador temos que o bem, o amor, a justiça e a caridade são superiores para vencer as trevas, a maldade, a profanação do Santo Nome.
Umbanda na sua missão grandiosa, entroza-se por todas as linhas do mal, fazendo ali estancar a dor e o sofrimento e tirando dessa senda os que se fazem merecedores da graça do Pai; verdadeira luta e sacrifício a que só o Grande Espírito poderia forças dar.
Das lutas, impávido e invencível, surge o Cavaleiro de Ogum, visando o bem e o direito; diante de tão nobre guerreiro, reto e impoluto ser que trabalha na seara do Pai no cumprimento de sua missão, o próprio mal, o próprio espírito das trevas “EXU” perturba-se.
Perturbam-se não só esses filhos do mal, como também outros seres do mundo dos desejos.
A verdade e a luz dissipam as trevas.
Ao entrozarem-se os filhos de Umbanda no meio onde agem os seres opostos (Quimbanda), sofrem eles muito com a baixa das suas vibrações e com o reflexo em suas mentes da perversidade desses mesmos seres.
Não posso reproduzir os fatos de fórma bastante compreensível para vós, mas tentarei fazer-vos aquilatar o quanto de dor, de agonia, sentem os mensageiros da luz na sua missão junto as hordas perversas.
A muito não vai que ainda vos chegue a mente e a visão, a horrível, dolorosa e brutal perversidade dos seres da matéria, na ambição incomensurável que os tinge de sangue e luto e aí, então, podereis ver, apreciar e melhor constatar os fatos e, melhor ainda, ligando-os ao mundo dos invisíveis, compreender o porque das cousas e sua origem.
Para tanto já se torna grande a vossa curiosidade e tempo é já que examinemos os fatos.
- Da orientação segura surgiu a seara boa, deslumbrado, o seu obreiro despertou em si o dragão perverso das paixões, dos desejos, da ambição; julgou-se senhor absoluto, capaz de tudo e até do Pai profanou o Santo Nome; ambicioso, mais ainda, confiante nas suas faculdades, nos elementos que havia congregado, procurou por todas as formas, por todos os meios, dominar a tudo e a todos.
Do outro lado ele não podia perceber, em virtude da matéria, seres envoltos em negras roupagens que trabalhavam ativamente para ver seus desejos também realizados; eram seres maldosos que, da forma material, unicamente não possuíam a carne; de intelecto evoluído, engendravam, pela fantasia do espírito, conseguir algo que os colocasse de posse de novos corpos; para tanto, necessário seria atrair elementos da matéria que os ajudasse na realização do seu objetivo.
Organizados em cima, acharam meio propício nos filhos organizados em baixo; seu meio era igual e assim, unidos, poderiam levar avante os seus propósitos.
Trabalhavam ativamente e, para também alcançarem seu fim, os da matéria os obdeciam cegamente.
Dessa forma deu-se o seu grande surto de início. Agiam, trabalhavam os dois princípios em harmonia e cumpria-se mais uma vez, as sábias leis do Grande Pai.
Iniciava-se então o segundo ciclo, uma das fazes mais agudas do Karma evolutivo terreno.
Não poude a ação dos mensageiros da luz interferir para que se amenizassem os corações maldosos, afim de que seguissem o trilha do bem.
Cumpria-se a Lei sábia do Pai.
Os esforços contínuos de todos os abnegados do invisível eram poucos.
No cérebro dos seres da matéria fluía a inspiração, a intuição para os mais perversos atos de acabrunhamento da humanidade. Despertava outra vez o dragão e com suas garras trucidava os que se lançavam a sua frente.
Surgem novas idéias; surgem inventos perversos, para que fossem satisfeitos os intentos maldosos dos materiais e se fortalecesse a organização dos invisíveis.
Assim desafiavam a própria Divindade, muito embora, inconcientes, cumprissem a Lei do Karma.

Da luz surgiu o lírio,
Desabrochou na cruz do sacrifício.
Jesus perpetuou a Verdade Divina
De Deus baixou, Cristo sublime

Aos seus mensageiros enviou
A estrela da perfeição;
A eles a verdade chegou
Em devota afirmação.

Aos opostos aos das trevas,
Branca, pura roupagem deu;
Cavaleiros eram os da terra,
Unidos aos filhos de Deus.

Era a luta do bem contra o mal.
Embora a verdade domine, embora o bem triunfe ao mal, não se podia prontamente extirpar a horrível ameaça dos entes trevosos.
- A natureza auxiliava no conjunto das cousas e a própria onda vibratória do mal extinguia-se suplantada pela irradiações solares que se faziam sentir.
De ousadia sem par era a luta dos mensageiros; fundaram-se ordens com o símbolo da Cruz, chamaram-se Cavaleiros os seus filiados; orientados por entes invisíveis, sequiosos pela ajuda dos da matéria para melhor poderem eliminar os que, organizados em idênticas condições, influíam para a perversidade dos materiais, trabalhavam esses seres arduamente e sem desfalecimentos.
O sangue corria, os homens perdiam o senso das cousas, incapazes de se orientar como verdadeiros entes de raciocínio, dotados do princípio Divino – o espírito. –
Todos seus atos concorriam para aumentar a perversidade; engendravam máquinas terríveis que, embora parecessem fruto de sua mente conciente, lhes era dado conhecer por influência dos cobertos pela roupagem negra. (Espíritos dos Magos do mal (Quimbanda) na matéria e no Astral).
Tal ajuda foi cortada paulatinamente pelos Cavaleiros do bem, embora pequeno fosse seu número, embora escassos os seus recursos; isto foi possível pela devoção de um ser cuja identidade me é vedado revelar. Sabeis quem? Podeis imaginar! – Um abnegado filho do Pai que ameaçado esteve da sua destruição.
Assim tolhida a ação dos que inspiravam o mal, as calamidades do plano térreo declinaram; mesmo as irradiações solares, fortes e salutares em todos os quadrantes, já inundavam todo o planeta.
Não mais venciam os guerreiros do mal e sua espada cedia ao peso da Justiça; no Astral poucos eram os que persistiam na obra visada; seus meios de ação estavam cortados.
Restava ainda o mentor que presidia a Ordem invisível e que orientava a chefe material das calamidades; porém, como tudo tem que existir dentro dos princípios das Leis Divinas, houve o dia do seu abatimento, pelo reconhecimento de uma força maior à qual estava sujeito – a Força Creadora – e assim, na realidade, teve os seus intentos frustrados, só lhe restando o arrependimento pelos erros praticados e a conquista das cousas do espírito, pois da matéria nada mais podia ambicionar.
A CIÊNCIA, OS CONHECIMENTOS EMBORA GRANDES, NÃO PODEM ULTRAPASSAR AOS DA DIVINDADE.
Embora não pudessem prosseguir, não se conformavam os maldosos renitentes com sua dolorosa situação; jamais concebiam que seres tão humildes fossem capazes de destruir e eliminar aquilo que consideravam indestrutível; não podiam penetrar no mistério cujo poder anulava seus esforços, que quebrava a força, que fazia esmorecer elementos tão cultos, tão capazes e persistentes nos seus propósitos.
Na matéria, os que a eles estavam ligados, espesso véo vedava-lhes a visão da ocorrência (Obra do Pai), e assim continuavam confiantes nos que os haviam inspirado e a seu Chefe – Deus em Carne – e mantinham a ele obedientes e submissos.
Os insucessos constantes eram amenizados pelas promessas de verdadeiros milagres que deveriam se operar, devendo tudo estar dependente, unicamente, de boa junção dos Astros e de revelações prodigiosas, capazes de tornar seus conhecedores invulneráveis; mas nada disso se deu, graças aos que humildemente trabalhavam com suas vestes brancas, apanágio dos bons, dos que fazem o amor florir nos corações.
Já se cumpria o Karma e tempo era que assim o fosse; muitos dos mãos já prestavam contas de seus atos ao Pai Supremo.
Nos horizontes dominava o Sol, que forças dava aos Cavaleiros do bem, entes incansáveis que extirpavam todas as garras do inimigo, deixando unicamente seu chefe (o da matéria) para seu maior desespero, para que ele pudesse assim lembrar-se da existência do Ser Onipotente – DEUS -.
É sempre nas horas aflitivas que o ser consciente, que se diz homem, recorda-se do Poder Divino, que necessita e busca a fonte de origem.
Assim, “o grande poderoso dos invisíveis” teve seus comparsas da matéria também aniquilados, não lhe restando mais do que o completo arrependimento e a penitência do seu espírito para receber o que de Justiça lhe coubesse.
E aí cessava o surto dos mãos. Marte saira dos horizontes; extinguiam-se as calamidades da matéria e o sangue começava a estancar.
Cumpria-se os desígnios da Sabedoria Infinita.
Vede meus irmão, não duvideis daquilo que muito é para vossa compreensão. Vede como estão ligados os fatos da vida da matéria com os seres do invisível e que é necessário, para o bem dos encarnados, o conhecimento das cousas do Além, onde reside a verdadeira vida, onde está a causa de tudo que de bom e de mau sucede ao plano térreo.
Umbanda conduz os que trilham sua senda ao conhecimento das verdades do Além; age Umbanda de forma bastante acentuada no plano físico, para mostrar os fundamentos do invisível.
JESUS – FILHO DE DEUS – Irmão no sacrifício, assim também fez em chegando na matéria, para perpetuar os ensinamentos do ESPÍRITO.
Por tudo quanto foi dito podeis um julgamento fazer.
Umbanda não é só um rito grotesco que trabalha em Terreiros; é uma Lei sublime que caminha passo a passo junto aos Karmas das creaturas, do planeta Terra e do próprio Cosmo.
Ela dá ao encarnado forças para que possa levar avante sua missão, cumprindo seu Karma terreno, auxilia-o em todos os momentos, na luta da matéria; trabalha também com denodo para que esses espíritos se elevem, sublimando-se nas virtudes do puro e perfeito, para sua completa felicidade na mansão dos bem-aventurados, na morada que o Justo reserva àqueles que, como verdadeiros filhos obedientes e cumpridores dos seus deveres, a merecem.
É a Lei do Pai na terra para a salvação de seus filhos.
Lei de Justiça e de Verdade – sua grande missão é de anular, opondo-se as práticas daquilo que chamamos Magia Negra (Quimbanda).
Quimbanda meus irmãos, não é só o que se pratica em Magia Negra, mas é tudo quanto entrava e aniquila os bons princípios; Quimbanda é a magia do mal; Quimbanda é uma epidemia terrível que castiga e deprime o vosso ser; Quimbanda é o mal de todas as horas que vos aflige e atormenta; é a causa da luta incessante que tendes na matéria, muitas vezes trazendo-vos em sobressalto e constante desespero, luta que travais para não serdes tragados pelas ondas turbulentas desse mar de iniqüidades.
Assim podeis bem ver a nobre missão de Umbanda – Lei de Justiça a opor-se todo o instante, todo o momento àquilo que é de mal, àquilo que conduz ao desespero e ao sofrimento a vossa matéria e, consequentemente, o vosso espírito.
A muito não vai o que de mal ainda há bem pouco tempo se passou.
MAL – INIQUIDADE – TREVAS.
Não deixa de ser Quimbanda o oposto a tudo quanto é de bem, àquilo que emana do Princípio Divino, fonte creadora – DEUS.
O próprio Messias, que sucedeu aos pregadores dos grandes mistérios (Grandes Mistérios – Ciências Herméticas), embora sendo um Mago da magia mental, foi vítima das maldades da Quimbanda, contra a qual lutou com desassombro e maestria próprios de um Ser Iluminado.
Quando eliminado for tudo que do mal houver, Umbanda por certo será compreendida e praticada por todos os filhos da carne que, assim o fazendo, estarão trabalhando para seu próprio bem, para sua própria felicidade e bem estar, não só da matéria, mas principalmente para o fim a que veio Umbanda na terra – elevação, salvação e glória do Espírito.
Assim, jamais deverá haver dúvidas ou falsas suposições, quando nas hordas do mal forem encontradas espíritos pertencentes as Linhas de Umbanda. Para se eliminar ou melhor, para se derribar árvores inútil seria aparar seus ramos; mais seguro, por certo, seria cortar suas raízes.
É evidente portanto que, para evitar o mal, é necessário chegar a causa que o produza; daí a razão e o motivo da presença dos trabalhadores de Umbanda junto as hordas do mal, onde trabalhando aparentemente de comum acordo com seus irmão maldosos, podem eles, de um modo seguro, cortar as raízes da árvore da Quimbanda.
- Se o que aqui foi dito melhor não vos esclarece, perdoai a quem vos dá estas modestas páginas; se assim for, só vos resta meditar profundamente sobre o assunto,, para que possa à vossa compreensão, o esclarecimento chegar.
No Livro Sagrado, cujos ensinamentos são diretos (de cima para baixo), as verdades ali contidas, para serem devidamente assimiladas, precisam ser interpretadas e meditadas; não extranheis, portanto, que em tão humilde trabalho como este também surjam verdades que, para serem melhor compreendidas, mereçam ser meditadas, visto sua origem ser, igualmente, de cima para baixo.
Tudo revelado, tudo ao alcance da matéria aí está; fazei bom uso dos humildes ensinamentos, e que estes sirvam para orientar os espíritos cançados das lutas contínuas da vida terrena, á conquista da almejada felicidade nos Mundos Superiores, onde tudo á harmonia, luz, perfeição.
Caminhai firmes e confiantes, pois que todas as ovelhas terão de chegar sem falhas ao Aprisco Divino.

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