12.11.10

UMBANDA - SÃO JOÃO BATISTA - MAÇONARIA MISTICA ORIENTAL

PONTO DE UMBANDA – LINHA DO ORIENTE

São João Batista vem, vem, minha gente
Vem chegando de Aruanda
Salve o povo cor de rosa
Salve os Filhos de Umbanda

161. Diz o Barão Hans Ecker von Eckhoffen, no seu tratado, ao escrever sobre os Irmãos Asiáticos: “Esses escritos datam de 1510; mostram que uma corporação de Místicos era conhecida naquele período; esses Cavaleiros da Ásia também se denominavam Cavaleiros de S.João, e é fato curioso observar que um dos registros maçônicos que produziu uma infinidade de discussão e também de dissensão, entre os Maçons, é o célebre “Registro de Colônia”, que é datado de 1535, e no qual se fala de uma Ordem de São João. Esse documento foi um verdadeiro pomo de discórdia entre os Maçons materialistas e os místicos, tendo sido publicados muitos escritos de polemica sobre esse assunto: Os Místicos pretendem (e com razão) que é verdadeiro tanto perante provas externas como internas; ao passo que os materialistas o rejeitam, pois recusam todas essas provas.

162. “No registro se encontra o nome de Philippe Melancthon – o amigo e cooperador de Martim Luthero – que aparece como Irmão da Ordem dos Franco-Maçons. Esse documento mostra também que era conhecida nas diversas partes do mundo uma sociedade secreta que existia antes de 1440 sob o nome de “Fraternidade de São João”, e desde então, até 1535, sob o título de “Ordem Joanita de Franco-Maçons”, ou “Fraternidade Maçônica”.

163. “Essa Sociedade (a atual corporação Maçônica) foi reformada e reconstruída em 1717, que é a data geralmente aceita pelos maçons materialistas e não místicos. Tornou-se mais atéia em suas opiniões e mais democrática em suas tendências.

164. Entre outras coisas profundamente interessantes, a “Carta de Colônia” contém o seguinte trecho:

165. “A Fraternidade ou Ordem dos Franco-Maçons, ligados conforme as Santas Regras de São João, não tem sua origem nem dos Templários, nem de qualquer outra ordem temporal ou espiritual de Cavalaria, porém é mais antiga do que todas as Ordens semelhantes, e existiu na Palestina e na Grécia, assim como nas diversas partes do Império Romano. A nossa Fraternidade surgiu antes das Cruzadas; em certa ocasião, em conseqüência da luta entre as seitas que ensinavam a moral Cristã, um pequeno número de iniciados – que receberam os verdadeiros ensinos da virtude e a exposição sensível do ensino secreto – se afastou da massa”.

166. “Conforme esse registro, foi dada a seguinte razão para a adoção do nome: Os Mestres dessa confederação foram chamados Irmão de São João, porque tinham escolhido João Batista, o precursor da Luz do Mundo, como seu modelo e exemplo”.

167. “É bom acrescentar aqui alguns detalhes sobre os Cavaleiros do Templo, pois que se acham muito intimamente ligados à Ordem Maçônica; esses detalhes servirão para mostrar o aspecto íntimo de suas tradições. Muito foi escrito sobre eles e a sua história – sob um aspecto – é mais bem conhecida do que a de quase todas as outras organizações místicas, porém não está esclarecido bastante que tivessem um ensino secreto. Neaf mostra, em suas “Investigações sobre as Opiniões religiosas dos Templários”, que entre eles havia uma doutrina secreta. Indica que os Cavaleiros consideravam que a Igreja Romana tinha falhado em seu ideal, e que, quando as terríveis perseguições caíram sobre eles, se dividiram e entraram em duas associações diferentes: uma era a corporação Maçônica e outra a chamada Joanita. Outro autor, Jules Loiseleur, indica a relação entre os Templários e os Bogomiles, que eram os Manicheus das Províncias Balkanicas, e os Gnosticos do primitivo período do Cristianismo e seus descendentes, os Catharos da Idade Média. O Dr. Simrock, em sua obra, sugere uma idéia profundamente interessante entre a tradição do Santo Vaso (S.Graal) e os ensinos secretos dos Templários; considera que a tradição do Vaso sagrado, que foi tirada de alguma parte dos Evangelhos Apócrifos, é a base dos Ensinos Secretos dos Templários. Algumas dos fontes primitivas da tradição são dadas pelo autor do Sarsena, e também a relação entre os Templários e os Essênios (Rosa-Cruzes).

168. Todos esses laços são importantes para compreendermos a relação intima entre essas diversas organizações e também como é que uma saiu de outra.

169. “Tomando em partes iguais as regras de sua Ordem e as dos cristãos, eles (os Cabalistas) estabeleceram um paralelo com os livros de Moisés e os registros dos Magos, e formaram com todo esse novo material uma nova Fraternidade, à qual levaram certas regras que podiam existir em harmonia com as dos cristãos. Durante as Cruzadas, havia diversas ordens de objetivos muito diversos; e entre muitas outras, no ano de 1118, os Cavaleiros do Templo, aos quais os Magos se uniram, fazendo-os participarem de seus princípios e mistérios. A queda dos Templários e a destruição completa da Ordem pelo Conselho de Viena em 1311, foi devida ao fato de que todo o conhecimento que podemos considerar parte da Sabedoria dos Antigos Magos e também as Ciências Naturais, começaram a perder-se naquele tempo. Há uma seção de Franco-Maçons que considera a Franco-Maçonaria a restauração da Ordem dos Templários, e os sistemas da Grande Loja Alemã e dos Irmãos Suecos certamente têm grandes relações com ela. Conforme esses sistemas e especialmente conforme os diversos sistemas ligados a essa Ordem particular, a Franco-Maçonaria é uma concepção Mística das principais doutrinas do Cristianismo, o Mestre que foi assassinado não sendo outro senão o Cristo! Apresenta-se aqui francamente a pergunta: Tinham realmente os ensinos do Cristo Mistérios, doutrinas impenetráveis e imcompreensíveis, que deveiam ser apenas esclarecidas para um pequeno numero de discípulos especialmente escolhidos, e não eram os Essênios (os Rosas-Cruzes) a corporação no meio da qual aprendera esses Mistérios? Com efeito, os Essênios (Rosas-Cruzes) exigiam dos iniciados moderação, justiça, abstenção de ofensa, amor à Verdade e a detestação do mal; a água benta fazia parte do Ritual de admissão aos mais altos graus, e João havia dito: “Arrependei-vos e batizai-vos”. Cristo, que tivera uma vida sem mancha, deixou-se batizar. Não vos leva isso à mais certa conclusão de que Cristo, e mais ainda João, era iniciado dos Essênios? Se tivéssemos bastantes documentos para provar a verdade histórica dessa afirmação, ficaria perfeitamente claro o motivo para João (o Batista), que derramou seu sangue pela Verdade e o Bem, ser escolhido como Patrono da Ordem atual e de quase tudo o que a precedeu. A conservação do Dia de São João Batista como Dia de Festa para os Franco-Maçons é apresentada como confirmação da idéia de que, por mais de seiscentos anos, os Franco-Maçons se identificaram com os “Cavaleiros de S.João” (Johannrittern), e que São João fora escolhido como Patrono das duas Ordens. E como é certo que grande parte do ritual de Recepção significava coisa muita diversa do que aquilo que a substituiu ultimamente, será muito fácil que haja alguma verdade nessa afirmação. Pois é tão pouco verdade que os Franco_maçons se identificaram há seis séculos com os ´Cavaleiros de São João´ como o é que coroem agora o Mestre, Hiram, na Loja com verdadeiro interesse. Como foi dito acima, Cristo não fundou sociedade secreta, mas expôs Seus ensinos apenas gradualmente, em relação à sua Significação interna, pois disse: “Tenho muitas coisas a dizer-vos, porém ainda não podeis suporta-las”. Após a sua morte, a doutrina pura foi falseada por adições, porém é possível que a sua pureza e simplicidade primitiva fosse conservada, e se assim fosse, onde seria senão em alguma Ordem? Na Igreja Cristã Primitiva, havia uma disciplina arcani, e desse modo eram os Mistérios transmitidos entre os poucos e até no tempo das Cruzadas ainda viviam descendentes dos Essênios. A Ordem dos Cavaleiros do Templo foi fundada no ano de 1113 por Gottfried von Saint Omar, Hugo de Paiens e sete outros, cujos nomes não são conhecidos. Consagraram-se ao serviço de Deus conforme a forma do Conicorum Regularium, e fizerem votos solenes perante o Bispo de Jerusalém. Balduino Segundo, em consideração ao ofício desses sete servidores de Deus, lhes concedeu uma casa próxima do Templo de Salomão. Eles se ligaram com alguns Essênios (Rosas-Cruzes) que formavam uma sociedade secreta constituída de cristãos virtuosos e verdadeiros investigadores da Verdade na Natureza e também aprenderam seus segredos. Está fora de dúvidas que os Templários tinham Mistérios. A Ordem tinha cerimônias secretas para admissão, se vangloriava disso e, por esse motivo, muitos de seus membros sofreram o martírio. A Ordem dos Cavaleiros do Templo continha muitas dentre as melhores e maiores mentalidades creadoras da Franco-Maçonaria; e, como se sabe, houve muitos ramos da Franco-Maçonaria que se dedicaram à restauração dos Templários. O rito Joanita e outros ensinaram essa origem muito antes que a “Estrita Observância” se tornasse geralmente conhecida, a qual insistiu na restauração dos Templários como sendo a mais alta aspiração dos Mistérios. Se considerarmos cuidadosamente a semelhança entre os costumes das duas Ordens, veremos que a Recepção e outras cerimônias da Ordem dos Franco-Maçons se relacionam com as dos Cavaleiros do Templo tão exatamente que podemos dizer positivamente que os Franco-Maçons conservam no seu seio os Mistérios dos Templários e os transmitem. O modo de proceder dos Templários prova que possuíam segredos: os Franco-Maçons pretendem que procedem da mesma forma, pois, de grau em grau, o Aspirante é informado que mais adiante aprenderá mais ainda. Mais o que? Também isso é um segredo. Nove Irmãos formaram a Ordem dos Templários; o numero principal e hieroglífico dos Franco-Maçons é três vezes três. Os Templários praticavam o Serviço Divino em lugares que eram interditos. Pelas mais estritas observâncias os reservavam para si (ou os punham de lado), apelando para os direitos de seus avós.

170. “Os Irmãos Templários”, diz Roessler, “eram conforme os seus estatutos, como que Irmãos Hospitalares, divididos em três classes: 1 – a classe dos servos, que cuidava, sem distinção, dos peregrinos e dos Templários doentes; 2 – a dos Irmãos Espirituais, destinada ao serviço dos peregrinos; 3 – a dos Cavaleiros, que iam à guerra.

171. “Encontramos nas Instruções do Cavaleiro do Oriente, as quais estudam o fundamento dos Cavaleiros do Templo e a disseminação de seus ensinos na Europa, as seguintes declarações sobre esse assunto.

172. “Oitenta e um Maçons, sob a direção de Garimonts, Patriarca de Jerusalém, ano de 1150, partiram para a Europa e se apresentaram ao Bispo de Upsal, que os recebeu muito amigavelmente, sendo assim, iniciado nos Mistérios dos Coptas, que os Maçons haviam levado consigo; mais tarde foi-lhe confiado o deposito da coleção desses ensinos, ritos e mistérios. O Bispo teve o trabalho de guarda-los e esconde-los nas arcadas subterrâneas da torre das “Quatro Coroas”, que, naquele tempo, eram os depósitos do tesouro da coroa real da Suécia. Nove dentre esses Maçons, entre eles Hugo de Paganis, fundaram na Europa a Ordem dos Cavaleiros do Templo; depois receberam do Bispo os dogmas, mistérios e ensinos dos Padres Coptas, a ele confiados.

173. “Assim, em pouco tempo, os Cavaleiros do Templo se tornaram os recepientes e depositários dos Mistérios, Ritos e Cerimônias que haviam sido trazidos pelos Maçons do Oriente – os Levitas da verdadeira luz.

DO LIVRO ANTIGA MAÇONARIA MISTICA ORIENTAL – Dr. R. SWINBURNE CLYMER.

OBSERVAÇÃO MINHA. O LIVRO PRIMEIRAS REVELAÇÕES DE UMBANDA FOI PUBLICADO SOB OS AUSPÍCIOS DA “ORDEM DOS CAVALEIROS DA GRAN CRUZ”, NO TEMPLO DE PAI JOÃO DE BENGUELA.

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